quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mudanças climáticas fazem animais e plantas buscarem terras mais altas

O aquecimento global está fazendo animais e plantas migrarem montanhas acima e para longe da linha do equador em uma tentativa de evitar as temperaturas mais altas associadas com as mudanças climáticas, revelaram cientistas em um extenso levantamento feito com quase 1,4 mil espécies.

O ritmo do movimento é em média três vezes mais rápido do que o anteriormente esperado para espécies migrando em direção aos polos e cerca de duas vezes maior para organismos que estão migrando encostas acima nas montanhas, dizem os pesquisadores.

Uma grande revisão da distribuição de animais e plantas, publicada na revista "Science", mostrou enormes variações entre espécies individuais, mas observadas como um grupo parece haver uma clara evidência de que as mudanças climáticas são a causa do movimento em massa, diz o professor Chris Thomas, da Universidade de York.

- Espécies de animais e plantas têm movido sua distribuição para longe do equador e em direção ao polos muito mais rápido do que achávamos - disse Thomas, - De fato, as espécies estão se movendo para o Norte no Hemisfério Norte e para o Sul no Hemisfério Sul a uma média de cerca de 16 a 17 quilômetros por década.

Thomas destacou que essas mudanças são o equivalente aos animais e plantas se afastarem do equador cerca de 20 centímetros por hora, todas as horas do dia, todos os dias do ano. Segundo ele, isso está acontecendo ao longo dos últimos 40 anos e deve continuar pelo menos até o fim deste século.

- É um ritmo fenomenal de movimento de toda uma gama de vida para longe do equador e em direção aos polos - considerou Thomas. - E como sabemos que ele está relacionado com as mudanças climáticas? Bem, parte por que não há nenhuma outra explicação razoável para tudo estar se movimentando pata terras e latitudes mais altas, mas também porque verificamos que o ritmo é maior nas regiões que estão passando por um maior aquecimento. As mudanças climáticas estão um pouco fora da agenda política no momento, mas enquanto isso elas continuam, as espécies estão respondendo a elas e há o risco de mais espécies serem extintas como resultado dessas mudanças.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/08/19/mudancas-climaticas-fazem-animais-plantas-buscarem-terras-mais-altas-925164901.asp#ixzz1WZb55Mvb
© 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

Fonte: oglobo.com

Descoberta nova espécie de macaco no Brasil

Uma das áreas mais duramente afetadas pelo desmatamento é lar da mais nova espécie de macaco do mundo. Um tipo inteiramente novo de zogue-zogue foi identificado pelo biólogo Julio Dalponte na Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt. O macaco vive em partes ainda intocadas das florestas do Mato Grosso. O achado confirma a impressionante biodiversidade da Amazônia e mostra como o desmatamento ameaça a existência de espécies que sequer conhecemos.

Na expedição patrocinada pelo WWF no Oeste do Mato Grosso também foram descobertas prováveis espécies novas de peixes e plantas. Quarenta e sete espécies de mamíferos raros foram estudadas, incluindo a onça pintada e tamanduás. Centenas de espécies de aves foram avistadas.

O novo macaco pertence ao gênero Callicebus, descobero pela ciência só nos anos 60. O animal encontrado agora habita matas entre os rios Roosevelt e Guariba.



Fone: globo.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sociedade Civil deve dar respaldo a Dilma, diz Marina Silva

A ex-senadora Marina Silva avaliou hoje que as sucessivas denúncias de corrupção contra a classe política mostram que o Brasil passa por um grave momento em sua história e conclamou a sociedade civil e as instituições a se mobilizarem para contornar o atual cenário de escândalos.

De acordo com ela, a sociedade brasileira deve assumir a corrupção não apenas como uma questão do governo federal, mas deve dar respaldo à presidente Dilma Rousseff no combate aos malfeitos na máquina pública. "A sociedade brasileira deve se mobilizar para dar um basta na corrupção, assim como resolveu dar sustentação política para acabar com a inflação e assim como criou bases políticas para erradicar a pobreza", disse a ex-senadora, após palestra "O Papel do Brasil na Rio+20", realizada hoje na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), na capital paulista.


A ex-senadora cobrou atitude para condenar os atos de corrupção no Brasil das "pessoas de bem" de todos os partidos, dos empresários, dos jovens e dos formadores de opinião. "Se a sociedade assumir a corrupção como um problema dela, e não só da presidente, haverá de criar o constrangimento político e ético para que as instituições públicas sejam devolvidas ao interesse público, e não ao privado", afirmou. Ela, contudo, não detalhou como essa manifestação poderia ocorrer no Brasil. Segundo a ex-senadora, não há atualmente um líder que conclame a sociedade para essa causa. "Nós estamos diante do desafio da autoconvocação", afirmou.


Indagada sobre se a população brasileira tem apoiado a presidente nas mudanças ministeriais, tendo em vista a queda de sua popularidade na última pesquisa CNI/Ibope, de julho, Marina disse que as ações da presidente não podem ser medidas dessa maneira. De acordo com ela, desde a CPI dos Anões do Orçamento, em 1993, o Brasil vive com constantes denúncias, investigações e prisões no setor público. A ex-senadora ressaltou que está na hora da sociedade revogar o mandato daqueles que usam os espaços públicos como privados, para interesses particulares.


Interesse


Ela salientou ainda que os partidos políticos estão hoje desvinculados do interesse público. "Quem disse que, em um governo de coalizão, um determinado partido é o dono de tal pedaço do Estado?", questionou. A ex-senadora ministrou hoje palestra sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será promovida no Rio de Janeiro em 2012. De acordo com ela, o Brasil deve aproveitar a oportunidade do encontro para "não deixar que tenhamos retrocessos nos avanços já conquistados" na área do meio ambiente.


Marina Silva citou como exemplo de retrocesso a aprovação do Código Florestal, votada no início deste ano pela Câmara. "Se o Código Florestal for aprovado (no Senado), vamos perder o controle do desmatamento", afirmou, ao citar que o desmatamento aumentou 450% no Mato Grosso com a expectativa de aprovação da proposta.


"E chegar na Rio+20 com o Código Florestal, que faz da preservação uma exceção, em vez de regra, é para nem termos coragem de aparecer na frente de outros países", criticou. A ex-senadora disse ainda que a Conferência das Nações Unidas é uma oportunidade para o Brasil criar bases políticas e reestruturar a sua matriz energética. Segundo ela, o Brasil é o país que reúne as melhores condições para adotar uma base energética limpa.

Fonte: www.yahoo.com