domingo, 5 de julho de 2009

Município fluminense inaugura aterro sanitário ecológico até o fim do ano

O município de Quissamã, no norte fluminense, deve inaugurar até o fim deste
ano um aterro sanitário para destinação final do lixo produzido por seus
habitantes, além da população de outros três municípios vizinhos -
Carapebus, Conceição de Macabu e São João da Barra.

A iniciativa faz parte do projeto Lixão Zero, da Secretaria Estadual do
Ambiente, que tem por objetivo acabar com os lixões existentes em território
fluminense, substituindo-os por aterros sanitários, considerados
ambientalmente mais adequados para tratar resíduos sólidos.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente de Quissamã, José
Ricardo Pedruzzi, atualmente as cerca de 50 toneladas de lixo produzidas
diariamente nos quatro municípios são encaminhadas a um aterro particular. A
expectativa é que com a inauguração da unidade haja uma economia para os
cofres públicos de aproximadamente 75% do valor gasto atualmente, de R$ 80
reais por tonelada, além de garantir destinação apropriada ao material
descartado.

"Todos nós sofremos muito com a questão da destinação final do lixo porque
como é uma atividade pouco lucrativa não atrai nenhuma empresa. Dessa forma,
muitos municípios dão uma destinação inadequada e acabam sendo alvos de
ações movidas pelo Ministério Público. Na nossa região existe um aterro
particular e praticamente todos os municípios têm enviado o resíduo sólido
para lá. O problema é que isso tem um custo bastante elevado", afirmou.

O secretário Pedruzzi destacou, ainda, que o projeto a ser instalado em
Quissamã prevê tratamento especial de todos os elementos descartados. O
material sólido será despejado sobre uma camada impermeabilizante de argila.
O resíduo líquido, chamado de chorume, será canalizado para uma lagoa de
contenção. Após a decantação, parte desse material poderá ser reconduzido à
natureza e os elementos orgânicos não poluentes serão processados e
transformados em adubo orgânico.

Além disso, num prazo de dois anos após a entrada em funcionamento do
aterro, o gás metano produzido pelo lixo será canalizado para uma usina
termelétrica que alimentará a Zona Especial de Negócios do município.

O projeto está na fase de licenciamento ambiental. A expectativa é que a
liberação pelas autoridades ambientais saia nos próximos dias. A partir
dessa liberação, o governo estadual vai abrir uma licitação para definir a
empresa que ficará responsável pela obra. O aterro terá autonomia de gestão,
mas será fiscalizado pelos municípios e também pelo governo do estado.

O projeto Lixão Zero foi anunciado pela Secretaria Estadual do Ambiente no
ano passado e conta com o apoio do governo federal, por meio do Ministério
da Saúde. (Fonte: Thaís Leitão/ Agência Brasil)

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