quinta-feira, 29 de maio de 2008

Tribo de índios isolada tenta derrubar avião a flechadas

Uma das últimas tribos indígenas ainda sem contato com o resto do mundo foi fotografada do alto, e as imagens divulgadas nesta quinta-feira mostram seus integrantes com os corpos pintados de vermelho-vivo, brandindo arcos e flechas.

A tribo vive no Acre, perto da fronteira com o Peru, e segundo a Funai está ameaçada pela extração ilegal de madeira da Amazônia. A foto é uma rara comprovação de que esse grupo de fato existe.

"O que está acontecendo nesta região é um crime monumental contra o mundo natural, as tribos, a fauna, e mais um testemunho da completa irracionalidade com a qual nós, os 'civilizados', tratamos o mundo", disse o sertanista José Carlos Meirelles, da Funai, segundo nota da ONG Survival International.

Numa das fotos, que pode ser vista no site Survival International, dois índios pintados de vermelho se preparam para disparar flechas contra o avião, sob o olhar de outros índios.

Outra foto mostra cerca de 15 índios sob ocas, alguns deles também preparando flechas para disparar.

"O mundo precisa acordar para isto, e garantir que seu território esteja protegido em concordância com o direito internacional. Do contrário, em breve eles estarão extintos", disse Stephen Corry, diretor da Survival International, entidade que apóia povos indígenas em todo o mundo.

Das mais de cem tribos isoladas do mundo, mais de metade estão no Brasil e Peru, segundo a Survival International, e todas correm riscos de perder suas terras, serem assassinados ou sofrerem epidemias.

Fonte: www.click21.com.br

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Biodigestor

O processo de biometanação envolve a conversão anaeróbica de biomassa em metano. A decomposição biológica da matéria orgânica compreende quatro fases: hidrólise, acidogênese, acetogênese e metanogênese. Esta conversão do complexo orgânico requer uma mistura de espécies bacterianas, as quais podem depender de cada uma para seu crescimento e ocorrer, pela seqüência de quatro reações: hidrólise, acidogênese, acetogênese e metanogênese. Dependendo da temperatura que o processo está acontecendo, o tratamento de resíduos orgânicos é basicamente de três tipos. A biometanação com temperatura entre 45 – 60oC é considerada termofílica, a que ocorre entre as temperaturas de 20 – 45oC é a mesofílica. A digestão anaeróbia de matéria orgânica em baixas temperaturas (>20oC) são referidas como digestão psicrofílica.

A conversão anaeróbica produz quantidade relativamente pequena de energia para os microorganismos, por isso, as suas velocidades de crescimento são pequenas e apenas uma pequena porção do resíduo é convertida em nova biomassa celular.

O tratamento de dejetos por digestão anaeróbia, possui várias vantagens, tais como destruir organismos patogênicos e parasitas, o metano pode ser usado como uma fonte de energia, produção de baixa biomassa determina menor volume de dejetos e menor custo, capacidade de estabilizar grande volumes de dejetos orgânicos diluídos a baixo custo.

Escolha de Minc para o Meio Ambiente desagrada parlamentares da base aliada

A escolha do secretário estadual do Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, para substituir Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente não agradou parte dos parlamentares da base aliada do governo. A Folha Online apurou que os governistas defendiam o nome do ex-governador Jorge Viana (PT-AC) para o cargo pelo seu histórico na defesa do ambiente.

Os parlamentares admitem, nos bastidores, que a indicação de Minc mostra a disposição do governo federal em priorizar o desenvolvimento do país, com a execução de obras que muitas vezes põem em risco o ambiente. Oficialmente, porém, os parlamentares mantêm o discurso de que não há uma disputa dentro do governo entre os ambientalistas e os chamados "desenvolvimentistas".

"Não quero tratar isso como uma queda de braço. Não há nenhum desenvolvimento possível sem respeitar o meio ambiente. O Jorge Viana, por ser da Amazônia, talvez diminuísse os impactos de três situações dentro do governo: os conflitos na reserva Raposa/Serra do Sol, a absolvição dos assassinos da irmã Dorothy e a saída da ministra Marina", disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).

A senadora não escondeu que torcia para indicação de Viana, mas ressaltou que administrativamente não vê diferenças entre a gestão de Minc ou do ex-governador. O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que a escolha de Minc mostra a opção do governo em priorizar o desenvolvimento.

"Essa é a visão do governo: priorizar o desenvolvimento em detrimento do meio ambiente. Os ministros tentam resistir a isso, vamos ver quanto tempo ele (Minc) consegue", disse Gabeira (PV-RJ).

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse esperar que o novo ministro consiga reduzir as resistências dentro do governo à implantação de políticas ambientais. "Com a ministra Marina, ninguém pode negar que havia posições extremadas no governo. Com uma cara nova no governo, pode ser que os que faziam cara feia para a ministra Marina diminuam sua cara feia."

Garibaldi disse que vai conceder um "crédito de confiança" a Minc porque acredita que fará uma boa atuação na pasta. "Eu não o conheço muito bem, mas acredito que tenha sido uma boa escolha porque vem de um trabalho realizado no governo do Rio, que tem o governador Sérgio Cabral (PMDB) à frente", afirmou o senador. (Fonte: Folha Online)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Ar limpo pode acabar com a Amazônia, dizem pesquisadores

Um ar mais limpo devido redução da combustão de carvão poderia ajudar a destruir a Amazônia neste século, segundo uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (7) que destaca os complexos desafios da mudança climática global.

O estudo na revista Nature identificou uma relação entre a redução das emissões de dióxido de enxofre por combustão de carvão e do aumento das temperaturas da superfície tropical do Atlântico Norte, que estimula o risco de desertificação da floresta Amazônica.

Com a floresta tropical já ameaçada pela evolução, altas temperaturas globais podem inclinar a balança, afirmam.

"Normalmente, a poluição é algo ruim. Mas neste caso, a melhora do ar pode ter levado, ironicamente, a uma seca da Amazônia", disse Peter Cox, um pesquisador da Universidade de Exeter na Grã-Bretanha, que liderou o estudo.

"Isso só mostra que é preciso lidar com os gases estufa."

A poluição no hemisfério norte limitou o aquecimento no Atlântico norte tropical, matendo a Amazônia mais úmida do que ela normalmente estaria.

Mas com a proteção evaporando devido ao ar mais limpo e aos gases estufa, a floresta agora encara um risco de seca, segundo os pesquisadores.

A Amazônia tem papel crucial no sistema climático global porque contém cerca de 10% do carbono armazenado em ecossistemas terrestres.

Os pesquisadores estimaram que por volta de 2025 uma seca nas mesmas proporções poderia ocorrer a cada dois anos. Em 2060, a crise poderia ocorrer em 9 anos a cada 10 - o suficiente para tornar a Amazônia uma savana, segundo Cox.

As descobertas mostram a necessidade de lutar não só com os gases estufa, mas também com a destruição direta das florestas tropicais, segundo os pesquisadores.