No Dia Mundial do Meio Ambiente, ciência revela que há pouco
para comemorar. Modelo de desenvolvimento esgota recursos
do planeta e ameaça biodiversidade.
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo
Há pouco para comemorar no Dia Mundial do Meio Ambiente, apesar dos esforços de pesquisa e conscientização que marcaram as últimas décadas. Retórica à parte, o chamado desenvolvimento sustentável continua distante da prática: de fato, as estimativas mais recentes indicam que a humanidade nunca viveu de forma menos sustentável. As mais de 6 bilhões de pessoas monopolizam hoje 45% de toda a matéria viva produzida em terra firme - e nada indica que essa taxa esteja parando de crescer.
O cálculo, feito por pesquisadores como o americano Paul Ehrlich, da Universidade Stanford, e Stuart Pimm, da Universidade Duke (ambas nos Estados Unidos), é o mais abrangente possível. Os estudos se baseiam numa medição da produtividade primária - a massa viva produzida pelas plantas a cada ano. As plantas usam a luz solar e o gás carbônico do ar para produzir seu próprio alimento e, assim, construir seu organismo. (É o processo conhecido como fotossíntese.) Todos os animais dependem direta ou indiretamente das plantas para viver; por isso, a produtividade delas dá uma medida clara do funcionamento de um determinado ambiente.
Os cientistas costumam comparar esse processo ao rendimento de juros em um banco: as plantas que estão fazendo fotossíntese já têm sua própria massa (o equivalente ao dinheiro investido) e passam a aumentá-la. Examinando fatores como a área plantada com alimentos no mundo, as fatias de terra destinadas a pastos e as regiões florestais que são exploradas comercialmente ou para subsistência, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a humanidade se apropria de 45% da produtividade primária da Terra. Ou seja, o homem gasta quase metade do "rendimento em juros" das formas de vida terrestres. Números parecidos são encontrados nos rios e mares do planeta.
O número já é impressionante por si só, mas o grande problema é que as enormes demandas por matérias-primas e energia das sociedades modernas podem muito bem fazer com que a humanidade gaste todos os rendimentos da Terra e ainda por cima entre no cheque especial, por assim dizer. Na verdade, isso só não aconteceu ainda porque a maior parte das pessoas não tem o mesmo padrão de consumo que o do cidadão médio dos Estados Unidos, por exemplo. Se, por um passe de mágica, todos os 6 bilhões de seres humanos pudessem consumir bens no mesmo patamar dos americanos, só a produtividade primária de cinco Terras poderia saciá-los.
É claro que o avanço tecnológico tem permitido sustentar cada vez mais gente de forma cada vez mais eficiente, mas não há o menor sinal de que uma solução tecnológica, sozinha, será capaz de evitar uma catástrofe caso o padrão mundial de consumo continue a crescer no ritmo atual. O correto seria evitar o crescimento dos padrões de consumo.
domingo, 17 de junho de 2007
Fim da Feema e da Serla à vista
Rio - A Secretaria Estadual do Ambiente enviou mensagem ontem à Assembléia Legislativa para criar o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que vai substituir a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), a Superintendência Estadual de Rios e Lagos (Serla) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
O projeto também prevê um concurso para contratar 245 funcionários para o novo órgão. São 60 vagas para técnicos, com salários de R$ 1 mil, e 185 para funcionários de nível superior, com rendimentos de R$ 2 mil.
Um dos principais objetivos do novo órgão, segundo o secretário Carlos Minc, é dar maior agilidade ao licenciamento ambiental. “Hoje, alguns empreendimentos demoram anos para tirar as três licenças, da Feema, da Serla e do IEF. Agora, vamos ganhar tempo, porque a licença sairá de uma só vez”.
O instituto também vai criar agências regionais em nove municípios para descentralizar as ações . Dos novos concursados, 90 serão deslocados para essas agências, que deverão operar com o Ibama.
O projeto também prevê um concurso para contratar 245 funcionários para o novo órgão. São 60 vagas para técnicos, com salários de R$ 1 mil, e 185 para funcionários de nível superior, com rendimentos de R$ 2 mil.
Um dos principais objetivos do novo órgão, segundo o secretário Carlos Minc, é dar maior agilidade ao licenciamento ambiental. “Hoje, alguns empreendimentos demoram anos para tirar as três licenças, da Feema, da Serla e do IEF. Agora, vamos ganhar tempo, porque a licença sairá de uma só vez”.
O instituto também vai criar agências regionais em nove municípios para descentralizar as ações . Dos novos concursados, 90 serão deslocados para essas agências, que deverão operar com o Ibama.
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