terça-feira, 4 de setembro de 2007
Aquecimento global já causa modificações em atlas
Os efeitos do aquecimento global sobre as paisagens da Terra, principalmente sobre as regiões litorâneas, já são visíveis - provocando inclusive modificações nos mapas, segundo cartógrafos responsáveis pelas referências mundiais do "Atlas Completo do Mundo Times 2007".Seus autores afirmaram nesta segunda-feira (03), durante o lançamento da publicação, que tiveram de redesenhar rios e mudar de classificação algumas regiões em relação à última edição de 2003."Podemos literalmente ver os desastres ambientais acontecerem diante de nossos olhos. Acreditamos verdadeiramente que, em um futuro próximo, famosas paisagens desaparecerão para sempre", afirmou Mick Ashworth, redator-chefe do atlas. "O contorno de certas regiões muda, como em Bangladesh. O nível do mar se eleva em 3 mm por ano, o que tem efeitos curiosos sobre a costa", indicou.O rio Huang He (rio Amarelo), segundo maior da China, "talvez não chegue a se juntar ao mar, o que acarretará alterações na costa", completa Ashworth.Os autores também estão preocupados com o fato de que grandes rios como o Grande e o Colorado, nos Estados Unidos, ou o Tigre, no Iraque, possam ficar sem alguns afluentes que correm o risco de secar no verão.Outras mudanças importantes também são conseqüências da ação do homem - freqüentemente por atividades de irrigação -,como o desaparecimento de três quartos do mar de Aral em 40 anos, de 95% do lago Chade desde 1963 ou a diminuição de 25 metros do mar Morto em 50 anos.Pelo lado positivo, os especialistas constataram que vastas extensões do pântano da Mesopotâmia, um dos maiores do mundo (situado na confluência do Tigre com o Eufrates), foram realimentadas pela água e estavam mais verdes. A água que chegava ao local havia sido drenada por Saddam Hussein. (Folha Online)
Marina defende criação de agência ambiental ligada à ONU
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse, nesta segunda-feira (03), que o Brasil está aberto para discutir a criação de uma agência ligada à ONU - Organização das Nações Unidas nos moldes da OMC - Organização Mundial do Comércio e da OMS - Organização Mundial de Saúde. Na Convenção sobre Mudança do Clima e do Protocolo de Kyoto, em discurso para ministros de Meio Ambiente de 22 países, Marina disse que o assunto será o principal tema discutido na reunião ministerial desta segunda.
A proposta de criação da agência é da França e tem o apoio já declarado da África do Sul, Argentina e Brasil. Os Estados Unidos são o principal opositor à idéia.
No discurso de abertura, Marina defendeu que, mais do que a criação da agência, é necessário implementar o conceito de transversalidade do desenvolvimento sustentável em toda a estrutura das Nações Unidas.
"É embaraçoso justificar para os cidadãos de nossos países porque assumimos tantos compromissos, participamos de tantas reuniões e conferências, porque existem tantos organismos ambientais e, ao mesmo tempo, constatarmos os alarmantes indicadores de degradação ambiental do planeta", disse a ministra.
Cooperação - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu um novo impulso político para que se alcance uma efetiva cooperação internacional. De acordo com Amorim, a demora na adoção de normas ambientais está impedindo uma cooperação mais eficiente entre os países.
"A criação de uma nova organização ou agência no sistema das Nações Unidas, que poderá resultar dessa reflexão, deve contribuir para a coesão e eficácia das instâncias existentes", afirmou Amorim, que discursou na abertura do evento, no Palácio Itamaraty, no centro do Rio.
Amorim também lembrou que há muitas dificuldades para o cumprimento de diferentes acordos ambientais, por causa da "persistência e aprofundamento das assimetrias no sistema internacional". (Estadão Online)
A proposta de criação da agência é da França e tem o apoio já declarado da África do Sul, Argentina e Brasil. Os Estados Unidos são o principal opositor à idéia.
No discurso de abertura, Marina defendeu que, mais do que a criação da agência, é necessário implementar o conceito de transversalidade do desenvolvimento sustentável em toda a estrutura das Nações Unidas.
"É embaraçoso justificar para os cidadãos de nossos países porque assumimos tantos compromissos, participamos de tantas reuniões e conferências, porque existem tantos organismos ambientais e, ao mesmo tempo, constatarmos os alarmantes indicadores de degradação ambiental do planeta", disse a ministra.
Cooperação - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu um novo impulso político para que se alcance uma efetiva cooperação internacional. De acordo com Amorim, a demora na adoção de normas ambientais está impedindo uma cooperação mais eficiente entre os países.
"A criação de uma nova organização ou agência no sistema das Nações Unidas, que poderá resultar dessa reflexão, deve contribuir para a coesão e eficácia das instâncias existentes", afirmou Amorim, que discursou na abertura do evento, no Palácio Itamaraty, no centro do Rio.
Amorim também lembrou que há muitas dificuldades para o cumprimento de diferentes acordos ambientais, por causa da "persistência e aprofundamento das assimetrias no sistema internacional". (Estadão Online)
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