quinta-feira, 4 de março de 2010

Mosaico de áreas protegidas estabelece gestão integrada de UCs da Mata Atlântica

Medida vai fortalecer e dar maior eficiência às ações de proteção dos ecossistemas associados ao bioma

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou na manhã desta segunda-feira (1º/03), no Rio de Janeiro, do lançamento do Mosaico Carioca de Áreas Protegidas, que estabelece a gestão integrada, solidária e participativa das unidades de conservação federais, estaduais e municipais da cidade do Rio de Janeiro.

O colegiado não substituirá a administração individual. O objetivo é fortalecer e dar maior eficiência às ações de proteção dos ecossistemas associados ao bioma Mata Atlântica e zonas costeiras adjacentes localizadas na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro.

O ministro lembrou que, desde 2008, foram criados 7,5 milhões de hectares de áreas protegidas e declarou apoio à gestão integrada entre as UCs, defendendo como é importante a criação deste Mosaico. Com a iniciativa, Minc espera que "as pessoas aprendam a conhecer, a usufruir e a defender melhor as nossas unidades de proteção da Mata Atlântica".

O Mosaico Carioca de Áreas Protegidas abrange, além de áreas localizadas na cidade do Rio de Janeiro, pequenas porções dos municípios de Nova Iguaçu e Nilópolis, mais de 35 mil hectares. É composto por 27 unidades de conservação da natureza e mais duas áreas protegidas: o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Reserva Florestal Vista Chinesa.

Nele estão contidos os três principais maciços montanhosos da cidade - Tijuca, Pedra Branca e Gericinó/Mendanha - além de diversos rios, lagunas, manguezais, praias, áreas marinhas e ilhas. Em função da diversidade de habitats, a região abrangida pelo Mosaico é rica em espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção.

A principal experiência de união de esforços para a gestão integrada tem sido desenvolvida no Parque Nacional da Tijuca, onde os governos federal, estadual e municipal participam da gestão compartilhada da unidade desde o final da década de 90.

Participaram também do lançamento do Mosaico, o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, André Ilha, o presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Liszt Vieira, e a presidente da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica (formada pela Fundação SOS Mata Atlântica e pela Conservação Internacional), Márcia Hirota, organização que irá apoiar financeiramente os projetos que serão desenvolvidos pelo Mosaico, voltados à proteção, ao manejo, à recuperação e à gestão desses espaços protegidos.

Museu do Meio Ambiente - Em seguida, Minc participou da solenidade de publicação do edital Concurso Público Nacional para Estudo Preliminar de Arquitetura e Urbanização para Ampliação do Museu do Meio Ambiente, na sede fluminense do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
"O concurso público é o caminho, não tem favorecimento para A, B ou C. O Museu do Meio Ambiente vai ser um marco nacional", disse Minc no lançamento.

O objetivo do concurso é selecionar um projeto para construção de prédio sustentável que funcionará como anexo do museu, dentre os projetos apresentados por arquitetos de todo o país, a solução arquitetônica e de urbanização mais adequada ao conjunto denominado Expansão do Museu do Meio Ambiente, que fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, além do tratamento urbanístico e paisagístico de seu entorno, localizado numa área de aproximadamente 8.600 m².

Os novos prédios serão construídos com base nos conceitos da Arquitetura Sustentável e deverão se tornar elementos de visitação do Museu. A expansão terá dois novos edifícios: o Anexo I terá a finalidade de abrigar a Exposição de Longa Duração e o Anexo II compreenderá auditório e núcleo de apoio administrativo. No total, serão 1.400 m² de área construída.

Após a divulgação do resultado final do Concurso, sua homologação e classificação final dos trabalhos concorrentes, serão conferidos aos vencedores, prêmio de R$ 20 mil ao primeiro colocado, além do contrato com o Jardim Botânico para elaboração do anteprojeto e do projeto executivo de arquitetura, complementares, urbanização e paisagismo e a coordenação dos mesmos; R$ 15 mil para o segundo e R$ 10 mil reais para o terceiro colocado.

O Museu do Meio Ambiente, primeiro voltado especificamente a essa temática na América Latina, é um espaço concebido para estimular a conscientização sobre os temas e problemas socioambientais, com ênfase no território brasileiro, por meio de exposições, atividades de divulgação científica, educação e pesquisa, bem como sensibilizar o público para a necessidade de conservar a biodiversidade e promover formas sustentáveis de relação entre a humanidade e o meio ambiente.

O período de inscrições será de 2 de março a 16 de abril de 2010. Os candidatos devem acessar o portal do Concurso www.iabrj.org.br/concursomuma. O valor da taxa de inscrição é R$ 150 e mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2557-4480.

A solenidade contou com a presença, entre outros, do presidente do IAB, Sergio Magalhães, do coordenador-geral do concurso, Henrique Barandier, e do presidente do JBRJ, Liszt Vieira.




Fonte: Prof. Célia Russo / MMA / JBRJ.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Minc defende o uso de alternativas energéticas para proteger Caatinga

O Ministério do Meio Ambiente anunciou na terça-feira (2) os primeiros dados do monitoramento do Bioma Brasileiro da Caatinga. De acordo com o ministro Carlos Minc, o principal fator de desmatamento da Caatinga é o energético, o uso da mata nativa para fazer lenha e carvão.

“Não haverá solução para a defesa da Caatinga sem mudar a matriz energética, com o uso de energia eólica, de pequenas centrais hidrelétricas e do gás natural”, afirmou o ministro.

A taxa anual de desmatamento da Caatinga entre 2002 e 2008 foi de 2.763 quilômetros quadrados (km²), com emissão média de 25 milhões de toneladas de carbono.

Segundo dados do ministério, a maior parte do carvão é usada em siderúrgicas de Minas Gerais e do Espírito Santo, no polo gesseiro e no cerâmico do Nordeste e também em pequenas indústrias que usam lenha e carvão. Outra fonte de desmatamento é a pecuária, principalmente a bovina, que está associada ao corte raso da Caatinga.

O ministro informou que, desta quarta (3) até sexta-feira (5), serão discutidas, simultaneamente em Juazeiro do Norte e em Petrolina (Pernambuco), soluções para combater o desmatamento e investir no uso sustentável da Caatinga.

Entre as medidas que serão defendidas está a criação do Fundo Caatinga, proposto pelo Banco do Nordeste do Brasil, e de um fundo de combate à desertificação, proposto pelo Banco do Brasil.

“Nós pleitearemos que o Fundo de Mudanças Climáticas, que tem R$1 bilhão, assinado pelo presidente Lula no final do ano passado, tenha metade de seu valor destinado ao Nordeste, região que será mais afetada pelas mudanças climáticas”, disse Minc.

A Caatinga é um ecossistema existente apenas no Brasil e abrange os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e da Bahia, além do norte de Minas Gerais, ocupando 11% do território nacional. A flora desse bioma tem 932 tipos de plantas e a fauna, 148 mamíferos e 510 aves. (Fonte: Agência Brasil)

terça-feira, 2 de março de 2010

Nº de abelhas no mundo cai drasticamente

Sumiço do inseto tem consequências ecológicas e econômicas

Essa perda no número de insetos prejudica os países igualmente, mesmo que eles tenham diferentes climas, faunas e floras. Em qualquer tipo de ambiente onde vivem, as abelhas têm o importante papel de polinizar cerca de 75% das espécies vegetais consumidas pelos seres humanos e de produzirem o mel que também integra o cardápio de muitas pessoas, além de fazer parte da composição de diversos cosméticos.

Tal sumiço generalizado já ganhou um nome: a sigla CCD, que em inglês significa “desordem de colapso de colônias”. Essa nomenclatura une pesquisas de diferentes partes do Hemisfério Norte que seguem três linhas principais de investigação: o emprego de pesticidas na agricultura, um ácaro parasita chamado Varroa ou até mesmo a diminuição de floradas no habitat – esses três fatores podem ser responsáveis pelo fenômeno de diminuição da quantidade de abelhas no mundo.

Chips na luta pela preservação

Para conseguirem mais dados, os biólogos também empregam soluções criativas, como é o caso do grupo de cientistas franceses da Acta - Associação para Coordenação Técnica Agrícola, de Lyon, que estão equipando os insetos com microchips dotados de rádios com identificador de frequência, antes de liberá-los na natureza. Desta forma, o minúsculo aparelho registra uma série de dados durante a vida do animal em busca de pistas sobre seu extermínio.

Os dados mais atualizados sobre a diminuição da população mundial de abelhas vêm do Apimondia, congresso internacional apícola realizado em setembro de 2009 na França. Seus indicadores mostram que Europa, Estados Unidos, China e países da América Latina, estão ameaçados por perdas ecológicas e econômicas com o desaparecimento das abelhas.

Abelhas brasileiras são exceções

O Brasil destaca-se como exceção entre os países latino-americanos por não sofrer com o problema. Segundo a Confederação Brasileira de Apicultura as abelhas brasileiras, conhecidas como africanizadas, possuem genética diferente das afetadas pelo sumiço, por isso não correm risco de extinção. Mesmo assim, vale prestar mais atenção a esse importante inseto que pode fazer muita falta na vida humana e na natureza.



RETIRADO DO SITE AMBIENTE BRASIL
Fonte: Walk Show.