segunda-feira, 30 de julho de 2012
Projeto de construção de recifes ganha mais força em Piratininga
Prefeitura admite estudar implantação de estrutura submersa, que além do baixo custo de manutenção, diminuiria os impactos das ressacas na orla. Medida custaria R$ 4 milhões
No dia 31 de maio de 2011 uma forte ressaca destruiu parte do calçadão da Praia de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. Pouco mais de um ano após o incidente, o local permanece danificado, preocupando banhistas e moradores. A Prefeitura de Niterói oficializou no dia 12 de junho, o cancelamento da licitação para a execução das obras de contenção no calçadão, que de acordo com a Empresa Municipal de Moradia Urbanização e Saneamento (Emusa), se deve ao fato de ter havido várias licitações sem que nenhuma empresa interessada tenha aparecido. Segundo a Prefeitura, com as últimas ressacas, a areia está se movimentando e foi necessária uma nova avaliação. Por isso, o projeto está sendo refeito e assim que estiver concluído haverá nova licitação.
Enquanto o problema não se resolve, diferentes propostas de solução são apresentadas. Entre elas ganha força o projeto de construção de recifes artificiais em Piratininga, da ONG Preammar (Preservação Ambiental, Marinha e Ações Renováveis), que entre outras vantagens, diminuiria o impacto das ressacas. De acordo com o coordenador da ONG, Jefferson Ferreira França Júnior, a medida que custaria cerca de R$ 4 milhões, consiste em implantar um estrutura submersa, a aproximadamente 200 metros da praia, feita de um material chamado geotêxtil - usado há mais de 30 anos no Brasil - que serviriam de substrato para o desenvolvimento da fauna e flora típicas dos ambientes rochosos e anteciparia a quebra das ondas.
“Algumas medidas podem ser tomadas, mas a nossa, nós entendemos que é a que traz a maior relação custo-benefício, não só de implantação, de manutenção, mas também pelos benefícios que ela agrega, pela sua multifuncionalidade.” defende Jefferson.
Outra vantagem é que a implantação dos recifes dispensaria canteiros de obras e interdição de praia. A Prefeitura de Niterói informou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade está estudando a implantação do projeto.
domingo, 22 de julho de 2012
Perigo para os banhistas das praias de Itaipu e Camboinhas
Tráfego intenso de jet skis em alta velocidade, desrespeitando as normas da Capitania dos Portos, tem se tornado comum e preocupa as pessoas que frequentam o canal
O Canal de ligação entre a Lagoa de Itaipu e as praias de Itaipu e Camboinhas é reduto de escolas de surfe, bem como uma das principais opções de lazer para os habitantes da região. Entretanto, segundo comerciantes, o tráfego de jet skis em alta velocidade pelo local tem se tornado comum, o que tem preocupado banhistas e frequentadores das proximidades.
“Venho por aqui há um ano e meio, trago meus dois filhos todo final de semana, mas fico muito apreensivo porque muitos passam intensamente e correndo. Os guarda-vidas, muitas vezes, quando veem, orientam as pessoas a saírem da água para não ocorrer um acidente grave”, protestou o engenheiro Márcio Curi, de 34 anos.
Procurada, a Capitania dos Portos do Rio (CPRJ) informou, por meio de nota, que realiza nas praias de Itaipu e Camboinhas, bem como na saída do Canal de ligação entre as mesmas e a Lagoa de Itaipu, “frequentes ações de fiscalização”.
“Para utilizar uma moto aquática, o condutor maior de 18 anos precisa ter a carteira de habilitação de motonauta. Quando identificado qualquer tipo de irregularidade, o responsável é notificado e autuado, sendo sujeito a multa pecuniária e penalidades administrativas que vão de suspensão temporária à cassação definitiva da habilitação para condução de embarcações”, esclareceu a assessoria da CPRJ.
A Capitania detalhou, ainda, que de acordo com as Normas da Autoridade Marítima, as embarcações exercendo suas atividades nas proximidades de praias do litoral, dos lagos, lagoas e rios devem respeitar os limites impostos para navegação, de modo a resguardar a integridade física dos banhistas, considerando, como linha base, a linha de arrebentação das ondas; ou, no caso de lagos e lagoas, onde se inicia o espelho d’água.
Para cumprimento dessa regulação, o órgão estabelece como limites, em localidades com frequência de banhistas, a permissão de tráfego a partir de 100 metros da linha base para embarcações utilizando propulsão a remo ou à vela, bem como de 200 metros para barcos de propulsão a motor, reboque de esqui aquático, para-quedas e de painéis de publicidade.
“As embarcações podem se aproximar para embarque ou desembarque de pessoal ou neste caso, a aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com velocidade não superior a três nós, em área sem a presença de banhista”, ponderou o comunicado da CPRJ.
Para denúncias sobre infração dessas determinações, a Capitania dos Portos disponibiliza o e-mail ouvidoria@cprj.mar.mil.br e o telefone 2233-8412 para atender a população sobre embarcação em situação que comprometa a segurança de banhistas.
Fonte: O FLUMINENSE
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