segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Petrobras escolhe uma mulher para presidente da empresa petrolífera

A atual diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, deve assumir a presidência da empresa em substituição a José Sergio Gabrielli. Oficialmente, o nome de Graça Foster deve ser indicado no próximo dia 9.

A informação foi confirmada na segunda-feira, por meio de nota oficial, divulgada pela assessoria da petrolífera.

De acordo com o comunicado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras, deve encaminhar no dia 9 de fevereiro, em reunião, a indicação da atual diretora de Gás e Energia para o comando da empresa.

Apoio de Dilma- Graça Foster conta com a confiança e o apoio da presidente Dilma Rousseff. No final do ano passado, ela foi uma das poucas integrantes da comitiva presidencial que participaram de reuniões políticas e econômicas de Dilma em Bruxelas, na Bélgica

UE aprova embargo contra petróleo do Irã; aumenta tensão sobre Ormuz

BRUXELAS - Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira sanções ao banco Tejarat, o terceiro maior do Irã, aumentando a restrição de acesso do país ao sistema financeiro mundial. Mais cedo, a União Europeia aprovou um embargo total às importações de petróleo iraniano, aumentando ainda mais a tensão sobre um possível fechamento do Estreito de Ormuz.
O banco Tejarat e seu afiliado Trade Capital Bank entraram na lista de sanções americanas por prestar serviços a outras entidades já bloqueadas pelo governo de Barack Obama.
Mais cedo, um comunicado assinado pela secretária de Estado Hillary Clinton e pelo secretário do Tesouro Timothy Geithner, elogiou as sanções anunciadas nesta segunda-feira pela União Europeia.
“Usada em combinação com várias outras sanções ao Irã que continuarão a ser implementadas pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional, essa nova pressão vai aguçar a escolha dos líderes iranianos e aumentar o custo de sua provocação a obrigações básicas internacionais”, afirmou o documento.
UE anuncia sanções contra importação de petróleo do Irã
Diante da imposição da União Europeia (UE) de um embargo total contra as importações de petróleo de Teerã, o deputado iraniano Heshmatollah Falahapisheh respondeu à medida, de acordo com a agência de notícias semioficial Mehr, dizendo que seu país tem o direito de fechar o Estreito de Ormuz como retaliação.
Com a nova imposição, o bloqueio de Ormuz se tornou uma possibilidade ainda maior, teria dito o parlamentar. A reação não é uma novidade. Há tempos, o Irã vem afirmando que irá fechar o estreito se as sanções ocidentais prejudicarem sua venda de petróleo.
Nesta segunda-feira, diplomatas da UE concordaram em impor um embargo total às importações de petróleo do Irã. A medida deve entrar em vigor pleno no próximo dia 1º de julho. O objetivo é pressionar ainda mais o governo de Teerã a voltar para mesa de negociações e discutir seu programa nuclear.
Por enquanto, os membros do bloco europeu estão proibidos de assinar novos acordos com Teerã, e aqueles que já tem parcerias com o Irã - como é o caso de Espanha, Itália e Grécia - têm até julho para cumprir os contratos pendentes.
- Queremos convencer o Irã a sentar à mesa de negociações de onde a deixamos no ano passado, em Istambul - disse Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, classificou as sanções europeias ao petróleo iraniano como “guerra psicológica” e afirmou que as medidas não impedirão o país de obter seus direitos, em referência ao seu programa nuclear.
Alguns países do bloco apresentavam restrições à medida, enquanto Alemanha, França e Reino Unido reclamavam por ações mais duras contra Teerã. Em entrevista ao “El País”, o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, disse que seu país “vai se sacrificar em nome da segurança da zona”. O Irã é responsável por 20% do fornecimento de petróleo da Espanha. O país vende 6% do seu petróleo para a UE, que deve substituir as importações iranianas por outros países do Golfo, como a Arábia Saudita.
O acordo foi o passo final antes da reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE que formalizará a aprovação ao embargo. Os 27 chanceleres do bloco se reunirão em Bruxelas ainda nesta segunda-feira. Além do embargo contra o petróleo, os europeus devem adotar novas sanções contra Teerã. A expectativa é que a UE bloqueie parcialmente as operações com o banco central iraniano, deixando de lado apenas as negociações alheias ao setor energético. Mais de 500 pessoas físicas e jurídicas iranianas sofrem hoje com o embargo da UE.
Em comunicado, a Rússia expressou “alarde e arrependimento” sobre a nova sanção europeia contra Teerã. França, Reino Unido e Alemanha, entretanto, garantiram que vão continuar a favor de medidas duras até que o Irã decida voltar a discutir seu programa nuclear. Os três países pediram que os iranianos se atenham a suas obrigações internacionais.

Fonte : globo.com

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Após naufrágio, Itália teme desastre ecológico por vazamento de óleo

Ministro italiano revela que teme que o combustível possa se dispersar no mar, contaminando a costa, prejudicando a fauna marinha e a alimentação dos pássaros

O ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, está receoso quanto à possibilidade de um desastre ecológico devido ao naufrágio do navio Costa Concordia, perto da Ilha de Giglio, na Toscana. O temor se baseia na possibilidade de vazar óleo combustível dos reservatórios da embarcação, considerando os abalos ocorridos no casco do navio.

“Esse tem sido o nosso pesadelo”, disse o ministro. "O navio está com os tanques cheios de combustível. É um combustível denso e pesado, que pode se sedimentar no fundo e isso seria um desastre."

Segundo o ministro, o combustível pode se dispersar-se no mar, contaminando a costa, prejudicando a fauna marinha e a alimentação dos pássaros. "Estamos preparados para intervir em caso de vazamento para o mar", disse Clini, lembrando que o casco do navio sofreu danos graves.

Porém, o ministro ressaltou que “a prioridade é salvar os eventuais sobreviventes e começar a esvaziar [neste momento] os tanques é perigoso". Clini destacou ainda que já existem regras estabelecidas sobre a passagem de grandes embarcações pela costa italiana. Para ele, não é necessário aumentar o rigor.

"A medida de prevenção será provavelmente associar a gestão dessas rotas às boas práticas. A ideia é unir os objetivos de proteção do ambiente já previstas", disse o ministro. O navio Costa Concordia naufragou na última sexta-feira (13). Havia 4,5 mil pessoas a bordo, das quais 53 eram brasileiras. Todos os brasileiros sobreviveram. Pelo menos seis pessoas morreram.





Agência Brasil

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Emissões de CO2 podem retardar início de Era Glacial, diz estudo

Grupos que se opõem à limitação das emissões de gases do efeito estufa já citam a publicação como uma razão para apoiar a manutenção das emissões humanas de CO2



As emissões de dióxido de carbono (CO2) causadas pela ação do homem terão o efeito de retardar o início da próxima Era Glacial, segundo afirma um novo estudo.

A última Era Glacial terminou há 11.500 anos, e os cientistas vêm há tempos discutindo quando a próxima começaria.

Os pesquisadores usaram dados da órbita da Terra e outros itens para encontrar o período interglacial mais parecido com o atual.

Em um artigo publicado na revista Nature Geoscience, eles afirmam que a próxima Era Glacial poderia começar em 1.500 anos, mas que isso não acontecerá por causa do alto nível de emissões.

“Nos atuais níveis de CO2, mesmo se as emissões parassem agora teríamos provavelmente uma longa duração interglacial determinada por quaisquer processos de longo prazo que poderiam começar para reduzir o CO2 atmosférico”, afirma o coordenador da pesquisa, Luke Skinner, da Universidade de Cambridge.

Segundo eles, a transição para a última Era Glacial foi sinalizada por um período quando o esfriamento e o aquecimento se revezaram entre os hemisférios norte e sul, provocados por interrupções na circulação global de correntes oceânicas.

Grupos que se opõem à limitação das emissões de gases do efeito estufa já citam o estudo como uma razão para apoiar a manutenção das emissões humanas de CO2.

O grupo britânico Global Warming Policy Foundation, por exemplo, cita um ensaio de 1999 dos astrônomos Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe, que argumentavam: “A volta das condições da Era Glacial deixariam grandes frações das maiores áreas produtoras de alimentos do mundo inoperantes, e levaria inevitavelmente à extinção da maioria da população humana presente”.

“Precisamos buscar um efeito estufa sustentado para manter o presente clima mundial vantajoso. Isso implica a habilidade de injetar efetivamente gases do efeito estufa na atmosfera, o oposto do que os ambientalistas estão erroneamente defendendo”, dizem.

Luke Skinner e sua equipe já antecipavam esse tipo de reação. “É uma discussão filosófica interessante. Poderíamos estar melhor em um mundo mais quente do que em uma glaciação? Provavelmente sim”, observa.

“Mas estaríamos perdendo o ponto central da discussão, porque a direção em que estamos indo não é manter nosso clima quente atual, mas um aquecimento ainda maior, e adicionar CO2 a um clima quente é muito diferente de adicionar a um clima frio”, diz.

“O ritmo de mudança com o CO2 é basicamente sem precedentes, e há enormes consequências se não pudemos lidar com isso”, afirma Skinner.




Fonte:
Agência Brasil