Um novo dispositivo apresentado nesta quinta-feira (14) por cientistas pode um dia se tornar uma máquina para salvar o planeta do aquecimento global: ele tira o dióxido de carbono (CO2) do ar e o transforma em compostos de carbono que podem ser vendidos como matéria-prima à indústria.
Os pesquisadores holandeses autores da invenção, porém, afirmam que ainda não é possível aplicá-la em grande escala.
O que os cientistas fizeram foi criar uma estrutura que ajuda o CO2 do ar a se transformar em uma substância chamada oxalato de lítio. O mecanismo usa um composto do tipo que os cientistas chamam de catalisador, que serve para estimular e acelerar reações químicas.
Conseguir que uma placa feita de um material complexo à base de cobre fizesse isso não foi fácil. Estruturas com cobre expostas ao ar geralmente reagem com o oxigênio (O2), não com o gás carbônico (CO2).
Isso ocorre porque o oxigênio tem muito mais facilidade para participar de reações químicas. Ele é mais instável, se agrupa facilmente com outras moléculas. A estrutura criada pelos holandeses, entretanto, quebra a expectativa e reage com o CO2.
Mistério - Nem os cientistas entenderam direito como conseguiram a façanha. "Por que isso aconteceu, nós não entendemos", disse à Folha Elisabeth Bouwman, da Universidade Leiden, na Holanda, que publicou, com sua equipe, a descoberta na revista "Science".
Eles são especialistas em estruturas sintéticas úteis como catalisadoras em reações com carbono.
Eles ficaram especialmente animados por três motivos. Um deles é que a substância final em que o CO2 se transforma, o oxalato de lítio, é bastante estável. Isso significa que o carbono está bastante preso dentro dela - não vai voltar para a atmosfera tão cedo.
O segundo é que o oxalato de lítio pode servir como insumo na fabricação de produtos de limpeza doméstica ou de substâncias úteis para uso em componentes de refrigeradores.
O último é que o catalisador que criaram é "reciclável". Ou seja, ele pode ser utilizado de novo após oxalato de lítio ser removido dele. Isso torna o mecanismo mais viável.
Começo - O processo, porém, ainda está longe de sair dos laboratórios e ganhar escala. Dificilmente se tornaria viável rápido o suficiente para conter o aquecimento global nas próximas décadas. Segundo Bouwman, seu estudo "é só o começo".
Ainda assim, é um grande passo. Todos os mecanismos propostos até hoje para tirar CO2 da atmosfera e transformá-lo em outra substância gastavam uma quantidade proibitiva de energia. O mecanismo holandês, entretanto, é mais simples e, assim, tem um consumo elétrico pequeno.
Algumas substâncias usadas no processo, porém, ainda encareceriam um ganho em escala. Uma delas é o lítio. Por isso, diz Bouwman, o próximo passo é fazer pequenas modificações nas estruturas usadas.
O trabalho vai adiante em um constante processo de tentativa e erro. "Fazemos as modificações e observamos o que acontece: se o complexo fica mais reativo, se a reação vai mais rápido." (Fonte: Folha Online)
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Brasil vai sediar conferência ambiental 20 anos depois da Eco-92
O Brasil vai sediar em 2012 a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, já batizada de Rio+20, em referência a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, cidade que deve receber novamente o evento.
A conferência foi aprovada em dezembro pela Assembléia Geral das Nações Unidas. O encontro havia sido proposto em 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é avaliar e renovar os compromissos com o desenvolvimento sustentável assumidos pelos líderes mundiais na Eco-92. A Rio+20 tembém discutirá a contribuição da economia verde para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza.
Outra tema na pauta da conferência será o debate sobre a estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável. O modelo de consenso, que só permite decisões com a aprovação de todos os países, foi colocado em xeque na 15ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, que terminou sem acordo por divergências entre os países ricos e em desenvolvimento sobre as ações necessárias para enfrentar o aquecimento global.
(Fonte: Agência Brasil)
A conferência foi aprovada em dezembro pela Assembléia Geral das Nações Unidas. O encontro havia sido proposto em 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é avaliar e renovar os compromissos com o desenvolvimento sustentável assumidos pelos líderes mundiais na Eco-92. A Rio+20 tembém discutirá a contribuição da economia verde para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza.
Outra tema na pauta da conferência será o debate sobre a estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável. O modelo de consenso, que só permite decisões com a aprovação de todos os países, foi colocado em xeque na 15ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, que terminou sem acordo por divergências entre os países ricos e em desenvolvimento sobre as ações necessárias para enfrentar o aquecimento global.
(Fonte: Agência Brasil)
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Fundo Amazônia Aprova Primeiros Projetos
Fundo Amazônia aprova primeiros projetos que serão financiados
Três projetos que envolvem monitoramento e cadastramento ambiental rural,
recuperação de áreas degradadas e pagamento por serviços ambientais, de
instituições do Pará, Amazonas e Mato Grosso, são os primeiros a receber
recursos do Fundo Amazônia.
Um dos projetos é uma proposta coordenada pela ONG Imazon, em associação com
outras ONGs, que receberá R$ 12 milhões para realização de ações em diversos
municípios do Pará. O projeto, chamado Municípios Verdes, promoverá o
monitoramento, o cadastramento ambiental rural das propriedades, a adequação
ambiental das atividades rurais e madeireira, entre outras ações.
Outro projeto é coordenado pela ONG The Nature Conservancy (TNC) e receberá R$
16 milhões. Em parceira com outras instituições ambientais, serão desenvolvidas
ações como recuperação de áreas degradadas, zoneamento ecológico-econômico,
entre outras atividades que promovam as práticas ambientais em municípios de
Mato Grosso, inclusive os situados no Arco do Desmatamento.
O terceiro projeto será coordenado pela Fundação Amazonas Sustentável, do
governo do Estado do Amazonas, e receberá R$ 20 milhões. O recurso recebido
será revertido em pagamento por serviços ambientais às comunidades
extrativistas, seringueiros e quilombolas para a recomposição de áreas
ambientais degradadas, melhoria das reservas extrativistas, dentre outras
atividades que promovam a conservação ambiental.
O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) e conta com R$ 150 milhões em carteira para mais projetos que
serão aprovados em janeiro e fevereiro de 2010, do total de 1 bilhão de dólares
que serão aportados até 2015 pela Noruega. O Comitê Orientador do fundo está
localizado em Belém (PA), e reúne representantes dos governos estaduais da
Amazônia Legal, do governo federal e de organizações da sociedade civil. O
fundo terá um estande para divulgação das suas ações na Conferência Mundial
sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que começa no próximo dia 7 em Copenhague.
Projetos apoiáveis - Ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento
e de promoção da conservação e do uso sustentável no Bioma Amazônico.
Os projetos passíveis de apoio devem contribuir direta ou indiretamente para a
redução do desmatamento na Amazônia. Até 20% dos recursos do Fundo poderão ser
utilizados no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do
desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais. As
ações do Fundo Amazônia devem observar as diretrizes do Plano Amazônia
Sustentável - PAS e do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal - PPCDAM.
Mais informações em: www.fundoamazonia.gov.br
Três projetos que envolvem monitoramento e cadastramento ambiental rural,
recuperação de áreas degradadas e pagamento por serviços ambientais, de
instituições do Pará, Amazonas e Mato Grosso, são os primeiros a receber
recursos do Fundo Amazônia.
Um dos projetos é uma proposta coordenada pela ONG Imazon, em associação com
outras ONGs, que receberá R$ 12 milhões para realização de ações em diversos
municípios do Pará. O projeto, chamado Municípios Verdes, promoverá o
monitoramento, o cadastramento ambiental rural das propriedades, a adequação
ambiental das atividades rurais e madeireira, entre outras ações.
Outro projeto é coordenado pela ONG The Nature Conservancy (TNC) e receberá R$
16 milhões. Em parceira com outras instituições ambientais, serão desenvolvidas
ações como recuperação de áreas degradadas, zoneamento ecológico-econômico,
entre outras atividades que promovam as práticas ambientais em municípios de
Mato Grosso, inclusive os situados no Arco do Desmatamento.
O terceiro projeto será coordenado pela Fundação Amazonas Sustentável, do
governo do Estado do Amazonas, e receberá R$ 20 milhões. O recurso recebido
será revertido em pagamento por serviços ambientais às comunidades
extrativistas, seringueiros e quilombolas para a recomposição de áreas
ambientais degradadas, melhoria das reservas extrativistas, dentre outras
atividades que promovam a conservação ambiental.
O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) e conta com R$ 150 milhões em carteira para mais projetos que
serão aprovados em janeiro e fevereiro de 2010, do total de 1 bilhão de dólares
que serão aportados até 2015 pela Noruega. O Comitê Orientador do fundo está
localizado em Belém (PA), e reúne representantes dos governos estaduais da
Amazônia Legal, do governo federal e de organizações da sociedade civil. O
fundo terá um estande para divulgação das suas ações na Conferência Mundial
sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que começa no próximo dia 7 em Copenhague.
Projetos apoiáveis - Ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento
e de promoção da conservação e do uso sustentável no Bioma Amazônico.
Os projetos passíveis de apoio devem contribuir direta ou indiretamente para a
redução do desmatamento na Amazônia. Até 20% dos recursos do Fundo poderão ser
utilizados no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do
desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais. As
ações do Fundo Amazônia devem observar as diretrizes do Plano Amazônia
Sustentável - PAS e do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal - PPCDAM.
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