O Brasil é credor - pelo menos, na área ambiental. Segundo um relatório lançado ontem pela ONG WWF, o País é uma das nações (está em segundo lugar, logo atrás dos Estados Unidos) que melhor reúnem condições para produzir bens a serem consumidos internamente e, principalmente, externamente.
É o caso das exportações. Quando a União Européia compra carne da Amazônia, indiretamente ela também importa a água e todos os demais recursos naturais que viabilizaram o crescimento do gado na região - inclusive a floresta que foi cortada e substituída por pasto.
Acontece que o valor desse serviço ambiental não é computado no preço final do produto. "Esses custos deveriam ser embutidos", afirma Irineu Tamaio, coordenador do programa de Educação para Sociedades Sustentáveis do WWF-Brasil. Para ele, o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) deveria levar em consideração os recursos naturais necessário para a geração da riqueza.
Tamaio alerta que a atual confortável posição de credor ambiental não é garantida para sempre. Sem um sistema produtivo sustentável, que permita a renovação dos recursos naturais, o País pode se tornar um devedor na área. ?Não podemos é entrar em um déficit ecológico. Se não revermos os modelos econômicos, podemos entrar em colapso?, diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Fonte: Yahoo!)
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Estudo diz que estilo de vida do homem extrapola capacidade do planeta
A Terra perdeu, em pouco mais de um quarto de século, quase um terço de sua riqueza biológica e recursos, e no atual ritmo, a humanidade necessitará de dois planetas em 2030 para manter seu estilo de vida, advertiu hoje (ontem) o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, por sua sigla em inglês).
A demanda da população excede em cerca de 30% a capacidade regeneradora da Terra, segundo o Relatório Planeta Vivo 2008, divulgado por esta organização ambientalista a cada dois anos sobre a situação ambiental dos ecossistemas.
"O mundo está lutando atualmente com as conseqüências de ter supervalorizado seus ativos financeiros. Mas uma crise muito mais grave ainda virá: um desastre ecológico causado pela não valorização de nossos recursos ambientais, que são a base de toda a vida e da prosperidade", disse o diretor-geral da WWF, James Leape.
O estudo mostra que mais de 75% da população mundial vive atualmente em países que são "devedores ecológicos", onde o consumo nacional superou sua capacidade biológica de regeneração.
"A maioria de nós segue alimentando nosso estilo de vida e nosso crescimento econômico extraindo cada vez mais o capital ecológico de outras partes do mundo", afirmou Leape.
"Se as demandas em nosso planeta continuarem crescendo no mesmo ritmo, em meados dos anos 30 necessitaremos do equivalente a dois planetas para manter nosso estilo de vida", acrescentou.
O relatório, elaborado desde 1998, revela que o Índice Planeta Vivo (IPV) caiu quase 30% desde 1970. Isto significa que se reduziram nessa proporção aproximadamente 5 mil povoações naturais de cerca de 1.686 espécies, uma taxa superior a de 25% do relatório de 2006.
Estas perdas se devem a fatores como desmatamento, poluição, pesca proibida, impacto de diques e mudança climática.
"Estamos atuando ecologicamente (...) buscando a gratificação imediata sem olhar as conseqüências", lamentou Jonathan Loh, co-diretor da Sociedade Zoológica de Londres.
Segundo o estudo, que mediu a "pegada ecológica da humanidade", ou a deterioração que as atividades humanas produzem nos sistemas naturais, estas utilizaram uma média de 2,7 hectares globais por pessoa, enquanto a capacidade dos sistemas de absorver o impacto só chega a 2,1 hectares em média por pessoa.
Os Estados Unidos e a China contam com as maiores pegadas ecológicas nacionais. Cada um conta com 21% da capacidade global de absorver o impacto, no entanto os dois países "consomem" uma parte muito maior dos recursos.
Assim, cada cidadão dos EUA requer uma média de 9,4 hectares globais, enquanto que os chineses usam uma média de 2,1 hectares.
Além disso, oito nações - EUA, Brasil, Rússia, China, Índia, Canadá, Argentina e Austrália - contêm mais da metade dessa capacidade global.
No entanto, EUA, China e Índia, devido a suas povoações e hábitos de consumo, são "devedores ecológicos", com pegadas ecológicas superiores às suas capacidades, pois a excedem, respectivamente, 1,8 vezes, 2,3 vezes, e 2,2 vezes.
Estes dados contrastam com os do Congo, com uma capacidade de absorver o impacto de quase 14 hectares globais por pessoa e que só utiliza 0,5 por habitante, mas que enfrenta um futuro de degradação ambiental pelo desmatamento e pelas crescentes demandas de uma população em crescimento e por pressões para exportar seus produtos.
(Fonte: Yahoo!)
A demanda da população excede em cerca de 30% a capacidade regeneradora da Terra, segundo o Relatório Planeta Vivo 2008, divulgado por esta organização ambientalista a cada dois anos sobre a situação ambiental dos ecossistemas.
"O mundo está lutando atualmente com as conseqüências de ter supervalorizado seus ativos financeiros. Mas uma crise muito mais grave ainda virá: um desastre ecológico causado pela não valorização de nossos recursos ambientais, que são a base de toda a vida e da prosperidade", disse o diretor-geral da WWF, James Leape.
O estudo mostra que mais de 75% da população mundial vive atualmente em países que são "devedores ecológicos", onde o consumo nacional superou sua capacidade biológica de regeneração.
"A maioria de nós segue alimentando nosso estilo de vida e nosso crescimento econômico extraindo cada vez mais o capital ecológico de outras partes do mundo", afirmou Leape.
"Se as demandas em nosso planeta continuarem crescendo no mesmo ritmo, em meados dos anos 30 necessitaremos do equivalente a dois planetas para manter nosso estilo de vida", acrescentou.
O relatório, elaborado desde 1998, revela que o Índice Planeta Vivo (IPV) caiu quase 30% desde 1970. Isto significa que se reduziram nessa proporção aproximadamente 5 mil povoações naturais de cerca de 1.686 espécies, uma taxa superior a de 25% do relatório de 2006.
Estas perdas se devem a fatores como desmatamento, poluição, pesca proibida, impacto de diques e mudança climática.
"Estamos atuando ecologicamente (...) buscando a gratificação imediata sem olhar as conseqüências", lamentou Jonathan Loh, co-diretor da Sociedade Zoológica de Londres.
Segundo o estudo, que mediu a "pegada ecológica da humanidade", ou a deterioração que as atividades humanas produzem nos sistemas naturais, estas utilizaram uma média de 2,7 hectares globais por pessoa, enquanto a capacidade dos sistemas de absorver o impacto só chega a 2,1 hectares em média por pessoa.
Os Estados Unidos e a China contam com as maiores pegadas ecológicas nacionais. Cada um conta com 21% da capacidade global de absorver o impacto, no entanto os dois países "consomem" uma parte muito maior dos recursos.
Assim, cada cidadão dos EUA requer uma média de 9,4 hectares globais, enquanto que os chineses usam uma média de 2,1 hectares.
Além disso, oito nações - EUA, Brasil, Rússia, China, Índia, Canadá, Argentina e Austrália - contêm mais da metade dessa capacidade global.
No entanto, EUA, China e Índia, devido a suas povoações e hábitos de consumo, são "devedores ecológicos", com pegadas ecológicas superiores às suas capacidades, pois a excedem, respectivamente, 1,8 vezes, 2,3 vezes, e 2,2 vezes.
Estes dados contrastam com os do Congo, com uma capacidade de absorver o impacto de quase 14 hectares globais por pessoa e que só utiliza 0,5 por habitante, mas que enfrenta um futuro de degradação ambiental pelo desmatamento e pelas crescentes demandas de uma população em crescimento e por pressões para exportar seus produtos.
(Fonte: Yahoo!)
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Perdas de energia no Brasil superam "uma hidrelétrica"
Provocadas por ineficiência das concessionárias ou furto, as perdas do setor elétrico somaram, no ano passado, quase três vezes a energia a ser gerada pela usina de Santo Antônio, a primeira hidrelétrica do complexo do rio Madeira (RO), que começa a ser construída na Amazônia.
Os números são de auditoria sobre o setor elétrico feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Repassadas aos usuários nas tarifas de luz, essas perdas representaram, no ano passado, uma conta bilionária: R$ 4,7 bilhões foram pagos pelos consumidores. "Um certo nível de perdas é inevitável, mas, certamente, é gerenciável e passível de regulação", diz o relatório a que a Folha teve acesso.
Chamou a atenção dos auditores a tendência de crescimento nas perdas, um sinal de ineficácia do sistema. Entre 2003 e 2007, segundo o tribunal, as perdas comerciais e técnicas aumentaram 15%, num ritmo mais acelerado do que o crescimento registrado na oferta de energia no período.
No ano passado, as perdas técnicas - vinculadas à manutenção e à qualidade dos equipamentos usados na transmissão e na distribuição- representaram o volume de energia suficiente para abastecer por um ano três Estados: Bahia, Pernambuco e Ceará juntos, com 11,6 milhões de consumidores. Já as perdas comerciais são equivalentes à energia que abastece os 6,2 milhões de consumidores de Minas Gerais.
Em 2008, as perdas serão ainda maiores, disse à Folha o presidente da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Jerson Kelman, que confirma os números da auditoria do TCU. "A perda é enorme."
Ele insiste, porém, em que não há soluções simples para o problema. O combate às perdas pressupõe investimentos por parte das concessionárias e, consequentemente, também significam custo para os usuários. "Teoricamente, poderia se reduzir as perdas a quase zero, mas isso custa, o assunto não é simples", alega.
A auditoria do TCU mostra que as perdas comerciais, embora com um peso menor na conta final, são as que mais cresceram. Supostamente, essas perdas estão associadas a questões sociais, como a pobreza e a violência.
Áreas de risco no Rio de Janeiro respondem, por exemplo, por 37% das perdas comerciais das duas concessionárias que atendem o Estado.
Mas o relatório registra, com base em relatório da concessionária Ampla, que o furto de energia no Estado envolve até igrejas católicas ou evangélicas, polícia, escolas, a residência de um juiz, a residência de um prefeito, restaurantes, hotéis, padarias e condomínios horizontais de classe alta.
A regulação defendida pela Aneel e apoiada pelo TCU prevê a fixação de metas que levam em conta o grau de desordem social da área de concessão, ingredientes como a desigualdade de renda, o número de domicílios em favelas e o grau de violência. Na combinação desses critérios, o Rio de Janeiro perde para dois outros Estados: Pará e Amazonas.
Por ora, TCU e Aneel apontam a instalação de medidores eletrônicos como a principal alternativa disponível para conter o furto de energia.
Parte das 64 concessionárias de energia ainda usa os chamados relógios, uma tecnologia de mais de cem anos, embora a tecnologia da medição centralizada esteja disponível no Brasil há mais de uma década.
Apesar do custo das perdas nas tarifas de energia, o TCU apurou que apenas 7,6% da parcela da receita anual das concessionárias destinada à pesquisa foi aplicada em projetos de combate às perdas. "Além disso, não há aferição da efetividade desses projetos", anota a auditoria.
Diferentemente do que sugeriram os técnicos do tribunal, o relator Benjamin Zimler não fixou prazo para que a Aneel apresente plano com metas para a redução das perdas.
(Fonte: O Imparcial (MA) / Amazonia.org)
Os números são de auditoria sobre o setor elétrico feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Repassadas aos usuários nas tarifas de luz, essas perdas representaram, no ano passado, uma conta bilionária: R$ 4,7 bilhões foram pagos pelos consumidores. "Um certo nível de perdas é inevitável, mas, certamente, é gerenciável e passível de regulação", diz o relatório a que a Folha teve acesso.
Chamou a atenção dos auditores a tendência de crescimento nas perdas, um sinal de ineficácia do sistema. Entre 2003 e 2007, segundo o tribunal, as perdas comerciais e técnicas aumentaram 15%, num ritmo mais acelerado do que o crescimento registrado na oferta de energia no período.
No ano passado, as perdas técnicas - vinculadas à manutenção e à qualidade dos equipamentos usados na transmissão e na distribuição- representaram o volume de energia suficiente para abastecer por um ano três Estados: Bahia, Pernambuco e Ceará juntos, com 11,6 milhões de consumidores. Já as perdas comerciais são equivalentes à energia que abastece os 6,2 milhões de consumidores de Minas Gerais.
Em 2008, as perdas serão ainda maiores, disse à Folha o presidente da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Jerson Kelman, que confirma os números da auditoria do TCU. "A perda é enorme."
Ele insiste, porém, em que não há soluções simples para o problema. O combate às perdas pressupõe investimentos por parte das concessionárias e, consequentemente, também significam custo para os usuários. "Teoricamente, poderia se reduzir as perdas a quase zero, mas isso custa, o assunto não é simples", alega.
A auditoria do TCU mostra que as perdas comerciais, embora com um peso menor na conta final, são as que mais cresceram. Supostamente, essas perdas estão associadas a questões sociais, como a pobreza e a violência.
Áreas de risco no Rio de Janeiro respondem, por exemplo, por 37% das perdas comerciais das duas concessionárias que atendem o Estado.
Mas o relatório registra, com base em relatório da concessionária Ampla, que o furto de energia no Estado envolve até igrejas católicas ou evangélicas, polícia, escolas, a residência de um juiz, a residência de um prefeito, restaurantes, hotéis, padarias e condomínios horizontais de classe alta.
A regulação defendida pela Aneel e apoiada pelo TCU prevê a fixação de metas que levam em conta o grau de desordem social da área de concessão, ingredientes como a desigualdade de renda, o número de domicílios em favelas e o grau de violência. Na combinação desses critérios, o Rio de Janeiro perde para dois outros Estados: Pará e Amazonas.
Por ora, TCU e Aneel apontam a instalação de medidores eletrônicos como a principal alternativa disponível para conter o furto de energia.
Parte das 64 concessionárias de energia ainda usa os chamados relógios, uma tecnologia de mais de cem anos, embora a tecnologia da medição centralizada esteja disponível no Brasil há mais de uma década.
Apesar do custo das perdas nas tarifas de energia, o TCU apurou que apenas 7,6% da parcela da receita anual das concessionárias destinada à pesquisa foi aplicada em projetos de combate às perdas. "Além disso, não há aferição da efetividade desses projetos", anota a auditoria.
Diferentemente do que sugeriram os técnicos do tribunal, o relator Benjamin Zimler não fixou prazo para que a Aneel apresente plano com metas para a redução das perdas.
(Fonte: O Imparcial (MA) / Amazonia.org)
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Uso sustentável da floresta pode reduzir mudança climática
Governos, produtores e representantes de ONGs na Semana Florestal Européia, que acontece na sede da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma, afirmaram nesta quarta-feira (22) que a exploração econômica das florestas do continente é compatível com a luta contra a mudança climática.
O diretor da Divisão de Indústria e Produtos Florestais da FAO, Wulf Killmann, explicou à Agência Efe que a maior parte dos 450 participantes do encontro concorda com a possibilidade de encontrar "um equilíbrio entre os aspectos sociais, econômicos e ambientais da floresta".
Killman afirmou que este é um dos temas centrais da reunião, promovida pela primeira vez de forma conjunta pela Comissão Européia (CE), a FAO, a Conferência Ministerial para Proteção de Florestas na Europa e a Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa.
"Nós (pela FAO) também o vemos como um dos meios para reduzir os efeitos da mudança climática. Todos os anos, perdemos 13 milhões de hectares da floresta no mundo, segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), o que contribui em 17,3% para a emissão de gases do efeito estufa", afirmou o analista.
Segundo ele, este percentual de dióxido de carbono é muito similar ao que representa o total do setor de transporte. Por isso, seria "muito importante reduzir essas emissões e esse desmatamento" na luta contra a mudança climática.
Para o representante da FAO, a luta contra o aquecimento global "passa pela utilização da terra para obter produtos agrícolas, uma tarefa na qual a floresta tem um grande potencial, assim como pelo conceito de manejo sustentável" dos recursos florestais.
Neste sentido, o diretor da FAO destaca a necessidade de potencializar a indústria florestal sustentável e de explorar a maior superfície possível, já que na Europa - onde a situação da floresta "está melhorando" -, apenas dois terços da área verde total são aproveitadas adequadamente.
Um dos motivos pelos quais não se chega a boa mobilização dos recursos florestais é que muitas pequenas extensões de área verde pertencem a pequenos proprietários que não podem ou não querem aproveitar toda sua potencialidade ambiental.
"As florestas contribuem para a situação ambiental dos países de diversas formas. Protegem a água, os solos e têm um papel na redução dos efeitos da mudança climática", explica Killmann, que também é membro do grupo interdepartamental de Mudança Climática da FAO.
"Quando crescem, as árvores absorvem carbono da atmosfera armazenada no tronco, nas folhas e nas raízes", acrescentou.
Killmann completa dizendo que até quando se transforma a matéria-prima das florestas em móveis ou portas, "o carbono fica nele". E se o processo de utilização é sustentável, "replanta-se parte da matéria explorada e se absorve novamente carvão". (Fonte: Estadão Online)
O diretor da Divisão de Indústria e Produtos Florestais da FAO, Wulf Killmann, explicou à Agência Efe que a maior parte dos 450 participantes do encontro concorda com a possibilidade de encontrar "um equilíbrio entre os aspectos sociais, econômicos e ambientais da floresta".
Killman afirmou que este é um dos temas centrais da reunião, promovida pela primeira vez de forma conjunta pela Comissão Européia (CE), a FAO, a Conferência Ministerial para Proteção de Florestas na Europa e a Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa.
"Nós (pela FAO) também o vemos como um dos meios para reduzir os efeitos da mudança climática. Todos os anos, perdemos 13 milhões de hectares da floresta no mundo, segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), o que contribui em 17,3% para a emissão de gases do efeito estufa", afirmou o analista.
Segundo ele, este percentual de dióxido de carbono é muito similar ao que representa o total do setor de transporte. Por isso, seria "muito importante reduzir essas emissões e esse desmatamento" na luta contra a mudança climática.
Para o representante da FAO, a luta contra o aquecimento global "passa pela utilização da terra para obter produtos agrícolas, uma tarefa na qual a floresta tem um grande potencial, assim como pelo conceito de manejo sustentável" dos recursos florestais.
Neste sentido, o diretor da FAO destaca a necessidade de potencializar a indústria florestal sustentável e de explorar a maior superfície possível, já que na Europa - onde a situação da floresta "está melhorando" -, apenas dois terços da área verde total são aproveitadas adequadamente.
Um dos motivos pelos quais não se chega a boa mobilização dos recursos florestais é que muitas pequenas extensões de área verde pertencem a pequenos proprietários que não podem ou não querem aproveitar toda sua potencialidade ambiental.
"As florestas contribuem para a situação ambiental dos países de diversas formas. Protegem a água, os solos e têm um papel na redução dos efeitos da mudança climática", explica Killmann, que também é membro do grupo interdepartamental de Mudança Climática da FAO.
"Quando crescem, as árvores absorvem carbono da atmosfera armazenada no tronco, nas folhas e nas raízes", acrescentou.
Killmann completa dizendo que até quando se transforma a matéria-prima das florestas em móveis ou portas, "o carbono fica nele". E se o processo de utilização é sustentável, "replanta-se parte da matéria explorada e se absorve novamente carvão". (Fonte: Estadão Online)
Minc defende maior protagonismo do Brasil na área ambiental
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu um maior protagonismo do Brasil na área ambiental. "Não podemos ficar na defensiva, como às vezes, ficamos. Nos fóruns internacionais nós temos muita coisa a apresentar, inclusive na área do etanol e do biodiesel. Não tem sentido nós ficarmos eternamente nessa defesa, a gente tem que ser muito mais propositivo", disse Minc na abertura da audiência pública sobre o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, realizada nessa terça-feira (21), na Universidade de Brasília.
No encontro, que teve quase três horas de debates, Minc afirmou que o plano, que ainda está em fase de consulta pública, deve ter metas realizáveis. Ele destacou aspectos importantes como a previsão de o País chegar a 2015 plantando mais árvores do que cortando, o aumento de 1% para 20% na co-geração de energia e o crescimento de 11% a participação do etanol na matriz energética brasileira com crescimento de 11% ao ano.
Segundo a secretária Nacional de Mudanças Climáticas, Suzana Kahn, além dos objetivos citados acima, essa versão inicial do plano estabelece dois macro objetivos. Um deles é a redução das emissões provenientes da alteração do uso da terra e florestas com foco na questão do desmatamento que representa 55% do nosso total de emissões.
Outro ponto é a promoção do desenvolvimento, do crescimento econômico, seguindo uma trajetória de menor consumo de energia fóssil. "O Brasil vai crescer, mas esse crescimento pode se dar de uma forma menos agressiva ao meio ambiente e isso é possível desde que se tenha tecnologia para isso", acredita Suzana.
Os participantes do encontro sugeriram que o plano contemple de forma mais precisa ações voltadas para educação ambiental, o uso de áreas degradadas, o estímulo a projetos de energia limpa e o incentivo financeiro a projetos de geração de conhecimentos na área ambiental.
"Nós queremos discutir esse plano não só pela internet, mas também de corpo presente e a universidade tem muito a contribuir e nós temos de ter abertura para incorporar essas sugestões no primeiro plano brasileiro de mudanças climáticas", disse o ministro.
No próximo dia 27 de outubro será realizada, no Rio de Janeiro, outra audiência pública para debater o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. A fase de consulta pública encerra no dia 31 de outubro. (Fonte: Daniela Mendes/MMA)
No encontro, que teve quase três horas de debates, Minc afirmou que o plano, que ainda está em fase de consulta pública, deve ter metas realizáveis. Ele destacou aspectos importantes como a previsão de o País chegar a 2015 plantando mais árvores do que cortando, o aumento de 1% para 20% na co-geração de energia e o crescimento de 11% a participação do etanol na matriz energética brasileira com crescimento de 11% ao ano.
Segundo a secretária Nacional de Mudanças Climáticas, Suzana Kahn, além dos objetivos citados acima, essa versão inicial do plano estabelece dois macro objetivos. Um deles é a redução das emissões provenientes da alteração do uso da terra e florestas com foco na questão do desmatamento que representa 55% do nosso total de emissões.
Outro ponto é a promoção do desenvolvimento, do crescimento econômico, seguindo uma trajetória de menor consumo de energia fóssil. "O Brasil vai crescer, mas esse crescimento pode se dar de uma forma menos agressiva ao meio ambiente e isso é possível desde que se tenha tecnologia para isso", acredita Suzana.
Os participantes do encontro sugeriram que o plano contemple de forma mais precisa ações voltadas para educação ambiental, o uso de áreas degradadas, o estímulo a projetos de energia limpa e o incentivo financeiro a projetos de geração de conhecimentos na área ambiental.
"Nós queremos discutir esse plano não só pela internet, mas também de corpo presente e a universidade tem muito a contribuir e nós temos de ter abertura para incorporar essas sugestões no primeiro plano brasileiro de mudanças climáticas", disse o ministro.
No próximo dia 27 de outubro será realizada, no Rio de Janeiro, outra audiência pública para debater o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. A fase de consulta pública encerra no dia 31 de outubro. (Fonte: Daniela Mendes/MMA)
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Crise financeira já causa impacto na saúde mental de americanos, dizem especialistas
Esta semana, o caso de um gerente financeiro que matou cinco pessoas de sua família antes de se suicidar, em Los Angeles, levou às primeiras páginas dos jornais o custo psicológico da crise econômica que os Estados Unidos atravessam.
O corpo de Karthik Rajaram, um empresário de 45 anos, assim como o de sua mulher, dos três filhos e o de sua sogra foram descobertos na segunda-feira pela polícia, em sua casa, em um setor residencial nobre, ao norte de Los Angeles, no Vale San Fernando (Califórnia).
Em uma carta à polícia, Rajaram disse que havia chegado à decisão de acabar com sua família e com sua vida, devido às suas dificuldades econômicas. Desempregado há vários meses, ele chegou ao fundo do poço, quando viu que o pouco que ainda restava de seu dinheiro estava virando pó no colapso de Wall Street.
A tragédia de Rajaram virou símbolo da crise financeira nos EUA. O próprio oficial da polícia que descobriu os corpos na segunda-feira, Michael Moore, comentou comovido: "Uma perfeita família americana destruída por um homem preso em uma cova de desespero absoluto."
O drama de Los Angeles aconteceu menos de uma semana depois que uma senhora de 90 anos, de Ohio, matou-se com um tiro após receber uma ordem de despejo da casa onde viveu os últimos 38 anos.
Esses dois infelizes acontecimentos alertaram sobre o impacto, na saúde mental das pessoas, da mais dura crise financeira vivida pelo país desde a Grande Depressão na década de 1930, afirmaram os especialistas consultados pela agência France Presse.
A psicóloga Nancy Molitor, que tem um consultório em Chicago (Illinois), disse que é enorme o número de pessoas em busca de ajuda por crises de ansiedade relacionadas à situação financeira.
"Em meus 20 anos de profissão, nunca vi nada parecido. A ansiedade está no auge", comentou Nancy, que acredita ter tido um aumento de até 50% nas consultas.
Para ela, a sensação de atordoamento causada pelo turbilhão financeiro é comparável ao efeito do 11 de setembro de 2001, quando Nova York e Washington foram atacadas por terroristas, episódio que mergulhou o país em dias de angústia e luto.
"Isso é comparável, em termos de impacto, ao 11 de Setembro, definitivamente. E é significativo que não seja uma crise de Wall Street como eu vejo, é algo que está afetando todos os consumidores e quase todas as pessoas."
"Não está afetando apenas os adultos, está atingindo as crianças também. Tenho um menino de 14 anos que vem ao meu consultório e diz: 'estou preocupado com que meus pais se separem, porque estão brigando mais'. É algo que está se espalhando por quase todas as famílias que se tratam comigo. Nunca havia visto algo que afetasse um leque tão amplo de pessoas."
Os problemas, acrescentou Nancy, são bastante variados e vão desde pessoas que perderam milhões de dólares, ou casais com problemas porque não têm como pagar o colégio dos filhos, até o caso de uma mulher de 79 anos que "não pode se permitir morrer."
"Pensei que essa senhora estivesse brincando, mas ela me disse: 'tinha uma herança muito boa, que deixaria para meus filhos. Se eu morrer amanhã, vão receber metade do que iam receber'", contou a psicóloga.
A professora de Psiquiatria Clínica na Universidade da Califórnia (San Diego) Judith Bardwick, avaliou que a enxurrada de manchetes nos jornais descrevendo o declínio da economia americana exacerbou sentimentos de impotência em um período de instabilidade no mercado de trabalho.
"É um sentimento de medo, depressão e ansiedade, que nos diz que não importa o quão duro, ou bem, trabalhemos, não tenho controle sobre o meu futuro", explicou Judith, referindo-se a costumes arraigados no modo de vida dos americanos de investir, graças ao crédito, em grandes casas, automóveis, viajar de avião e comprar tanta comida como acessórios.
"Em um período de crise fiscal, no qual as maiores instituições estão quebrando muito visivelmente, ou são resgatadas do abismo, e o mercado vai a rebote, o número de pessoas que tem essa percepção desesperada da vida vai aumentar naturalmente."
O porta-voz do Departamento de Doenças Mentais do condado de Los Angeles Ken Kondo, que prevê que um a cada cinco americanos sofrerá psicologicamente com a crise econômica, disse que o governo habilitou, nessa cidade, um serviço 24 horas para quem quiser pedir ajuda.
(Fonte: Folha Online)
O corpo de Karthik Rajaram, um empresário de 45 anos, assim como o de sua mulher, dos três filhos e o de sua sogra foram descobertos na segunda-feira pela polícia, em sua casa, em um setor residencial nobre, ao norte de Los Angeles, no Vale San Fernando (Califórnia).
Em uma carta à polícia, Rajaram disse que havia chegado à decisão de acabar com sua família e com sua vida, devido às suas dificuldades econômicas. Desempregado há vários meses, ele chegou ao fundo do poço, quando viu que o pouco que ainda restava de seu dinheiro estava virando pó no colapso de Wall Street.
A tragédia de Rajaram virou símbolo da crise financeira nos EUA. O próprio oficial da polícia que descobriu os corpos na segunda-feira, Michael Moore, comentou comovido: "Uma perfeita família americana destruída por um homem preso em uma cova de desespero absoluto."
O drama de Los Angeles aconteceu menos de uma semana depois que uma senhora de 90 anos, de Ohio, matou-se com um tiro após receber uma ordem de despejo da casa onde viveu os últimos 38 anos.
Esses dois infelizes acontecimentos alertaram sobre o impacto, na saúde mental das pessoas, da mais dura crise financeira vivida pelo país desde a Grande Depressão na década de 1930, afirmaram os especialistas consultados pela agência France Presse.
A psicóloga Nancy Molitor, que tem um consultório em Chicago (Illinois), disse que é enorme o número de pessoas em busca de ajuda por crises de ansiedade relacionadas à situação financeira.
"Em meus 20 anos de profissão, nunca vi nada parecido. A ansiedade está no auge", comentou Nancy, que acredita ter tido um aumento de até 50% nas consultas.
Para ela, a sensação de atordoamento causada pelo turbilhão financeiro é comparável ao efeito do 11 de setembro de 2001, quando Nova York e Washington foram atacadas por terroristas, episódio que mergulhou o país em dias de angústia e luto.
"Isso é comparável, em termos de impacto, ao 11 de Setembro, definitivamente. E é significativo que não seja uma crise de Wall Street como eu vejo, é algo que está afetando todos os consumidores e quase todas as pessoas."
"Não está afetando apenas os adultos, está atingindo as crianças também. Tenho um menino de 14 anos que vem ao meu consultório e diz: 'estou preocupado com que meus pais se separem, porque estão brigando mais'. É algo que está se espalhando por quase todas as famílias que se tratam comigo. Nunca havia visto algo que afetasse um leque tão amplo de pessoas."
Os problemas, acrescentou Nancy, são bastante variados e vão desde pessoas que perderam milhões de dólares, ou casais com problemas porque não têm como pagar o colégio dos filhos, até o caso de uma mulher de 79 anos que "não pode se permitir morrer."
"Pensei que essa senhora estivesse brincando, mas ela me disse: 'tinha uma herança muito boa, que deixaria para meus filhos. Se eu morrer amanhã, vão receber metade do que iam receber'", contou a psicóloga.
A professora de Psiquiatria Clínica na Universidade da Califórnia (San Diego) Judith Bardwick, avaliou que a enxurrada de manchetes nos jornais descrevendo o declínio da economia americana exacerbou sentimentos de impotência em um período de instabilidade no mercado de trabalho.
"É um sentimento de medo, depressão e ansiedade, que nos diz que não importa o quão duro, ou bem, trabalhemos, não tenho controle sobre o meu futuro", explicou Judith, referindo-se a costumes arraigados no modo de vida dos americanos de investir, graças ao crédito, em grandes casas, automóveis, viajar de avião e comprar tanta comida como acessórios.
"Em um período de crise fiscal, no qual as maiores instituições estão quebrando muito visivelmente, ou são resgatadas do abismo, e o mercado vai a rebote, o número de pessoas que tem essa percepção desesperada da vida vai aumentar naturalmente."
O porta-voz do Departamento de Doenças Mentais do condado de Los Angeles Ken Kondo, que prevê que um a cada cinco americanos sofrerá psicologicamente com a crise econômica, disse que o governo habilitou, nessa cidade, um serviço 24 horas para quem quiser pedir ajuda.
(Fonte: Folha Online)
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Associação de produtores de grãos não-transgênicos aposta nos mercados nacional e externo
Mônica Pinto / AmbienteBrasil
Há cerca de um mês, alguns dos maiores produtores e fornecedores de grãos convencionais – ou seja, não-transgênicos - decidiram somar forças para fomentar o plantio, o desenvolvimento e o aprimoramento dessa produção no Brasil e reforçar sua posição no mercado internacional.
Nascia, assim, a Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange), fundada pelos empresas André Maggi, Brejeiro, Caramuru Alimentos, Imcopa e Vanguarda.
Na visão da entidade, o espaço para os produtos não-geneticamente modificados brasileiros nos mercado interno e externo é enorme. Somente a capacidade de produção brasileira de soja não-transgênica de associados da Abrange já soma mais de seis milhões de toneladas. No cômputo geral, chega a 25 milhões de toneladas;ano.
Existe mercado para toda ela, mas, muitas vezes, parte dessa soja não é classificada como convencional – e perde o acesso a esse nicho - porque não houve a preocupação em dar garantias de que o produto não findou contaminado por transgênicos.
“O agricultor acaba não tendo um aproveitamento da produção dele, ou por falta de conhecimento, ou por falta de um trabalho maior de segregação”, disse a AmbienteBrasil Ricardo Tatesuzi, diretor Executivo da Abrange.
“Segregação”, uma palavra em geral associada a sentimentos pouco nobres, é, nesse caso, fundamental para evitar que a soja convencional seja contaminada pela transgênica. “A gente se protege desde a compra das sementes, passando pela colheita, transporte, armazenamento, tudo”, diz Tatesuzi.
Tais cuidados não se verificam apenas para manter o foco nesse mercado promissor, mas, também, em função de uma sandice perpetrada pela legislação brasileira. Se uma fazenda tem sua produção contaminada por transgênicos - através de um trator ou colheitadeira, por exemplo - o produtor é obrigado a pagar royalties à fornecedora de sementes geneticamente modificadas, ainda que não fosse nem de longe sua intenção adotar esse tipo de plantio.
Mesmo com os investimentos que a segregação requer, a Abrange vislumbra vantagens financeiras concretas. “Os transgênicos não estão barateando o custo de produção”, diz Tatesuzi, jogando por terra um argumento usualmente levantado pelos interessados no setor de organismos geneticamente modificados.
Com isso, a competitividade dos grãos convencionais está em boa fase, apesar do cenário não ser necessariamente duradouro, posto que subjugado por conjunturas internacionais.
Agora, a Abrange pretende fazer um trabalho de educação para os agricultores. “Um gerente técnico vai acompanhar e mapear a produção, para que todos aproveitem esse nicho”, antecipou Tatesuzi a AmbienteBrasil.
A produção não-transgênica passa pelo crivo de entidades certificadoras, quase todas reconhecidas internacionalmente, o que confere maior valor de mercado aqui e além-fronteiras. Os principais estados produtores de soja não transgênica são Mato Grosso, Goiás, Paraná, Tocantins e Bahia.
Há cerca de um mês, alguns dos maiores produtores e fornecedores de grãos convencionais – ou seja, não-transgênicos - decidiram somar forças para fomentar o plantio, o desenvolvimento e o aprimoramento dessa produção no Brasil e reforçar sua posição no mercado internacional.
Nascia, assim, a Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange), fundada pelos empresas André Maggi, Brejeiro, Caramuru Alimentos, Imcopa e Vanguarda.
Na visão da entidade, o espaço para os produtos não-geneticamente modificados brasileiros nos mercado interno e externo é enorme. Somente a capacidade de produção brasileira de soja não-transgênica de associados da Abrange já soma mais de seis milhões de toneladas. No cômputo geral, chega a 25 milhões de toneladas;ano.
Existe mercado para toda ela, mas, muitas vezes, parte dessa soja não é classificada como convencional – e perde o acesso a esse nicho - porque não houve a preocupação em dar garantias de que o produto não findou contaminado por transgênicos.
“O agricultor acaba não tendo um aproveitamento da produção dele, ou por falta de conhecimento, ou por falta de um trabalho maior de segregação”, disse a AmbienteBrasil Ricardo Tatesuzi, diretor Executivo da Abrange.
“Segregação”, uma palavra em geral associada a sentimentos pouco nobres, é, nesse caso, fundamental para evitar que a soja convencional seja contaminada pela transgênica. “A gente se protege desde a compra das sementes, passando pela colheita, transporte, armazenamento, tudo”, diz Tatesuzi.
Tais cuidados não se verificam apenas para manter o foco nesse mercado promissor, mas, também, em função de uma sandice perpetrada pela legislação brasileira. Se uma fazenda tem sua produção contaminada por transgênicos - através de um trator ou colheitadeira, por exemplo - o produtor é obrigado a pagar royalties à fornecedora de sementes geneticamente modificadas, ainda que não fosse nem de longe sua intenção adotar esse tipo de plantio.
Mesmo com os investimentos que a segregação requer, a Abrange vislumbra vantagens financeiras concretas. “Os transgênicos não estão barateando o custo de produção”, diz Tatesuzi, jogando por terra um argumento usualmente levantado pelos interessados no setor de organismos geneticamente modificados.
Com isso, a competitividade dos grãos convencionais está em boa fase, apesar do cenário não ser necessariamente duradouro, posto que subjugado por conjunturas internacionais.
Agora, a Abrange pretende fazer um trabalho de educação para os agricultores. “Um gerente técnico vai acompanhar e mapear a produção, para que todos aproveitem esse nicho”, antecipou Tatesuzi a AmbienteBrasil.
A produção não-transgênica passa pelo crivo de entidades certificadoras, quase todas reconhecidas internacionalmente, o que confere maior valor de mercado aqui e além-fronteiras. Os principais estados produtores de soja não transgênica são Mato Grosso, Goiás, Paraná, Tocantins e Bahia.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Horário de verão começa no próximo dia 19 em três regiões do país
O horário de verão deste ano começará no próximo dia 19 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. À 0h, os relógios terão que ser adiantados em uma hora.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida ficará em vigor até a meia-noite do dia 15 de fevereiro de 2009.
A expectativa do governo é de que haja uma redução de 4% a 5% no horário de pico, o que equivale a uma economia de 2.000 MW, o suficiente para abastecer uma cidade com 6 milhões de habitantes.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fixou datas fixas para o início e para o término do horário de verão. Com isso, a medida entra em vigor à 0h do terceiro domingo de outubro e vai até o terceiro domingo de fevereiro seguinte.
O governo, no entanto, fez uma ressalva: caso o terceiro domingo de fevereiro seja o de Carnaval, o encerramento do horário de verão fica para o próximo domingo. A mudança de horário será feita sempre nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Horário de verão - O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda, resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.
Na última edição, o país registrou uma economia de R$ 10 milhões com o horário de verão, menor do que nos anos anteriores, quando a redução dos gastos com energia elétrica foi em média de R$ 40 milhões. De acordo com o ONS (Operador Nacional do Setor Elétrico) isso ocorreu porque houve poucas chuvas no fim do ano e, com isso, o país teve que acionar usinas termelétricas, mais caras do que as hidrelétricas geralmente usadas.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967 a mudança no horário ocorreu nove vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem interrupções, com diferenças apenas nos Estados atingidos e no período de duração. (Fonte: Folha Online)
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida ficará em vigor até a meia-noite do dia 15 de fevereiro de 2009.
A expectativa do governo é de que haja uma redução de 4% a 5% no horário de pico, o que equivale a uma economia de 2.000 MW, o suficiente para abastecer uma cidade com 6 milhões de habitantes.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fixou datas fixas para o início e para o término do horário de verão. Com isso, a medida entra em vigor à 0h do terceiro domingo de outubro e vai até o terceiro domingo de fevereiro seguinte.
O governo, no entanto, fez uma ressalva: caso o terceiro domingo de fevereiro seja o de Carnaval, o encerramento do horário de verão fica para o próximo domingo. A mudança de horário será feita sempre nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Horário de verão - O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda, resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.
Na última edição, o país registrou uma economia de R$ 10 milhões com o horário de verão, menor do que nos anos anteriores, quando a redução dos gastos com energia elétrica foi em média de R$ 40 milhões. De acordo com o ONS (Operador Nacional do Setor Elétrico) isso ocorreu porque houve poucas chuvas no fim do ano e, com isso, o país teve que acionar usinas termelétricas, mais caras do que as hidrelétricas geralmente usadas.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, com duração de cinco meses. Até 1967 a mudança no horário ocorreu nove vezes. Desde 1985, no entanto, a medida vem sendo adotada sem interrupções, com diferenças apenas nos Estados atingidos e no período de duração. (Fonte: Folha Online)
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