Por Marcelo Szpilman
A notícia abaixo, divulgada ontem no Globo Online, soma-se a tantas outras que vem comovendo as pessoas e promovendo calorosos debates em torno dessa questão.
Baleia encalha na praia de Geribá, em Búzios
RIO (25/10/10) - Uma baleia jubarte, com cerca de 15 metros e 30 toneladas, está encalhada desde o início da tarde na Praia de Geribá, em Búzios, a cerca de dez metros da areia.
Segundo o fotógrafo Sérgio Quissak, que está no local, a baleia está muito agitada. Duas traineiras de grande porte estão tentando puxar a baleia para alto mar, mas ainda não tiveram sucesso. Cerca de 300 pessoas acompanham o resgate da jubarte.
- No Brasil não temos equipamento adequado para puxar uma baleia deste porte. Além disso, ao que tudo indica, ela já chegou debilitada na praia. Está se fazendo o possível para salvar a baleia, mas é uma operação muito difícil - disse o prefeito Mirinho Braga, que comanda a equipe da prefeitura que tenta salvar a baleia.
A visão do triste espetáculo da baleia encalhada costuma provocar em nós a ânsia de ajudá-la e, quem sabe, até salvá-la da morte. E não é difícil explicar as correntes humanas que se formam para ajudar esses cetáceos ou as aglomerações comovidas pela impotência diante do sofrimento do animal. Mas, diferente do que gostaríamos, esse é um evento da natureza sobre o qual o homem pouco pode interceder.
Em esporádicos casos de encalhes de grandes cetáceos vivos acontecidos nos últimos 20 anos, muito poucos resultaram em desencalhe. Ainda assim, grande parte do êxito nesses poucos casos de sucesso deve-se quase que exclusivamente às condições da maré e da praia em que o animal encalhou. Ou seja, a interferência do homem não faz parte dos fatores que ditam a sorte da baleia encalhada.
Pode-se empurrar ou puxar uma baleia encalhada?
Como ainda não existem equipamentos adequados, as bem intencionadas manobras para empurrar ou puxar o animal resultarão em inócuas tentativas improvisadas de resgate, estresse ou mesmo danos à sua estrutura corporal. Quem frequenta a praia sabe que um homem adulto de 80 kg sentado na areia na beira da água cria um buraco e afunda na medida em que as ondas batem. Nessas circunstâncias, empurrar ou puxar, na tentativa de "desencalhar" essa pessoa, não são as melhoras medidas, mas sim levantá-la. Com uma baleia pesando dezenas de toneladas e sem nenhuma intenção de ajudar, é impossível arrastar ou levantar.
O que podemos fazer?
A melhor ajuda que podemos dar a uma baleia encalhada é isolar a área para que os curiosos e bem intencionados não atrapalhem ou machuquem o animal. Com raras exceções, somente a sorte e a própria natureza podem interceder a favor da baleia nesse momento. Somente ela poderá tentar desencalhar-se sozinha. Se não conseguir desencalhar-se em até 24 horas, o enorme estresse e os danos provocados em sua estrutura física e em sua fisiologia, que não foram projetados para suportar tamanho peso e compressão fora d’água, passam a determinar seu fim. Quando o animal encalha na maré alta, seu desencalhe é praticamente impossível __ caso da baleia que encalhou ontem em Geribá.
Porque as baleias encalham?
As causas naturais do encalhe de baleias podem ser as mais variadas, indo de doenças que provocam problemas no senso espacial a equívocos ou inexperiência no cerco de um cardume de sardinhas. Contudo, não podemos nos esquecer que o encalhe de baleias sempre foi e sempre será um evento incomum da natureza do qual os homens não participam.
Porque houve aumento de encalhe de baleias?
O aumento do número de baleias encalhadas, curiosamente, tem a ver com o aumento das populações de baleias no litoral brasileiro. Graças à proibição da pesca da baleia e ao excelente trabalho de proteção e preservação que vem sendo realizado há mais de 18 anos pelo Projeto Baleia Jubarte e pelo Projeto Baleia Franca, a quantidade de baleias que hoje nadam ao longo do nosso litoral em suas rotas migratórias aumentou bastante, o que também aumentam as chances de um encalhe.
Instituto Ecológico Aqualung
Rua do Russel, 300 / 401, Glória, Rio de Janeiro, RJ. 22210-010
Tels: (21) 2558-3428 ou 2558-3429 ou 2556-5030
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E-mail: instaqua@uol.com.br
Site: http://www.institutoaqualung.com.br
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Cientistas criam ação para salvar orquídeas da extinção
As orquídeas que repovoarão as florestas do futuro dormem nos tubos de vidro de câmaras climatizadas a -20°C e mantidas por uma peculiar sociedade de cientistas do mundo todo. O projeto "Armazenamento de Sementes de Orquídeas para Uso Sustentável" (OSSSU, na sigla em inglês) é mantido por cientistas de 23 países da América, Ásia e Europa, que estão reunidos até sexta-feira (17) na Costa Rica.
Sua missão é garantir que, apesar da exploração comercial abusiva e dos embates em torno do aquecimento global, a humanidade continue convivendo com estas maravilhosas flores daqui a 100 ou 200 anos. O pesquisador Hugh Pritchard, um dos pais da ideia e cientista do Millenium Seed Bank Project do Reino Unido, explicou à AFP que o objetivo da iniciativa é construir uma rede de bancos de sementes ao redor do globo, para garantir a preservação - numa primeira etapa - de 250 espécies de orquídeas.
Embora existam no mundo aproximadamente 35.000 espécies de orquídeas, um grupo de 250 foi identificado como de alto risco de extinção, por diferentes fatores, segundo o especialista. "Um destes fatores é a extração em excesso de espécies das florestas para fins comerciais; outro são as mudanças climáticas, que devem acelerar o desaparecimento de muitas espécies nos próximos 40 anos", indicou Pritchard.
Fundamentalmente, o OSSSU prevê que os representantes de cada país colete grandes quantidades de sementes de suas espécies nativas e as encaminhe para armazenamento, onde são mantidas a 20 graus abaixo de zero. "As sementes servirão no futuro para projetos de reintrodução de espécies, restauração de hábitats e outros usos sustentáveis", destacou Pritchard.
Uma vantagem das orquídeas é que suas sementes são bem pequenas, e por isso podem ser armazenadas aos milhões em uma pequena câmara de refrigeração.
O biólogo equatoriano Eduardo Sánchez explicou que a equipe de cada país está dando enfoques próprios ao projeto, de acordo com suas necessidades e as características de sua experiência. No Equador, por exemplo, a Universidade de Cuenca decidiu plantar 35.000 mudas das espécies mais valorizadas no comércio, das quais 10.000 serão vendidas a preços muito baixos com o objetivo de saturar o mercado. As outras 25.000 serão colocadas em árvores na beira de rios, em jardins botânicos e no próprio campus da universidade. A ideia é estimular o apreço pelas plantas e o apego à preservação, assim como favorecer o turismo.
Nas Filipinas, há espécies nativas que servem de base para a criação de híbridos, que são reproduzidos às dezenas de milhões com fins comerciais, fazendo com que algumas destas variedades nativas tenham chegado à beira da extinção total, alertou Lilian F. Pateña, professora da Universidade das Filipinas.
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Fonte: Equipe Click 21 com AFP
Sua missão é garantir que, apesar da exploração comercial abusiva e dos embates em torno do aquecimento global, a humanidade continue convivendo com estas maravilhosas flores daqui a 100 ou 200 anos. O pesquisador Hugh Pritchard, um dos pais da ideia e cientista do Millenium Seed Bank Project do Reino Unido, explicou à AFP que o objetivo da iniciativa é construir uma rede de bancos de sementes ao redor do globo, para garantir a preservação - numa primeira etapa - de 250 espécies de orquídeas.
Embora existam no mundo aproximadamente 35.000 espécies de orquídeas, um grupo de 250 foi identificado como de alto risco de extinção, por diferentes fatores, segundo o especialista. "Um destes fatores é a extração em excesso de espécies das florestas para fins comerciais; outro são as mudanças climáticas, que devem acelerar o desaparecimento de muitas espécies nos próximos 40 anos", indicou Pritchard.
Fundamentalmente, o OSSSU prevê que os representantes de cada país colete grandes quantidades de sementes de suas espécies nativas e as encaminhe para armazenamento, onde são mantidas a 20 graus abaixo de zero. "As sementes servirão no futuro para projetos de reintrodução de espécies, restauração de hábitats e outros usos sustentáveis", destacou Pritchard.
Uma vantagem das orquídeas é que suas sementes são bem pequenas, e por isso podem ser armazenadas aos milhões em uma pequena câmara de refrigeração.
O biólogo equatoriano Eduardo Sánchez explicou que a equipe de cada país está dando enfoques próprios ao projeto, de acordo com suas necessidades e as características de sua experiência. No Equador, por exemplo, a Universidade de Cuenca decidiu plantar 35.000 mudas das espécies mais valorizadas no comércio, das quais 10.000 serão vendidas a preços muito baixos com o objetivo de saturar o mercado. As outras 25.000 serão colocadas em árvores na beira de rios, em jardins botânicos e no próprio campus da universidade. A ideia é estimular o apreço pelas plantas e o apego à preservação, assim como favorecer o turismo.
Nas Filipinas, há espécies nativas que servem de base para a criação de híbridos, que são reproduzidos às dezenas de milhões com fins comerciais, fazendo com que algumas destas variedades nativas tenham chegado à beira da extinção total, alertou Lilian F. Pateña, professora da Universidade das Filipinas.
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Fonte: Equipe Click 21 com AFP
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Desmatamento na Amazônia cai 49% em onze meses
Em junho de 2010, a Amazônia perdeu 243,7 quilômetros quadrados (km²) de floresta, devastação 58% menor que a registrada no mesmo mês do ano passado. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (9), são do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Faltando um mês para fechar o calendário oficial do desmatamento (agosto de um ano a julho de outro), os números do Deter confirmam a tendência de queda que vem sem apontada pelo governo há alguns meses.
No acumulado de agosto de 2009 a junho de 2010, a área desmatada foi de 1.808 km². A soma é 49% menor que a registrada no período anterior (agosto de 2008 a junho de 2009), quando o Inpe verificou 3.536 km² a menos de floresta na região.
Os números do desmatamento mês a mês são calculados pelo sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para direcionar a fiscalização ambiental.
A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Apesar da metodologia diferente, a avaliação do Deter costuma antecipar os resultados do Prodes.
Os dados do Prodes só devem ser apresentados em novembro. Se a tendência de queda se confirmar, o governo pode chegar a um novo recorde de queda do desmatamento. Em 2009, a taxa anual de desmate calculada pelo Inpe foi de 7,4 mil km², a menor registrada em 20 anos de monitoramento.
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Fonte: Equipe Click 21 com Agência Brasil
Data: 09/08/10
Faltando um mês para fechar o calendário oficial do desmatamento (agosto de um ano a julho de outro), os números do Deter confirmam a tendência de queda que vem sem apontada pelo governo há alguns meses.
No acumulado de agosto de 2009 a junho de 2010, a área desmatada foi de 1.808 km². A soma é 49% menor que a registrada no período anterior (agosto de 2008 a junho de 2009), quando o Inpe verificou 3.536 km² a menos de floresta na região.
Os números do desmatamento mês a mês são calculados pelo sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para direcionar a fiscalização ambiental.
A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Apesar da metodologia diferente, a avaliação do Deter costuma antecipar os resultados do Prodes.
Os dados do Prodes só devem ser apresentados em novembro. Se a tendência de queda se confirmar, o governo pode chegar a um novo recorde de queda do desmatamento. Em 2009, a taxa anual de desmate calculada pelo Inpe foi de 7,4 mil km², a menor registrada em 20 anos de monitoramento.
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Fonte: Equipe Click 21 com Agência Brasil
Data: 09/08/10
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Tecnologias Permitem Reciclar Materiais Considerados Difíceis
A reciclagem de materiais como embalagens de salgadinhos, do tipo longa vida e de bandejas de isopor, antes considerada complicada, começa a ganhar um novo fôlego com novas tecnologias.
As embalagens feitas com película de polipropileno biorientado (Bopp), presentes em salgadinhos, biscoitos, café, sopas instantâneas, por exemplo, estão ganhando vida nova, graças à americana TerraCycle. Ao reciclar os produtos, a empresa diz criar mochilas, embalagens de cosméticos e até autopeças, como para-choques. Quem também tem se beneficiado com a iniciativa é a PepsiCo, fabricante dos salgadinhos Elma Chips, que colocou no mercado os primeiros displays feitos 100% com embalagens de salgadinhos recicladas.
Outro material considerado difícil sob o aspecto da reciclagem são as embalagens produzidas pela Tetra Pak, que são formadas por seis camadas, quatro de plástico, uma de papelão e outra de alumínio. Hoje, a empresa encontrou tecnologias para separar tais materiais e diz reciclar 25% daquilo que põe no mercado.
Fonte: Estadao.com.br
As embalagens feitas com película de polipropileno biorientado (Bopp), presentes em salgadinhos, biscoitos, café, sopas instantâneas, por exemplo, estão ganhando vida nova, graças à americana TerraCycle. Ao reciclar os produtos, a empresa diz criar mochilas, embalagens de cosméticos e até autopeças, como para-choques. Quem também tem se beneficiado com a iniciativa é a PepsiCo, fabricante dos salgadinhos Elma Chips, que colocou no mercado os primeiros displays feitos 100% com embalagens de salgadinhos recicladas.
Outro material considerado difícil sob o aspecto da reciclagem são as embalagens produzidas pela Tetra Pak, que são formadas por seis camadas, quatro de plástico, uma de papelão e outra de alumínio. Hoje, a empresa encontrou tecnologias para separar tais materiais e diz reciclar 25% daquilo que põe no mercado.
Fonte: Estadao.com.br
Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas Chega a Recife
Em 9 de junho, o Instituto Nacional do Plástico (INP) lançou em Recife (PE), o projeto-piloto do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas. Para um auditório de aproximadamente 60 pessoas, o superintendente do INP, Paulo Dacolina, apresentou as bases e objetivos do programa.
Na ocasião, estiveram presentes nomes como Élvio Polito, secretário adjunto do Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Luciano Siqueira, ex-vice-prefeito de Recife e atual vereador, Ricardo Essinge, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEP), Edvaldo Guilherme dos Santos, presidente da Associação Pernambucana de Supermercados (APES) e Fernando de Araujo Pinheiro, presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco (SIMPEPE).
O Projeto conta com a participação das redes de supermercados Pão de Açúcar, Arco-Íris, Sttyllo e Kennedy e com o apoio do SIMPEPE (Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco) e APES (Associação Pernambucana de Supermercados).
Na ocasião, estiveram presentes nomes como Élvio Polito, secretário adjunto do Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Luciano Siqueira, ex-vice-prefeito de Recife e atual vereador, Ricardo Essinge, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEP), Edvaldo Guilherme dos Santos, presidente da Associação Pernambucana de Supermercados (APES) e Fernando de Araujo Pinheiro, presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco (SIMPEPE).
O Projeto conta com a participação das redes de supermercados Pão de Açúcar, Arco-Íris, Sttyllo e Kennedy e com o apoio do SIMPEPE (Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco) e APES (Associação Pernambucana de Supermercados).
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Novo aterro sanitário do Rio, construído em cima de aquífero, preocupa ambientalista
Com o fechamento do aterro sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, todo o lixo gerado na região metropolitana do Rio será descarregado no bairro de Chaperó, no município de Seropédica. A área de 170 hectares, formada por campos e bosques, fica localizada em cima do Aquífero de Piranema e abrange vários cursos d´água.
A possibilidade de contaminação do aquífero tem preocupado a comunidade, que tem organizado protestos e abaixo-assinado contra a obra, e encontra firme oposição de especialistas em meio ambiente. A engenheira agrônoma Rosângela Straliotto, que faz parte do conselho ambiental da cidade de Seropédica, considera que a inauguração do aterro colocará em risco até mesmo o abastecimento de água do Rio de Janeiro, em situações de emergência.
“A minha posição é embasada nos relatórios da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) sobre os estudos dessa área, através do departamento de geologia. A área possui em seu subsolo o terceiro maior aquífero do Rio de Janeiro, de água límpida e potável. Somente na área do aterro têm dois rios e mais três nascentes. É uma região de baixada em que os rios descem da serra limpos, sem poluentes. A área é, tecnicamente, inviável para a colocação desse tipo de empreendimento”, frisou Rosângela.
Segundo a engenheira agrônoma, o local é sujeito a inundações em época de chuva, o que faz o lençol freático subir, fazendo as nascentes transbordarem, o que poderia provocar vazamento de lixo. Ela considera que as medidas de proteção para o futuro aterro não são garantia contra acidentes ambientais, pois o solo abaixo é arenoso e absorveria rapidamente a poluição.
“É simplesmente inaceitável que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tenha dado a licença de instalação para um empreendimento nessa área, numa época em que se discute toda a questão da água e a preservação do meio ambiente”, criticou Rosângela.
O presidente do Inea, Luiz Firmino, garante que as medidas de segurança são suficientes para se evitar contaminação da área. “Não há a menor perspectiva de isso acontecer. O centro de tratamento está contando com o que há de mais moderno, gerenciado pela iniciativa privada. Com as medidas de precaução e de engenharia que estão sendo colocadas, não há a menor chance de contaminação desse aquífero [Piranema]”, afirmou.
Segundo ele, futuramente no local poderá se implantada inclusive uma usina de incineração, com geração de energia. Firmino destacou que atualmente existem seis aterros sanitários funcionando corretamente no estado: “Você visita um aterro sanitário e parece que está em uma empresa de mineração, não vê uma mosca sequer.”
O centro de tratamento de resíduos será gerenciado pela empresa Saneamento e Energias Renováveis do Brasil (Serb), que resultou da fusão das empresas Haztec e Grupo Julio Simões. Segundo a assessoria da Serb, todos os cuidados para evitar a contaminação do meio ambiente serão tomados, como a utilização de tripla impermeabilização de base reforçada, utilizando dupla camada de manta, além de sensores eletrônicos, monitoramento dos corpos hídricos e do lençol freático. Segundo a empresa, na segunda etapa do empreendimento haverá uma estação para tratamento de chorume, uma estação de tratamento de biogás e uma usina de produção de energia.
O aterro sanitário de Chaperó receberá 9 mil toneladas de lixo por dia, com uma vida útil estimada em 18 anos. A primeira fase da obra está prevista para ser inaugurada até dezembro deste ano.
(Fonte: Agência Brasil)
A possibilidade de contaminação do aquífero tem preocupado a comunidade, que tem organizado protestos e abaixo-assinado contra a obra, e encontra firme oposição de especialistas em meio ambiente. A engenheira agrônoma Rosângela Straliotto, que faz parte do conselho ambiental da cidade de Seropédica, considera que a inauguração do aterro colocará em risco até mesmo o abastecimento de água do Rio de Janeiro, em situações de emergência.
“A minha posição é embasada nos relatórios da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) sobre os estudos dessa área, através do departamento de geologia. A área possui em seu subsolo o terceiro maior aquífero do Rio de Janeiro, de água límpida e potável. Somente na área do aterro têm dois rios e mais três nascentes. É uma região de baixada em que os rios descem da serra limpos, sem poluentes. A área é, tecnicamente, inviável para a colocação desse tipo de empreendimento”, frisou Rosângela.
Segundo a engenheira agrônoma, o local é sujeito a inundações em época de chuva, o que faz o lençol freático subir, fazendo as nascentes transbordarem, o que poderia provocar vazamento de lixo. Ela considera que as medidas de proteção para o futuro aterro não são garantia contra acidentes ambientais, pois o solo abaixo é arenoso e absorveria rapidamente a poluição.
“É simplesmente inaceitável que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tenha dado a licença de instalação para um empreendimento nessa área, numa época em que se discute toda a questão da água e a preservação do meio ambiente”, criticou Rosângela.
O presidente do Inea, Luiz Firmino, garante que as medidas de segurança são suficientes para se evitar contaminação da área. “Não há a menor perspectiva de isso acontecer. O centro de tratamento está contando com o que há de mais moderno, gerenciado pela iniciativa privada. Com as medidas de precaução e de engenharia que estão sendo colocadas, não há a menor chance de contaminação desse aquífero [Piranema]”, afirmou.
Segundo ele, futuramente no local poderá se implantada inclusive uma usina de incineração, com geração de energia. Firmino destacou que atualmente existem seis aterros sanitários funcionando corretamente no estado: “Você visita um aterro sanitário e parece que está em uma empresa de mineração, não vê uma mosca sequer.”
O centro de tratamento de resíduos será gerenciado pela empresa Saneamento e Energias Renováveis do Brasil (Serb), que resultou da fusão das empresas Haztec e Grupo Julio Simões. Segundo a assessoria da Serb, todos os cuidados para evitar a contaminação do meio ambiente serão tomados, como a utilização de tripla impermeabilização de base reforçada, utilizando dupla camada de manta, além de sensores eletrônicos, monitoramento dos corpos hídricos e do lençol freático. Segundo a empresa, na segunda etapa do empreendimento haverá uma estação para tratamento de chorume, uma estação de tratamento de biogás e uma usina de produção de energia.
O aterro sanitário de Chaperó receberá 9 mil toneladas de lixo por dia, com uma vida útil estimada em 18 anos. A primeira fase da obra está prevista para ser inaugurada até dezembro deste ano.
(Fonte: Agência Brasil)
terça-feira, 25 de maio de 2010
Acordo garante proteção ao meio ambiente na Serra da Mantiqueira
Um dos principais objetivos da ação do MPF é proteger a rica fauna e flora da região e evitar a degradação de área de preservação ambiental, que abrange os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente, terá de apresentar um plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) para implantar o Parque Nacional Altos da Mantiqueira (Parna) em área de 87 mil hectares de 16 municípios dos estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. A decisão faz parte do acordo firmado pela instituição com o Ministério Público Federal. O documento deve ser concluído em até dois anos. A falta desse planejamento tem sido um dos principais argumentos usados por prefeitos, produtores rurais e empresários da região contrários à criação do reserva florestal.
Segundo proposta do instituto, o objetivo do parque é proteger uma área de preservação permanente com grande variedade de fauna e flora, remanescentes de mata atlântica, e de nascentes dos principais rios do Sul de Minas e Vale do Paraíba. Atualmente, a APA da Serra da Mantiqueira é uma unidade de conservação federal. Criada em 3 de junho de 1985, abrange 25 municípios dos três estados e compreende regiões montanhosas, que abrigam nascentes de afluentes dos rios Grande e Paraíba do Sul, dois dos principais da Região Sudeste.
Segundo o procurador da República em Guaratinguetá, Adjame Alexandre Gonçalves Oliveira, autor da ação, os problemas com relação a danos ambientais ocorridos na região da APA da Mantiqueira foram os principais motivos que levaram o MPF a tomar a iniciativa. “A falta do plano causa a degradação ambiental e dificulta o uso da área de forma sustentável pelos proprietários de terras. Quando tivermos o diagnóstico ambiental, teremos informações das ocupações humanas e assim o ICMBio terá condições de determinar com clareza o que pode ou não ser feito na área. Todo processo terá participação da comunidade e, no fim, isso vai contribuir para esclarecer, informar as pessoas e trazer ferramentas que possam ser usadas na preservação do meio ambiente”, salientou.
De acordo com a decisão do Ministério Público Federal, o ICMBio terá prazo até o fim do ano para contratar técnicos encarregados da elaboração do plano de manejo da APA e apresentar o cronograma de execução do plano, que é o principal instrumento de planejamento e de gestão de uma unidade de conservação. Depois do cronograma, o ICMBio terá um ano e meio para apresentar o plano de manejo.
Manejo
A Procuradoria da República de Minas Gerais também é a favor da criação do plano de manejo. O procurador de Varginha, que cuida da área da APA no Sul de Minas, Marcelo José Ferreira, disse que há pelo menos 70 processos, reunidos nos últimos anos, de problemas que degradação do meio ambiente na área de proteção, sobretudo nos municípios de Aiuruoca, Bocaina de Minas e Baependi, no Sul de Minas. Na opinião dele, é importante cobrar uma ação mais enérgica de instituições, como o ICMBio, para melhor proteção da biodiversidade. “Na região, a atuação dos órgãos ambientais é precária. No caso de crimes ambientais, a instituição do governo deveria autuar, mas às vezes não faz isso e alega que não tem material e pessoal suficiente para atender a demanda”, disse.
Proprietários rurais que vivem na área do parque estão preocupados com desapropriação das terras, que em muitos casos são heranças de família, e com a possibilidade de não serem devidamente indenizados. Também empresas que atuam no plantio de eucalipto e pinos e temem perder os negócios. As prefeituras estão receosas com o impacto social que a mudança das famílias da zona rural para as cidades pode ocasionar. Cerca de 300 famílias vivem próximos à área proposta para o parque.
Se for criado, o parque vai abranger as extensões de florestas de seis cidades mineiras: Delfim Moreira, Marmelópolis, Virgínia, Passa Quatro, Itanhandu e Itamonte; os municípios paulistas de Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Cruzeiro, Guaratinguetá, Lavrinhas, Pindamonhangaba, Piquete, Queluz e Santo Antônio do Pinhal, além de Resende, no Rio de Janeiro.
Patrícia Rennó - Estado de Minas
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente, terá de apresentar um plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) para implantar o Parque Nacional Altos da Mantiqueira (Parna) em área de 87 mil hectares de 16 municípios dos estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. A decisão faz parte do acordo firmado pela instituição com o Ministério Público Federal. O documento deve ser concluído em até dois anos. A falta desse planejamento tem sido um dos principais argumentos usados por prefeitos, produtores rurais e empresários da região contrários à criação do reserva florestal.
Segundo proposta do instituto, o objetivo do parque é proteger uma área de preservação permanente com grande variedade de fauna e flora, remanescentes de mata atlântica, e de nascentes dos principais rios do Sul de Minas e Vale do Paraíba. Atualmente, a APA da Serra da Mantiqueira é uma unidade de conservação federal. Criada em 3 de junho de 1985, abrange 25 municípios dos três estados e compreende regiões montanhosas, que abrigam nascentes de afluentes dos rios Grande e Paraíba do Sul, dois dos principais da Região Sudeste.
Segundo o procurador da República em Guaratinguetá, Adjame Alexandre Gonçalves Oliveira, autor da ação, os problemas com relação a danos ambientais ocorridos na região da APA da Mantiqueira foram os principais motivos que levaram o MPF a tomar a iniciativa. “A falta do plano causa a degradação ambiental e dificulta o uso da área de forma sustentável pelos proprietários de terras. Quando tivermos o diagnóstico ambiental, teremos informações das ocupações humanas e assim o ICMBio terá condições de determinar com clareza o que pode ou não ser feito na área. Todo processo terá participação da comunidade e, no fim, isso vai contribuir para esclarecer, informar as pessoas e trazer ferramentas que possam ser usadas na preservação do meio ambiente”, salientou.
De acordo com a decisão do Ministério Público Federal, o ICMBio terá prazo até o fim do ano para contratar técnicos encarregados da elaboração do plano de manejo da APA e apresentar o cronograma de execução do plano, que é o principal instrumento de planejamento e de gestão de uma unidade de conservação. Depois do cronograma, o ICMBio terá um ano e meio para apresentar o plano de manejo.
Manejo
A Procuradoria da República de Minas Gerais também é a favor da criação do plano de manejo. O procurador de Varginha, que cuida da área da APA no Sul de Minas, Marcelo José Ferreira, disse que há pelo menos 70 processos, reunidos nos últimos anos, de problemas que degradação do meio ambiente na área de proteção, sobretudo nos municípios de Aiuruoca, Bocaina de Minas e Baependi, no Sul de Minas. Na opinião dele, é importante cobrar uma ação mais enérgica de instituições, como o ICMBio, para melhor proteção da biodiversidade. “Na região, a atuação dos órgãos ambientais é precária. No caso de crimes ambientais, a instituição do governo deveria autuar, mas às vezes não faz isso e alega que não tem material e pessoal suficiente para atender a demanda”, disse.
Proprietários rurais que vivem na área do parque estão preocupados com desapropriação das terras, que em muitos casos são heranças de família, e com a possibilidade de não serem devidamente indenizados. Também empresas que atuam no plantio de eucalipto e pinos e temem perder os negócios. As prefeituras estão receosas com o impacto social que a mudança das famílias da zona rural para as cidades pode ocasionar. Cerca de 300 famílias vivem próximos à área proposta para o parque.
Se for criado, o parque vai abranger as extensões de florestas de seis cidades mineiras: Delfim Moreira, Marmelópolis, Virgínia, Passa Quatro, Itanhandu e Itamonte; os municípios paulistas de Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Cruzeiro, Guaratinguetá, Lavrinhas, Pindamonhangaba, Piquete, Queluz e Santo Antônio do Pinhal, além de Resende, no Rio de Janeiro.
Patrícia Rennó - Estado de Minas
terça-feira, 18 de maio de 2010
CARIOCA VAI CONHECER MELHOR A QUALIDADE DO AR QUE RESPIRA
Com novidades, secretaria passa a monitorar parâmetros meteorológicos, gases poluentes, entre outros
Após uma interrupção de quatro anos, a Prefeitura do Rio retoma um dos seus programas ambientais mais importantes: o que permitirá ao carioca conhecer melhor a qualidade do ar que respira.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), em convênio com a Petrobras, lançou, dia 6 de maio, às 10h, na estação do metrô Cardeal Arcoverde, em Copacabana, o Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar da Cidade, o MonitorAr-Rio.
O lançamento, que contou com as presenças do Secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, do Subsecretário, Altamirando Moraes, e do representante da Petrobras, Ricardo Azevedo, terá ainda a apresentação de atividades de educação ambiental.
Além desta estação entrarão também em funcionamento, no mesmo dia, mais duas estações de monitoramento: no Largo da Carioca e no Campo de São Cristóvão. Uma quarta estação começará a funcionar ainda neste semestre, na Praça Sãens Peña, na Tijuca.
Outras regiões da cidade serão atendidas por uma unidade móvel, instalada em uma viatura, que começará a avaliar a qualidade do ar, a princípio, na Avenida Rio Branco, no Centro.
O resultado do monitoramento será conhecido pela população através de boletins diários - inclusive nos fins de semana -, que informarão a qualidade do ar e seus efeitos sobre a saúde da população. O primeiro boletim estará à disposição a partir das 17h de hoje, no site da Prefeitura: www.rio.rj.gov.br.
Após uma interrupção de quatro anos, a Prefeitura do Rio retoma um dos seus programas ambientais mais importantes: o que permitirá ao carioca conhecer melhor a qualidade do ar que respira.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), em convênio com a Petrobras, lançou, dia 6 de maio, às 10h, na estação do metrô Cardeal Arcoverde, em Copacabana, o Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar da Cidade, o MonitorAr-Rio.
O lançamento, que contou com as presenças do Secretário de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, do Subsecretário, Altamirando Moraes, e do representante da Petrobras, Ricardo Azevedo, terá ainda a apresentação de atividades de educação ambiental.
Além desta estação entrarão também em funcionamento, no mesmo dia, mais duas estações de monitoramento: no Largo da Carioca e no Campo de São Cristóvão. Uma quarta estação começará a funcionar ainda neste semestre, na Praça Sãens Peña, na Tijuca.
Outras regiões da cidade serão atendidas por uma unidade móvel, instalada em uma viatura, que começará a avaliar a qualidade do ar, a princípio, na Avenida Rio Branco, no Centro.
O resultado do monitoramento será conhecido pela população através de boletins diários - inclusive nos fins de semana -, que informarão a qualidade do ar e seus efeitos sobre a saúde da população. O primeiro boletim estará à disposição a partir das 17h de hoje, no site da Prefeitura: www.rio.rj.gov.br.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
DUELOS VERDES
O que é melhor para o planeta: beber vinho ou cerveja? Usar joias ou bijuterias? Ter filhos ou não? Aqui está um guia de sustentabilidade nos mínimos detalhes
É MELHOR TOMAR ÁGUA EM COPO DE PLÁSTICO OU ANDAR COM UMA CANECA?
COPO
• Para suprir sua mítica necessidade diária de 2 litros de água, uma pessoa precisaria consumir 16 copinhos de 125 mililitros por dia, quase 6 mil por ano. Ainda que fabricar os copos consuma 100 litros de água, eles servirão 730 litros – 732 em anos bissextos.
• Mas a fabricação das embalagens provoca a emissão de 4,6 quilos de CO2 e outros gases responsáveis pelo aquecimento global. Só nos EUA, a fabricação, o transporte e a reciclagem de embalagens produzem gases de efeito estufa equivalentes aos de uma frota de 1,3 milhão de carros durante um ano.
• Por fim, cada copinho demora pelo menos 100 anos para se decompor.
CANECA
• Lavar uma caneca de 200 mililitros por 5 segundos gasta 500 mililitros de água.
• Logo, se os tais 2 litros por dia forem bebidos nessa caneca, será necessário lavar o copo 8 vezes, gastando quase 4 litros diários de água.
• Ao longo de um ano, essa atividade terá consumido 1 460 litros de água – 1 464 em anos bissextos.
CONCLUSÃO
Beber água em um recipiente reaproveitável causa menos danos ao planeta.�
Fontes - Sabesp, Ciclo de Vida das Embalagens no Brasil, de Renata Valt (Thesaurus Editora), Beverage Marketing Corporation, Proconve.
PEÇO O SACO DE PAPEL OU LEVO MINHA ECOBAG?
ECOBAG
• As queridas dos naturebas duram 5 anos.
• Cada uma delas é capaz de eliminar até 1 000 sacolas descartáveis em sua vida útil.
• Levou-a para o supermercado 4 vezes? É o que basta para seu impacto ambiental se tornar menor que o das sacolas plásticas ou de papel em todos os indicadores.
SACO DE PAPEL
• Demora menos tempo para se decompor, mas nem por isso é menos poluente.
• Comparando com a ecobag, sua produção emite 80% mais gases de efeito estufa, gasta 3 vezes mais água e resulta em 2 vezes mais resíduos e 70% mais gases que provocam chuva ácida.
• Só nos EUA, 14 milhões de árvores são cortadas para produzir preciosas sacolas de papel.
• Esta vai doer: gasta-se 98% mais energia para reciclar sacolas de papel que as de plástico.
CONCLUSÃO
As ecobags são a alternativa mais ecologicamente correta: desde que você não acumule dezenas delas.
Fontes - Ecobilan – Évaluation des impacts environnementaux des sacs de caisse Carrefour; Institute for LifeCycle Environmental Assessment
O QUE AGRIDE MENOS O PLANETA, CERVEJA OU VINHO?
VINHO
• Um estudo da consultoria Water Footprint Network revelou que a produção de cada litro de vinho consome outros 960 litros de água, a maior parte deles gasta no cuidadoso cultivo das uvas.
• Em outras palavras, são necessários 120 litros de água para produzir cada taça de vinho. Vinhos ruins, inclusive.
• Os 22% de vinhos importados consumidos no Brasil representam muito mais emissões de CO2 com transporte do que o 1% de cerveja importada.
CERVEJA
• De acordo com um relatório apresentado na Semana Mundial da Água em agosto pela ong WWF e uma indústria cervejeira, a produção de cada litro de cerveja consome 155 litros de água – um banho no vinho.
Ou não, porque consome menos água… ah, você entendeu.
• Em lata, a cerveja é ainda mais vantajosa para o ambiente, já que o Brasil é recordista mundial de reciclagem de latas de alumínio, com um índice de 96,5%.
• A reciclagem do alumínio economiza energia elétrica: em 2007 permitiu poupar 2 300 GWh/ano, o suficiente para abastecer por um ano uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Goiânia.
CONCLUSÃO
No Brasil, o consumo de cerveja representa menos danos.
Fontes - Sindcerv, Ibravin, Abal, Water Footprint Network, WWF
É MELHOR MORAR EM APARTAMENTO OU CASA?
APARTAMENTO
• Na teoria, prédios concentrariam atividades em menos espaço, permitindo menos deslocamentos de carros.
• Serviços urbanos, como coleta de lixo, também se beneficiam do adensamento ao deslocarem-se menos para atender moradores.
• Outra vantagem da concentração populacional é que quem mora em apartamento não gasta água lavando seus carros na calçada nem molhando seus jardins.
CASA
• Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, a construção de casas promove a expansão descontrolada da mancha urbana, aumentando o percurso e o tempo de viagem entre trabalho e residência e, consequentemente, o volume de fumaça saindo do escapamento dos veículos.
CONCLUSÃO
Do ponto de vista da ocupação do solo e aproveitamento dos recursos, morar num prédio é mais sustentável. Sem carro, de preferência.
Fonte - Cetesb
DEVO COMPRAR JOIAS OU BIJUTERIAS?
JOIAS
• Fora abalar o sustento de quem compra, a obtenção de metais nobres, usados em joias, agride o planeta. Para cada tonelada de ouro, é preciso cavucar 300 mil toneladas de minério.
• Essa retirada de grandes volumes de terra e rocha pode alterar paisagens naturais e comprometer ecossistemas.
• Muitas minas utilizam o cianeto de sódio, uma substância tóxica, na separação do ouro. Assim como o mercúrio usado nos garimpos, ela pode causar acidentes ambientais.
BIJUTERIAS
• Para obter 1 tonelada de cobre, cuja liga metálica é usada em muitas bijuterias, removem-se 110 toneladas de minério – bem mais em conta.
• Após a etapa chamada de galvanoplastia – um banho metálico dado na peça -, são descartadas soluções contendo metais pesados e substâncias como ácido sulfúrico e ácido crômico. O tratamento inadequado desses resíduos pode contaminar a água usada no abastecimento e destruir ecossistemas.
�
CONCLUSÃO
A produção de joias tem maior impacto ambiental. E os riscos da fabricação de bijuterias podem ser reduzidos com procedimentos dentro das empresas.
Fontes - U.S. Geological Survey; Mining the Earth (Washington, DC: Worldwatch Institute)
É MAIS ECOLÓGICO USAR ROUPAS DE ALGODÃO OU DE LÃ?
LÃ
• São necessários 500 mil litros de água para produzir cada tonelada de lã.
Sim, essas ovelhas bebem.
• Além de insaciáveis, os animais de onde é extraída a lã emitem grandes quantidades de metano. Estamos falando de 20 a 30 litros diários de pum de ovelhas, bezerros e carneiros, gases que contribuem 21 vezes mais para o aquecimento global que o CO2.
ALGODÃO
• A exportação de algodão asiático para a Europa é responsável por 20% do ressecamento do mar de Aral, por causa da irrigação de lavouras em países como o Uzbequistão. Se Felipão e Rivaldo estiverem usando uniformes de algodão no FC Bunyodkor, eles também são parte do problema.
• Por trás da fabricação de uma única calça jeans estão 11 mil litros de água.
• O fertilizante utilizado nas lavouras é à base de nitrogênio. Quando aplicado inadequadamente, libera óxido nitroso, um gás muito tóxico.
Conclusão
É praticamente um empate. Como couro, pele e tecidos sintéticos são igualmente agressivos à Mãe Terra, o jeito é apelar para tecidos sintéticos e, claro, brechós – quer algo mais sustentável que reciclar roupa?
FONTES Water Footprint Network
ESCOVO OS DENTES NA PIA OU NO BANHO?
NA PIA
• Se uma pessoa escova os dentes na pia por 5 minutos com a torneira aberta, gasta 12 litros de água.
• No entanto, se ela molhar a escova e fechar a torneira enquanto escova os dentes e, depois, enxaguar a boca com a água de um copo, gastará menos que 1 litro de água na escovação.
NO BANHO
• Considerando que a escovação aconteça durante um banho de chuveiro, serão consumidos 15 litros de água.
• E há o gasto desnecessário de eletricidade. Nos horários de pico, a partir das 19h30, esse desperdício significa ativar usinas termelétricas, movidas a gás natural, carvão ou diesel, e que lançam dióxido de carbono na atmosfera.
Conclusão
Escovar os dentes na pia, desde que com a torneira fechada.
FONTES Cetesb, Sabesp
POSSO TER FILHOS?
NÃO TER FILHOS
• Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos do planeta dobrou. Esse aumento se deve, em boa parte, ao crescimento demográfico.
• Diante disso, há quem proponha cortar o mal pela raiz. O Movimento de Extinção Voluntária da Humanidade, por exemplo, prega que as pessoas deveriam parar de se reproduzir. Sem gente, o mundo seria um lugar muito melhor, diz o movimento, que no entanto ainda não deu início ao processo.
TER FILHOS
• Para muitos especialistas, não é o crescimento demográfico, mas o padrão de consumo que ameaça os recursos naturais. Os americanos, por exemplo, consomem 4 vezes e meia mais do que o considerado sustentável.
• No livro O Mundo sem Nós, Alan Weisman, da Universidade do Arizona, propõe que se adote a política do filho único. Desse modo, seria possível reduzir a população do mundo para 5 bilhões de pessoas até 2100.
Conclusão
Consumo não predatório é mais viável que propor a extinção da humanidade. Basta consumir menos que o planeta nos aguenta.
FONTE: World Wildlife Fund / Planeta Sustentável (http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/duelos-verdes-atitudes-realmente-sustentaveis-542533.shtml)
É MELHOR TOMAR ÁGUA EM COPO DE PLÁSTICO OU ANDAR COM UMA CANECA?
COPO
• Para suprir sua mítica necessidade diária de 2 litros de água, uma pessoa precisaria consumir 16 copinhos de 125 mililitros por dia, quase 6 mil por ano. Ainda que fabricar os copos consuma 100 litros de água, eles servirão 730 litros – 732 em anos bissextos.
• Mas a fabricação das embalagens provoca a emissão de 4,6 quilos de CO2 e outros gases responsáveis pelo aquecimento global. Só nos EUA, a fabricação, o transporte e a reciclagem de embalagens produzem gases de efeito estufa equivalentes aos de uma frota de 1,3 milhão de carros durante um ano.
• Por fim, cada copinho demora pelo menos 100 anos para se decompor.
CANECA
• Lavar uma caneca de 200 mililitros por 5 segundos gasta 500 mililitros de água.
• Logo, se os tais 2 litros por dia forem bebidos nessa caneca, será necessário lavar o copo 8 vezes, gastando quase 4 litros diários de água.
• Ao longo de um ano, essa atividade terá consumido 1 460 litros de água – 1 464 em anos bissextos.
CONCLUSÃO
Beber água em um recipiente reaproveitável causa menos danos ao planeta.�
Fontes - Sabesp, Ciclo de Vida das Embalagens no Brasil, de Renata Valt (Thesaurus Editora), Beverage Marketing Corporation, Proconve.
PEÇO O SACO DE PAPEL OU LEVO MINHA ECOBAG?
ECOBAG
• As queridas dos naturebas duram 5 anos.
• Cada uma delas é capaz de eliminar até 1 000 sacolas descartáveis em sua vida útil.
• Levou-a para o supermercado 4 vezes? É o que basta para seu impacto ambiental se tornar menor que o das sacolas plásticas ou de papel em todos os indicadores.
SACO DE PAPEL
• Demora menos tempo para se decompor, mas nem por isso é menos poluente.
• Comparando com a ecobag, sua produção emite 80% mais gases de efeito estufa, gasta 3 vezes mais água e resulta em 2 vezes mais resíduos e 70% mais gases que provocam chuva ácida.
• Só nos EUA, 14 milhões de árvores são cortadas para produzir preciosas sacolas de papel.
• Esta vai doer: gasta-se 98% mais energia para reciclar sacolas de papel que as de plástico.
CONCLUSÃO
As ecobags são a alternativa mais ecologicamente correta: desde que você não acumule dezenas delas.
Fontes - Ecobilan – Évaluation des impacts environnementaux des sacs de caisse Carrefour; Institute for LifeCycle Environmental Assessment
O QUE AGRIDE MENOS O PLANETA, CERVEJA OU VINHO?
VINHO
• Um estudo da consultoria Water Footprint Network revelou que a produção de cada litro de vinho consome outros 960 litros de água, a maior parte deles gasta no cuidadoso cultivo das uvas.
• Em outras palavras, são necessários 120 litros de água para produzir cada taça de vinho. Vinhos ruins, inclusive.
• Os 22% de vinhos importados consumidos no Brasil representam muito mais emissões de CO2 com transporte do que o 1% de cerveja importada.
CERVEJA
• De acordo com um relatório apresentado na Semana Mundial da Água em agosto pela ong WWF e uma indústria cervejeira, a produção de cada litro de cerveja consome 155 litros de água – um banho no vinho.
Ou não, porque consome menos água… ah, você entendeu.
• Em lata, a cerveja é ainda mais vantajosa para o ambiente, já que o Brasil é recordista mundial de reciclagem de latas de alumínio, com um índice de 96,5%.
• A reciclagem do alumínio economiza energia elétrica: em 2007 permitiu poupar 2 300 GWh/ano, o suficiente para abastecer por um ano uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Goiânia.
CONCLUSÃO
No Brasil, o consumo de cerveja representa menos danos.
Fontes - Sindcerv, Ibravin, Abal, Water Footprint Network, WWF
É MELHOR MORAR EM APARTAMENTO OU CASA?
APARTAMENTO
• Na teoria, prédios concentrariam atividades em menos espaço, permitindo menos deslocamentos de carros.
• Serviços urbanos, como coleta de lixo, também se beneficiam do adensamento ao deslocarem-se menos para atender moradores.
• Outra vantagem da concentração populacional é que quem mora em apartamento não gasta água lavando seus carros na calçada nem molhando seus jardins.
CASA
• Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, a construção de casas promove a expansão descontrolada da mancha urbana, aumentando o percurso e o tempo de viagem entre trabalho e residência e, consequentemente, o volume de fumaça saindo do escapamento dos veículos.
CONCLUSÃO
Do ponto de vista da ocupação do solo e aproveitamento dos recursos, morar num prédio é mais sustentável. Sem carro, de preferência.
Fonte - Cetesb
DEVO COMPRAR JOIAS OU BIJUTERIAS?
JOIAS
• Fora abalar o sustento de quem compra, a obtenção de metais nobres, usados em joias, agride o planeta. Para cada tonelada de ouro, é preciso cavucar 300 mil toneladas de minério.
• Essa retirada de grandes volumes de terra e rocha pode alterar paisagens naturais e comprometer ecossistemas.
• Muitas minas utilizam o cianeto de sódio, uma substância tóxica, na separação do ouro. Assim como o mercúrio usado nos garimpos, ela pode causar acidentes ambientais.
BIJUTERIAS
• Para obter 1 tonelada de cobre, cuja liga metálica é usada em muitas bijuterias, removem-se 110 toneladas de minério – bem mais em conta.
• Após a etapa chamada de galvanoplastia – um banho metálico dado na peça -, são descartadas soluções contendo metais pesados e substâncias como ácido sulfúrico e ácido crômico. O tratamento inadequado desses resíduos pode contaminar a água usada no abastecimento e destruir ecossistemas.
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CONCLUSÃO
A produção de joias tem maior impacto ambiental. E os riscos da fabricação de bijuterias podem ser reduzidos com procedimentos dentro das empresas.
Fontes - U.S. Geological Survey; Mining the Earth (Washington, DC: Worldwatch Institute)
É MAIS ECOLÓGICO USAR ROUPAS DE ALGODÃO OU DE LÃ?
LÃ
• São necessários 500 mil litros de água para produzir cada tonelada de lã.
Sim, essas ovelhas bebem.
• Além de insaciáveis, os animais de onde é extraída a lã emitem grandes quantidades de metano. Estamos falando de 20 a 30 litros diários de pum de ovelhas, bezerros e carneiros, gases que contribuem 21 vezes mais para o aquecimento global que o CO2.
ALGODÃO
• A exportação de algodão asiático para a Europa é responsável por 20% do ressecamento do mar de Aral, por causa da irrigação de lavouras em países como o Uzbequistão. Se Felipão e Rivaldo estiverem usando uniformes de algodão no FC Bunyodkor, eles também são parte do problema.
• Por trás da fabricação de uma única calça jeans estão 11 mil litros de água.
• O fertilizante utilizado nas lavouras é à base de nitrogênio. Quando aplicado inadequadamente, libera óxido nitroso, um gás muito tóxico.
Conclusão
É praticamente um empate. Como couro, pele e tecidos sintéticos são igualmente agressivos à Mãe Terra, o jeito é apelar para tecidos sintéticos e, claro, brechós – quer algo mais sustentável que reciclar roupa?
FONTES Water Footprint Network
ESCOVO OS DENTES NA PIA OU NO BANHO?
NA PIA
• Se uma pessoa escova os dentes na pia por 5 minutos com a torneira aberta, gasta 12 litros de água.
• No entanto, se ela molhar a escova e fechar a torneira enquanto escova os dentes e, depois, enxaguar a boca com a água de um copo, gastará menos que 1 litro de água na escovação.
NO BANHO
• Considerando que a escovação aconteça durante um banho de chuveiro, serão consumidos 15 litros de água.
• E há o gasto desnecessário de eletricidade. Nos horários de pico, a partir das 19h30, esse desperdício significa ativar usinas termelétricas, movidas a gás natural, carvão ou diesel, e que lançam dióxido de carbono na atmosfera.
Conclusão
Escovar os dentes na pia, desde que com a torneira fechada.
FONTES Cetesb, Sabesp
POSSO TER FILHOS?
NÃO TER FILHOS
• Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos do planeta dobrou. Esse aumento se deve, em boa parte, ao crescimento demográfico.
• Diante disso, há quem proponha cortar o mal pela raiz. O Movimento de Extinção Voluntária da Humanidade, por exemplo, prega que as pessoas deveriam parar de se reproduzir. Sem gente, o mundo seria um lugar muito melhor, diz o movimento, que no entanto ainda não deu início ao processo.
TER FILHOS
• Para muitos especialistas, não é o crescimento demográfico, mas o padrão de consumo que ameaça os recursos naturais. Os americanos, por exemplo, consomem 4 vezes e meia mais do que o considerado sustentável.
• No livro O Mundo sem Nós, Alan Weisman, da Universidade do Arizona, propõe que se adote a política do filho único. Desse modo, seria possível reduzir a população do mundo para 5 bilhões de pessoas até 2100.
Conclusão
Consumo não predatório é mais viável que propor a extinção da humanidade. Basta consumir menos que o planeta nos aguenta.
FONTE: World Wildlife Fund / Planeta Sustentável (http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/duelos-verdes-atitudes-realmente-sustentaveis-542533.shtml)
Brasil é o campeão do lixo eletrônico entre emergentes
Escrito por forumblog em maio 10, 2010
O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, que nesta segunda-feira, 22, lançou seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem nem estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a indústria.
Leia o relatório da ONU na íntegra
ONU pede medidas contra lixo eletrônico a países emergentes
Projeto de lei volta a prever coleta de lixo eletrônico
O Brasil é também o país emergente que mais toneladas de geladeiras abandona a cada ano por pessoa e um dos líderes em descartar celulares, TVs e impressoras.
O estudo foi realizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), diante da constatação de que o crescimento dos países emergentes de fato gerou maior consumo doméstico, com uma classe média cada vez mais forte e estabilidade econômica para garantir empréstimos para a compra de eletroeletrônicos. Mas, junto com isso, veio a geração sem precedente de lixo.
A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano. Grande parte certamente ocorre nos países ricos. Só a Europa seria responsável por um quarto desse lixo. Mas o que a ONU alerta agora é para a explosão do fenômeno nos emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material, muitas vezes perigoso. Para Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma, Brasil, México, Índia e China serão os países mais afetados pelo lixo, enfrentando “crescentes danos ambientais e problemas de saúde pública”.
Em meio a críticas ao Brasil, por não contar com dados sobre o assunto, a ONU optou por fazer sua própria estimativa. O resultado foi preocupante. Por ano, o Brasil abandona 96,8 mil toneladas métricas de PCs. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil toneladas. Mas, per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro descarta o equivalente a meio quilo desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilo, contra 0,1 quilo na Índia.
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo
Matéria retirada do site http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,brasil-e-o-campeao-do-lixo-eletronico-entre-emergentes,514495,0.htm
O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, que nesta segunda-feira, 22, lançou seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem nem estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a indústria.
Leia o relatório da ONU na íntegra
ONU pede medidas contra lixo eletrônico a países emergentes
Projeto de lei volta a prever coleta de lixo eletrônico
O Brasil é também o país emergente que mais toneladas de geladeiras abandona a cada ano por pessoa e um dos líderes em descartar celulares, TVs e impressoras.
O estudo foi realizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), diante da constatação de que o crescimento dos países emergentes de fato gerou maior consumo doméstico, com uma classe média cada vez mais forte e estabilidade econômica para garantir empréstimos para a compra de eletroeletrônicos. Mas, junto com isso, veio a geração sem precedente de lixo.
A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano. Grande parte certamente ocorre nos países ricos. Só a Europa seria responsável por um quarto desse lixo. Mas o que a ONU alerta agora é para a explosão do fenômeno nos emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material, muitas vezes perigoso. Para Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma, Brasil, México, Índia e China serão os países mais afetados pelo lixo, enfrentando “crescentes danos ambientais e problemas de saúde pública”.
Em meio a críticas ao Brasil, por não contar com dados sobre o assunto, a ONU optou por fazer sua própria estimativa. O resultado foi preocupante. Por ano, o Brasil abandona 96,8 mil toneladas métricas de PCs. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil toneladas. Mas, per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro descarta o equivalente a meio quilo desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilo, contra 0,1 quilo na Índia.
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo
Matéria retirada do site http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,brasil-e-o-campeao-do-lixo-eletronico-entre-emergentes,514495,0.htm
terça-feira, 4 de maio de 2010
'Dá licença, mermão!'
Hoje em dia falar mal do licenciamento ambiental é mais comum que enchente no Rio de Janeiro. Diz-se que é um entrave ao progresso, um ninho de ambientalistas radicais, trincheira dos "salvem-as-baleias", enfim: é o supra-sumo da burocracia brasileira. Eita cartório difícil esse do IBAMA!
No entanto, é preciso colocar alguns pingos nos is de "licenciamento". Para início de conversa, ao contrário de outros licenciamentos corriqueiros na nossa vida, o licenciamento ambiental não é um ato cartorial, de simples conferência de documentação. Na realidade, o licenciamento ambiental foi a forma encontrada no Brasil para implementar a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) quando esta se difundiu pelo mundo ao longo da década de 1970.
Hoje, a Avaliação de Impacto Ambiental é adotada formalmente em mais de uma centena de países, incluindo todas as economias desenvolvidas e a grande maioria dos países "em desenvolvimento". Muito além de uma burocracia, o papel da AIA é o de garantir a adequada consideração da variável ambiental nas propostas de desenvolvimento, evitando que decisões sejam tomadas sem o dimensionamento das suas consequências ambientais. O seu principal instrumento é o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que, muito mais do que uma exigência do órgão licenciador, deveria ser um instrumento de auxílio ao planejamento de projetos mais amigáveis ao meio ambiente, identificando e avaliando os impactos e riscos do empreendimento e propondo as medidas de gestão ambiental a serem adotadas para minimizar os prejuízos ambientais.
Acontece que, infelizmente, essa perspectiva cartorial - do "tirar a licença" - é a que predomina entre o empresariado nacional e obviamente encontra bastante eco na cobertura da imprensa sobre o licenciamento ambiental. Os estudos ambientais muitas vezes são colagens de outros anteriores, realizadas por uma consultora sem possibilidade alguma de interferência no projeto, a qual foi escolhida porque ofereceu ao contratante o menor preço...
Voltando aos pingos no "is", vamos pensar o que é um licenciamento ambiental "bom"? Em uma primeira tentativa de aproximação, alguém poderia dizer que é aquele onde a avaliação dos impactos e riscos ambientais de determinado empreendimento pôde ser realizada na profundidade adequada, permitindo a proposição de mecanismos adequados de mitigação, compensação e monitoramento, e utilizando para isso o menor tempo possível ao menor custo global possível. Colou? Muito bem, agora, como se operacionaliza isso?
Não parece muito difícil... E se colocássemos profissionais qualificados, em quantidade suficiente, para analisar esses estudos? Hummm... E se esses profissionais, além de bem formados, fossem capacitados para avaliar os impactos de diferentes empreendimentos? Além disso, e se esse pessoal fosse adquirindo cada vez mais experiência no licenciamento, ganhando confiança para propor soluções mais eficientes e eficazes?
Pois então. Parece simples, não? Mas esqueceram de um detalhe: para isso dar certo, esse pessoal precisa querer trabalhar com licenciamento! E esse pessoal só vai querer trabalhar com licenciamento na medida em que esse trabalho for valorizado de acordo com a importância e responsabilidade nele embutidas!
A vida como ela é: no concurso de 2002, o primeiro da história do IBAMA, entraram cerca de 60 analistas de nível superior para trabalhar na Diretoria de Licenciamento Ambiental, em Brasília. Em sua maioria, profissionais qualificados, muitos com mestrado ou doutorado, que vieram para a sede do IBAMA vindos de diversas partes do Brasil. Sabem quantos destes analistas trabalham hoje na DILIC? Apenas um. Definitivamente, analista experiente no licenciamento é espécie em extinção.
A razão da evasão? Óbvia. A clara incompatibilidade entre a responsabilidade envolvida no processo de licenciamento ambiental e a desvalorização do servidor público dedicado a essa função. Por desvalorização englobamos uma série de questões que passam pelas condições adequadas de trabalho (computadores, capacitação, espaço de trabalho, bancos de dados, suporte jurídico etc.) e chegam, inexoravelmente, à questão salarial.
O analista ambiental, não só do IBAMA, mas também do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente, hoje está submetido a uma proto-carreira na qual o patamar salarial do nível mais alto disponível (final de carreira) é inferior ao nível salarial de entrada da carreira de Especialista em Recursos Hídricos/Geoprocessamento da Agência Nacional de Águas, também vinculada ao MMA e com atribuições muito similares de regulação, controle, fiscalização e inspeção. E durma-se com um barulho desses...
Por conta dessa desvalorização, o trabalho no licenciamento ambiental no IBAMA tem se tornado um paradeiro temporário para o analista ambiental, mero compasso de espera enquanto se prepara para uma outra oportunidade que ofereça melhores condições de trabalho e de salário. Nesse cenário tenebroso, o tempo médio de permanência do profissional na Diretoria de Licenciamento Ambiental é de apenas 18 meses. Ora bolas! Como desenvolver excelência técnica, aprimorar e padronizar procedimentos, melhorar termos de referência com uma rotatividade dessas?
E é nesse contexto que chega o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), com diversos projetos de infraestrutura pelo Brasil adentro, demandando licenciamentos em prazos exíguos e jogando faísca nesse barril de pólvora que é o licenciamento ambiental federal. Não dá para dar certo. Qual a solução? Fortalecimento e valorização do licenciamento ambiental, para alcançar maior eficiência e eficácia no processo? Ilusão...
O que se viu nos últimos anos foi uma sucessão de "Destrava IBAMA", "Agiliza IBAMA", "Desocupa-a-moita IBAMA": pseudo-pacotes de medidas com finalidade puramente midiática e de nenhuma repercussão prática no dia a dia do licenciamento ambiental. Que, por sinal, continua sem implementar seu sistema informatizado de licenciamento - o SISLIC -, que já foi "lançado" oficialmente por uns 2 ou 3 presidentes do IBAMA e permanece empacado, sem uso.
São sintomas de que a própria política ambiental conduzida pelo governo encara o licenciamento numa perspectiva cartorial, de "carimbador-maluco". Aliás, instituiu-se no IBAMA o rodízio de diretores de Licenciamento: é um a cada hidrelétrica polêmica. Acabou seu turno, muito obrigado, próximo da fila!
Em síntese: quer licenciamento ambiental ágil e eficaz? Valorize o analista ambiental. Dê-lhe um salário compatível com o desafio de uma regulação de excelência. Forneça capacitação continuada e estimule o aprofundamento dos estudos em pós-graduação. Disponibilize modernos recursos de sistemas de informação para otimizar seu trabalho. Mantenha o profissional por um longo tempo na casa para que seu aprendizado seja incorporado pela instituição. Sem isso, dá licença, "mermão"!
Este artigo foi escrito por um leitor do Globo.
Cristiano Vilardo Nunes Guimarães é analista ambiental do Ibama
No entanto, é preciso colocar alguns pingos nos is de "licenciamento". Para início de conversa, ao contrário de outros licenciamentos corriqueiros na nossa vida, o licenciamento ambiental não é um ato cartorial, de simples conferência de documentação. Na realidade, o licenciamento ambiental foi a forma encontrada no Brasil para implementar a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) quando esta se difundiu pelo mundo ao longo da década de 1970.
Hoje, a Avaliação de Impacto Ambiental é adotada formalmente em mais de uma centena de países, incluindo todas as economias desenvolvidas e a grande maioria dos países "em desenvolvimento". Muito além de uma burocracia, o papel da AIA é o de garantir a adequada consideração da variável ambiental nas propostas de desenvolvimento, evitando que decisões sejam tomadas sem o dimensionamento das suas consequências ambientais. O seu principal instrumento é o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que, muito mais do que uma exigência do órgão licenciador, deveria ser um instrumento de auxílio ao planejamento de projetos mais amigáveis ao meio ambiente, identificando e avaliando os impactos e riscos do empreendimento e propondo as medidas de gestão ambiental a serem adotadas para minimizar os prejuízos ambientais.
Acontece que, infelizmente, essa perspectiva cartorial - do "tirar a licença" - é a que predomina entre o empresariado nacional e obviamente encontra bastante eco na cobertura da imprensa sobre o licenciamento ambiental. Os estudos ambientais muitas vezes são colagens de outros anteriores, realizadas por uma consultora sem possibilidade alguma de interferência no projeto, a qual foi escolhida porque ofereceu ao contratante o menor preço...
Voltando aos pingos no "is", vamos pensar o que é um licenciamento ambiental "bom"? Em uma primeira tentativa de aproximação, alguém poderia dizer que é aquele onde a avaliação dos impactos e riscos ambientais de determinado empreendimento pôde ser realizada na profundidade adequada, permitindo a proposição de mecanismos adequados de mitigação, compensação e monitoramento, e utilizando para isso o menor tempo possível ao menor custo global possível. Colou? Muito bem, agora, como se operacionaliza isso?
Não parece muito difícil... E se colocássemos profissionais qualificados, em quantidade suficiente, para analisar esses estudos? Hummm... E se esses profissionais, além de bem formados, fossem capacitados para avaliar os impactos de diferentes empreendimentos? Além disso, e se esse pessoal fosse adquirindo cada vez mais experiência no licenciamento, ganhando confiança para propor soluções mais eficientes e eficazes?
Pois então. Parece simples, não? Mas esqueceram de um detalhe: para isso dar certo, esse pessoal precisa querer trabalhar com licenciamento! E esse pessoal só vai querer trabalhar com licenciamento na medida em que esse trabalho for valorizado de acordo com a importância e responsabilidade nele embutidas!
A vida como ela é: no concurso de 2002, o primeiro da história do IBAMA, entraram cerca de 60 analistas de nível superior para trabalhar na Diretoria de Licenciamento Ambiental, em Brasília. Em sua maioria, profissionais qualificados, muitos com mestrado ou doutorado, que vieram para a sede do IBAMA vindos de diversas partes do Brasil. Sabem quantos destes analistas trabalham hoje na DILIC? Apenas um. Definitivamente, analista experiente no licenciamento é espécie em extinção.
A razão da evasão? Óbvia. A clara incompatibilidade entre a responsabilidade envolvida no processo de licenciamento ambiental e a desvalorização do servidor público dedicado a essa função. Por desvalorização englobamos uma série de questões que passam pelas condições adequadas de trabalho (computadores, capacitação, espaço de trabalho, bancos de dados, suporte jurídico etc.) e chegam, inexoravelmente, à questão salarial.
O analista ambiental, não só do IBAMA, mas também do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente, hoje está submetido a uma proto-carreira na qual o patamar salarial do nível mais alto disponível (final de carreira) é inferior ao nível salarial de entrada da carreira de Especialista em Recursos Hídricos/Geoprocessamento da Agência Nacional de Águas, também vinculada ao MMA e com atribuições muito similares de regulação, controle, fiscalização e inspeção. E durma-se com um barulho desses...
Por conta dessa desvalorização, o trabalho no licenciamento ambiental no IBAMA tem se tornado um paradeiro temporário para o analista ambiental, mero compasso de espera enquanto se prepara para uma outra oportunidade que ofereça melhores condições de trabalho e de salário. Nesse cenário tenebroso, o tempo médio de permanência do profissional na Diretoria de Licenciamento Ambiental é de apenas 18 meses. Ora bolas! Como desenvolver excelência técnica, aprimorar e padronizar procedimentos, melhorar termos de referência com uma rotatividade dessas?
E é nesse contexto que chega o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), com diversos projetos de infraestrutura pelo Brasil adentro, demandando licenciamentos em prazos exíguos e jogando faísca nesse barril de pólvora que é o licenciamento ambiental federal. Não dá para dar certo. Qual a solução? Fortalecimento e valorização do licenciamento ambiental, para alcançar maior eficiência e eficácia no processo? Ilusão...
O que se viu nos últimos anos foi uma sucessão de "Destrava IBAMA", "Agiliza IBAMA", "Desocupa-a-moita IBAMA": pseudo-pacotes de medidas com finalidade puramente midiática e de nenhuma repercussão prática no dia a dia do licenciamento ambiental. Que, por sinal, continua sem implementar seu sistema informatizado de licenciamento - o SISLIC -, que já foi "lançado" oficialmente por uns 2 ou 3 presidentes do IBAMA e permanece empacado, sem uso.
São sintomas de que a própria política ambiental conduzida pelo governo encara o licenciamento numa perspectiva cartorial, de "carimbador-maluco". Aliás, instituiu-se no IBAMA o rodízio de diretores de Licenciamento: é um a cada hidrelétrica polêmica. Acabou seu turno, muito obrigado, próximo da fila!
Em síntese: quer licenciamento ambiental ágil e eficaz? Valorize o analista ambiental. Dê-lhe um salário compatível com o desafio de uma regulação de excelência. Forneça capacitação continuada e estimule o aprofundamento dos estudos em pós-graduação. Disponibilize modernos recursos de sistemas de informação para otimizar seu trabalho. Mantenha o profissional por um longo tempo na casa para que seu aprendizado seja incorporado pela instituição. Sem isso, dá licença, "mermão"!
Este artigo foi escrito por um leitor do Globo.
Cristiano Vilardo Nunes Guimarães é analista ambiental do Ibama
terça-feira, 20 de abril de 2010
Aquífero na Amazônia pode ser o maior do mundo, dizem geólogos
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentou um estudo, na sexta-feira (16), que aponta o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil km³ de água doce, o que seria suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes, ainda de acordo com a pesquisa. Um novo levantamento, de campo, deve ser feito na região para avaliar a possibilidade de o aquífero ser ainda maior do que o calculado inicialmente pelos geólogos.
Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani – com 45 mil km³ de volume -, até então considerado o maior do país e que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai. “Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando”, disse Milton Matta, geólogo da UFPA.
O Aquífero Alter do Chão deve ter o nome mudado por ser homônimo de um dos principais pontos turísticos do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva de água. “Estamos propondo que passe a se chamar Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais interessante”, disse Matta, que coordenou a pesquisa e agora busca investimento para concluir a segunda etapa do estudo no Banco Mundial e outros patrocinadores científicos.
De gota em gota – O geólogo informou que a segunda etapa de pesquisa será a visita aos poços já existentes na região do aquífero. “Pretendemos avaliar o potencial de vazão. Dessa maneira teremos como mensurar a capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de exploração da água, de maneira que o meio ambiente não seja comprometido”, disse
Para Marco Antonio Oliveira, superintendente do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus, a revelação de que o Aquífero Alter do Chão é o maior do mundo comprova que esse tipo de reserva segue a proporção de tamanho da Bacia Hidrográfica que fica acima dela. “Cerca de 40% do abastecimento de água de Manaus é originário do Aquífero Alter do Chão. As demais cidades do Amazonas têm 100% do abastecimento tirado da reserva subterrânea. São Paulo, por exemplo, tem seu abastecimento em torno de 30% vindo do Aquífero Guarani.”
Oliveira disse que a reserva, na área que corresponde a Manaus, já está muito contaminada. “É onde o aquífero aflora e também onde a coleta de esgoto é insuficiente. Ainda é alto o volume de emissão de esgoto ‘in natura’ nos igarapés da região.”
Recuperação da reserva – Oliveira faz um alerta para a exploração comercial da água no Aquífero Alter do Chão. “A água dessa reserva é potável, o que demanda menos tratamento químico. Por outro lado, a médio e longo prazo, a exploração mais interessante é da água dos rios, pois a recuperação da reserva é mais rápida. A vazão do Rio Amazonas é de 200 mil m³/segundo. É muita água. Já nas reservas subterrâneas, a recarga é muito mais lenta.
Ele destaca a qualidade da água que pode ser explorada no Alter do Chão. “A região amazônica é menos habitada e por isso menos poluente. No Guarani, há um problema sério de flúor, metais pesados e inseticidas usados na agricultura. A formação rochosa é diferente e filtra menos a água da superfície. No Alter do Chão as rochas são mais arenosas, o que permite uma filtragem da recarga de água na reserva subterrânea”, disse Oliveira. (Fonte: Glauco Araújo/ G1)
Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani – com 45 mil km³ de volume -, até então considerado o maior do país e que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai. “Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando”, disse Milton Matta, geólogo da UFPA.
O Aquífero Alter do Chão deve ter o nome mudado por ser homônimo de um dos principais pontos turísticos do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva de água. “Estamos propondo que passe a se chamar Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais interessante”, disse Matta, que coordenou a pesquisa e agora busca investimento para concluir a segunda etapa do estudo no Banco Mundial e outros patrocinadores científicos.
De gota em gota – O geólogo informou que a segunda etapa de pesquisa será a visita aos poços já existentes na região do aquífero. “Pretendemos avaliar o potencial de vazão. Dessa maneira teremos como mensurar a capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de exploração da água, de maneira que o meio ambiente não seja comprometido”, disse
Para Marco Antonio Oliveira, superintendente do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus, a revelação de que o Aquífero Alter do Chão é o maior do mundo comprova que esse tipo de reserva segue a proporção de tamanho da Bacia Hidrográfica que fica acima dela. “Cerca de 40% do abastecimento de água de Manaus é originário do Aquífero Alter do Chão. As demais cidades do Amazonas têm 100% do abastecimento tirado da reserva subterrânea. São Paulo, por exemplo, tem seu abastecimento em torno de 30% vindo do Aquífero Guarani.”
Oliveira disse que a reserva, na área que corresponde a Manaus, já está muito contaminada. “É onde o aquífero aflora e também onde a coleta de esgoto é insuficiente. Ainda é alto o volume de emissão de esgoto ‘in natura’ nos igarapés da região.”
Recuperação da reserva – Oliveira faz um alerta para a exploração comercial da água no Aquífero Alter do Chão. “A água dessa reserva é potável, o que demanda menos tratamento químico. Por outro lado, a médio e longo prazo, a exploração mais interessante é da água dos rios, pois a recuperação da reserva é mais rápida. A vazão do Rio Amazonas é de 200 mil m³/segundo. É muita água. Já nas reservas subterrâneas, a recarga é muito mais lenta.
Ele destaca a qualidade da água que pode ser explorada no Alter do Chão. “A região amazônica é menos habitada e por isso menos poluente. No Guarani, há um problema sério de flúor, metais pesados e inseticidas usados na agricultura. A formação rochosa é diferente e filtra menos a água da superfície. No Alter do Chão as rochas são mais arenosas, o que permite uma filtragem da recarga de água na reserva subterrânea”, disse Oliveira. (Fonte: Glauco Araújo/ G1)
quinta-feira, 4 de março de 2010
Mosaico de áreas protegidas estabelece gestão integrada de UCs da Mata Atlântica
Medida vai fortalecer e dar maior eficiência às ações de proteção dos ecossistemas associados ao bioma
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou na manhã desta segunda-feira (1º/03), no Rio de Janeiro, do lançamento do Mosaico Carioca de Áreas Protegidas, que estabelece a gestão integrada, solidária e participativa das unidades de conservação federais, estaduais e municipais da cidade do Rio de Janeiro.
O colegiado não substituirá a administração individual. O objetivo é fortalecer e dar maior eficiência às ações de proteção dos ecossistemas associados ao bioma Mata Atlântica e zonas costeiras adjacentes localizadas na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro.
O ministro lembrou que, desde 2008, foram criados 7,5 milhões de hectares de áreas protegidas e declarou apoio à gestão integrada entre as UCs, defendendo como é importante a criação deste Mosaico. Com a iniciativa, Minc espera que "as pessoas aprendam a conhecer, a usufruir e a defender melhor as nossas unidades de proteção da Mata Atlântica".
O Mosaico Carioca de Áreas Protegidas abrange, além de áreas localizadas na cidade do Rio de Janeiro, pequenas porções dos municípios de Nova Iguaçu e Nilópolis, mais de 35 mil hectares. É composto por 27 unidades de conservação da natureza e mais duas áreas protegidas: o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Reserva Florestal Vista Chinesa.
Nele estão contidos os três principais maciços montanhosos da cidade - Tijuca, Pedra Branca e Gericinó/Mendanha - além de diversos rios, lagunas, manguezais, praias, áreas marinhas e ilhas. Em função da diversidade de habitats, a região abrangida pelo Mosaico é rica em espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção.
A principal experiência de união de esforços para a gestão integrada tem sido desenvolvida no Parque Nacional da Tijuca, onde os governos federal, estadual e municipal participam da gestão compartilhada da unidade desde o final da década de 90.
Participaram também do lançamento do Mosaico, o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, André Ilha, o presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Liszt Vieira, e a presidente da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica (formada pela Fundação SOS Mata Atlântica e pela Conservação Internacional), Márcia Hirota, organização que irá apoiar financeiramente os projetos que serão desenvolvidos pelo Mosaico, voltados à proteção, ao manejo, à recuperação e à gestão desses espaços protegidos.
Museu do Meio Ambiente - Em seguida, Minc participou da solenidade de publicação do edital Concurso Público Nacional para Estudo Preliminar de Arquitetura e Urbanização para Ampliação do Museu do Meio Ambiente, na sede fluminense do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
"O concurso público é o caminho, não tem favorecimento para A, B ou C. O Museu do Meio Ambiente vai ser um marco nacional", disse Minc no lançamento.
O objetivo do concurso é selecionar um projeto para construção de prédio sustentável que funcionará como anexo do museu, dentre os projetos apresentados por arquitetos de todo o país, a solução arquitetônica e de urbanização mais adequada ao conjunto denominado Expansão do Museu do Meio Ambiente, que fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, além do tratamento urbanístico e paisagístico de seu entorno, localizado numa área de aproximadamente 8.600 m².
Os novos prédios serão construídos com base nos conceitos da Arquitetura Sustentável e deverão se tornar elementos de visitação do Museu. A expansão terá dois novos edifícios: o Anexo I terá a finalidade de abrigar a Exposição de Longa Duração e o Anexo II compreenderá auditório e núcleo de apoio administrativo. No total, serão 1.400 m² de área construída.
Após a divulgação do resultado final do Concurso, sua homologação e classificação final dos trabalhos concorrentes, serão conferidos aos vencedores, prêmio de R$ 20 mil ao primeiro colocado, além do contrato com o Jardim Botânico para elaboração do anteprojeto e do projeto executivo de arquitetura, complementares, urbanização e paisagismo e a coordenação dos mesmos; R$ 15 mil para o segundo e R$ 10 mil reais para o terceiro colocado.
O Museu do Meio Ambiente, primeiro voltado especificamente a essa temática na América Latina, é um espaço concebido para estimular a conscientização sobre os temas e problemas socioambientais, com ênfase no território brasileiro, por meio de exposições, atividades de divulgação científica, educação e pesquisa, bem como sensibilizar o público para a necessidade de conservar a biodiversidade e promover formas sustentáveis de relação entre a humanidade e o meio ambiente.
O período de inscrições será de 2 de março a 16 de abril de 2010. Os candidatos devem acessar o portal do Concurso www.iabrj.org.br/concursomuma. O valor da taxa de inscrição é R$ 150 e mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2557-4480.
A solenidade contou com a presença, entre outros, do presidente do IAB, Sergio Magalhães, do coordenador-geral do concurso, Henrique Barandier, e do presidente do JBRJ, Liszt Vieira.
Fonte: Prof. Célia Russo / MMA / JBRJ.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou na manhã desta segunda-feira (1º/03), no Rio de Janeiro, do lançamento do Mosaico Carioca de Áreas Protegidas, que estabelece a gestão integrada, solidária e participativa das unidades de conservação federais, estaduais e municipais da cidade do Rio de Janeiro.
O colegiado não substituirá a administração individual. O objetivo é fortalecer e dar maior eficiência às ações de proteção dos ecossistemas associados ao bioma Mata Atlântica e zonas costeiras adjacentes localizadas na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro.
O ministro lembrou que, desde 2008, foram criados 7,5 milhões de hectares de áreas protegidas e declarou apoio à gestão integrada entre as UCs, defendendo como é importante a criação deste Mosaico. Com a iniciativa, Minc espera que "as pessoas aprendam a conhecer, a usufruir e a defender melhor as nossas unidades de proteção da Mata Atlântica".
O Mosaico Carioca de Áreas Protegidas abrange, além de áreas localizadas na cidade do Rio de Janeiro, pequenas porções dos municípios de Nova Iguaçu e Nilópolis, mais de 35 mil hectares. É composto por 27 unidades de conservação da natureza e mais duas áreas protegidas: o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Reserva Florestal Vista Chinesa.
Nele estão contidos os três principais maciços montanhosos da cidade - Tijuca, Pedra Branca e Gericinó/Mendanha - além de diversos rios, lagunas, manguezais, praias, áreas marinhas e ilhas. Em função da diversidade de habitats, a região abrangida pelo Mosaico é rica em espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção.
A principal experiência de união de esforços para a gestão integrada tem sido desenvolvida no Parque Nacional da Tijuca, onde os governos federal, estadual e municipal participam da gestão compartilhada da unidade desde o final da década de 90.
Participaram também do lançamento do Mosaico, o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Inea, André Ilha, o presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Liszt Vieira, e a presidente da Aliança para a Conservação da Mata Atlântica (formada pela Fundação SOS Mata Atlântica e pela Conservação Internacional), Márcia Hirota, organização que irá apoiar financeiramente os projetos que serão desenvolvidos pelo Mosaico, voltados à proteção, ao manejo, à recuperação e à gestão desses espaços protegidos.
Museu do Meio Ambiente - Em seguida, Minc participou da solenidade de publicação do edital Concurso Público Nacional para Estudo Preliminar de Arquitetura e Urbanização para Ampliação do Museu do Meio Ambiente, na sede fluminense do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
"O concurso público é o caminho, não tem favorecimento para A, B ou C. O Museu do Meio Ambiente vai ser um marco nacional", disse Minc no lançamento.
O objetivo do concurso é selecionar um projeto para construção de prédio sustentável que funcionará como anexo do museu, dentre os projetos apresentados por arquitetos de todo o país, a solução arquitetônica e de urbanização mais adequada ao conjunto denominado Expansão do Museu do Meio Ambiente, que fica no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, além do tratamento urbanístico e paisagístico de seu entorno, localizado numa área de aproximadamente 8.600 m².
Os novos prédios serão construídos com base nos conceitos da Arquitetura Sustentável e deverão se tornar elementos de visitação do Museu. A expansão terá dois novos edifícios: o Anexo I terá a finalidade de abrigar a Exposição de Longa Duração e o Anexo II compreenderá auditório e núcleo de apoio administrativo. No total, serão 1.400 m² de área construída.
Após a divulgação do resultado final do Concurso, sua homologação e classificação final dos trabalhos concorrentes, serão conferidos aos vencedores, prêmio de R$ 20 mil ao primeiro colocado, além do contrato com o Jardim Botânico para elaboração do anteprojeto e do projeto executivo de arquitetura, complementares, urbanização e paisagismo e a coordenação dos mesmos; R$ 15 mil para o segundo e R$ 10 mil reais para o terceiro colocado.
O Museu do Meio Ambiente, primeiro voltado especificamente a essa temática na América Latina, é um espaço concebido para estimular a conscientização sobre os temas e problemas socioambientais, com ênfase no território brasileiro, por meio de exposições, atividades de divulgação científica, educação e pesquisa, bem como sensibilizar o público para a necessidade de conservar a biodiversidade e promover formas sustentáveis de relação entre a humanidade e o meio ambiente.
O período de inscrições será de 2 de março a 16 de abril de 2010. Os candidatos devem acessar o portal do Concurso www.iabrj.org.br/concursomuma. O valor da taxa de inscrição é R$ 150 e mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2557-4480.
A solenidade contou com a presença, entre outros, do presidente do IAB, Sergio Magalhães, do coordenador-geral do concurso, Henrique Barandier, e do presidente do JBRJ, Liszt Vieira.
Fonte: Prof. Célia Russo / MMA / JBRJ.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Minc defende o uso de alternativas energéticas para proteger Caatinga
O Ministério do Meio Ambiente anunciou na terça-feira (2) os primeiros dados do monitoramento do Bioma Brasileiro da Caatinga. De acordo com o ministro Carlos Minc, o principal fator de desmatamento da Caatinga é o energético, o uso da mata nativa para fazer lenha e carvão.
“Não haverá solução para a defesa da Caatinga sem mudar a matriz energética, com o uso de energia eólica, de pequenas centrais hidrelétricas e do gás natural”, afirmou o ministro.
A taxa anual de desmatamento da Caatinga entre 2002 e 2008 foi de 2.763 quilômetros quadrados (km²), com emissão média de 25 milhões de toneladas de carbono.
Segundo dados do ministério, a maior parte do carvão é usada em siderúrgicas de Minas Gerais e do Espírito Santo, no polo gesseiro e no cerâmico do Nordeste e também em pequenas indústrias que usam lenha e carvão. Outra fonte de desmatamento é a pecuária, principalmente a bovina, que está associada ao corte raso da Caatinga.
O ministro informou que, desta quarta (3) até sexta-feira (5), serão discutidas, simultaneamente em Juazeiro do Norte e em Petrolina (Pernambuco), soluções para combater o desmatamento e investir no uso sustentável da Caatinga.
Entre as medidas que serão defendidas está a criação do Fundo Caatinga, proposto pelo Banco do Nordeste do Brasil, e de um fundo de combate à desertificação, proposto pelo Banco do Brasil.
“Nós pleitearemos que o Fundo de Mudanças Climáticas, que tem R$1 bilhão, assinado pelo presidente Lula no final do ano passado, tenha metade de seu valor destinado ao Nordeste, região que será mais afetada pelas mudanças climáticas”, disse Minc.
A Caatinga é um ecossistema existente apenas no Brasil e abrange os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e da Bahia, além do norte de Minas Gerais, ocupando 11% do território nacional. A flora desse bioma tem 932 tipos de plantas e a fauna, 148 mamíferos e 510 aves. (Fonte: Agência Brasil)
“Não haverá solução para a defesa da Caatinga sem mudar a matriz energética, com o uso de energia eólica, de pequenas centrais hidrelétricas e do gás natural”, afirmou o ministro.
A taxa anual de desmatamento da Caatinga entre 2002 e 2008 foi de 2.763 quilômetros quadrados (km²), com emissão média de 25 milhões de toneladas de carbono.
Segundo dados do ministério, a maior parte do carvão é usada em siderúrgicas de Minas Gerais e do Espírito Santo, no polo gesseiro e no cerâmico do Nordeste e também em pequenas indústrias que usam lenha e carvão. Outra fonte de desmatamento é a pecuária, principalmente a bovina, que está associada ao corte raso da Caatinga.
O ministro informou que, desta quarta (3) até sexta-feira (5), serão discutidas, simultaneamente em Juazeiro do Norte e em Petrolina (Pernambuco), soluções para combater o desmatamento e investir no uso sustentável da Caatinga.
Entre as medidas que serão defendidas está a criação do Fundo Caatinga, proposto pelo Banco do Nordeste do Brasil, e de um fundo de combate à desertificação, proposto pelo Banco do Brasil.
“Nós pleitearemos que o Fundo de Mudanças Climáticas, que tem R$1 bilhão, assinado pelo presidente Lula no final do ano passado, tenha metade de seu valor destinado ao Nordeste, região que será mais afetada pelas mudanças climáticas”, disse Minc.
A Caatinga é um ecossistema existente apenas no Brasil e abrange os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e da Bahia, além do norte de Minas Gerais, ocupando 11% do território nacional. A flora desse bioma tem 932 tipos de plantas e a fauna, 148 mamíferos e 510 aves. (Fonte: Agência Brasil)
terça-feira, 2 de março de 2010
Nº de abelhas no mundo cai drasticamente
Sumiço do inseto tem consequências ecológicas e econômicas
Essa perda no número de insetos prejudica os países igualmente, mesmo que eles tenham diferentes climas, faunas e floras. Em qualquer tipo de ambiente onde vivem, as abelhas têm o importante papel de polinizar cerca de 75% das espécies vegetais consumidas pelos seres humanos e de produzirem o mel que também integra o cardápio de muitas pessoas, além de fazer parte da composição de diversos cosméticos.
Tal sumiço generalizado já ganhou um nome: a sigla CCD, que em inglês significa “desordem de colapso de colônias”. Essa nomenclatura une pesquisas de diferentes partes do Hemisfério Norte que seguem três linhas principais de investigação: o emprego de pesticidas na agricultura, um ácaro parasita chamado Varroa ou até mesmo a diminuição de floradas no habitat – esses três fatores podem ser responsáveis pelo fenômeno de diminuição da quantidade de abelhas no mundo.
Chips na luta pela preservação
Para conseguirem mais dados, os biólogos também empregam soluções criativas, como é o caso do grupo de cientistas franceses da Acta - Associação para Coordenação Técnica Agrícola, de Lyon, que estão equipando os insetos com microchips dotados de rádios com identificador de frequência, antes de liberá-los na natureza. Desta forma, o minúsculo aparelho registra uma série de dados durante a vida do animal em busca de pistas sobre seu extermínio.
Os dados mais atualizados sobre a diminuição da população mundial de abelhas vêm do Apimondia, congresso internacional apícola realizado em setembro de 2009 na França. Seus indicadores mostram que Europa, Estados Unidos, China e países da América Latina, estão ameaçados por perdas ecológicas e econômicas com o desaparecimento das abelhas.
Abelhas brasileiras são exceções
O Brasil destaca-se como exceção entre os países latino-americanos por não sofrer com o problema. Segundo a Confederação Brasileira de Apicultura as abelhas brasileiras, conhecidas como africanizadas, possuem genética diferente das afetadas pelo sumiço, por isso não correm risco de extinção. Mesmo assim, vale prestar mais atenção a esse importante inseto que pode fazer muita falta na vida humana e na natureza.
RETIRADO DO SITE AMBIENTE BRASIL
Fonte: Walk Show.
Essa perda no número de insetos prejudica os países igualmente, mesmo que eles tenham diferentes climas, faunas e floras. Em qualquer tipo de ambiente onde vivem, as abelhas têm o importante papel de polinizar cerca de 75% das espécies vegetais consumidas pelos seres humanos e de produzirem o mel que também integra o cardápio de muitas pessoas, além de fazer parte da composição de diversos cosméticos.
Tal sumiço generalizado já ganhou um nome: a sigla CCD, que em inglês significa “desordem de colapso de colônias”. Essa nomenclatura une pesquisas de diferentes partes do Hemisfério Norte que seguem três linhas principais de investigação: o emprego de pesticidas na agricultura, um ácaro parasita chamado Varroa ou até mesmo a diminuição de floradas no habitat – esses três fatores podem ser responsáveis pelo fenômeno de diminuição da quantidade de abelhas no mundo.
Chips na luta pela preservação
Para conseguirem mais dados, os biólogos também empregam soluções criativas, como é o caso do grupo de cientistas franceses da Acta - Associação para Coordenação Técnica Agrícola, de Lyon, que estão equipando os insetos com microchips dotados de rádios com identificador de frequência, antes de liberá-los na natureza. Desta forma, o minúsculo aparelho registra uma série de dados durante a vida do animal em busca de pistas sobre seu extermínio.
Os dados mais atualizados sobre a diminuição da população mundial de abelhas vêm do Apimondia, congresso internacional apícola realizado em setembro de 2009 na França. Seus indicadores mostram que Europa, Estados Unidos, China e países da América Latina, estão ameaçados por perdas ecológicas e econômicas com o desaparecimento das abelhas.
Abelhas brasileiras são exceções
O Brasil destaca-se como exceção entre os países latino-americanos por não sofrer com o problema. Segundo a Confederação Brasileira de Apicultura as abelhas brasileiras, conhecidas como africanizadas, possuem genética diferente das afetadas pelo sumiço, por isso não correm risco de extinção. Mesmo assim, vale prestar mais atenção a esse importante inseto que pode fazer muita falta na vida humana e na natureza.
RETIRADO DO SITE AMBIENTE BRASIL
Fonte: Walk Show.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Qual a contribuição das árvores e algas para produção de O2?
Estudos apontam que as algas podem ser importantes produtoras de oxigênio, contribuindo para purificação do ar assim como as árvores
Por Cristina Leite
Diariamente uma grande quantidade de CO2 é lançada na atmosfera, por isso para amenizar a poluição causada pelas atividades humanas, as plantas têm desenvolvido um importante papel na captura de gás carbônico e produção de oxigênio, por meio da fotossíntese. A atividade de absorção de CO2, energia luminosa, água e liberação de oxigênio, tanto das árvores quanto das algas, pode ser considerada um dos processos biológicos mais importantes do planeta.
As áreas florestais, assim como algumas espécies de algas, são de extrema relevância para purificação do ar, mas parte do O2 que é produzido pelas árvores é também consumido pelas próprias, por meio da respiração. Porém, algumas espécies de algas fabricam muito mais oxigênio do que precisam e desta forma as algas são, juntamente com as árvores, importantes contribuintes para amenizar a quantidade de CO2 emitido por ações poluidoras. Além disso, as algas podem ter grande importância para produção de O2 porque ocupam uma área maior que a das árvores. "Afinal, 70% do planeta é coberto de água e todos os oceanos são habitados por algas microscópicas produtoras de oxigênio", diz a bióloga, Estela Maria Plastino, da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o professor da Universidade Estadual de Londrina, Dr. Francisco Striquer Soares, é muito difícil afirmar que as algas são maiores produtoras de O2, a produção depende da espécie da alga, mas alguns fatores podem ser levados em consideração. Um dos pontos que podem contribuir com a maior produção de O2 pelas algas é que elas estão presentes em rios, oceanos e represas, alcançando assim maior extensão territorial.
Outro ponto mencionado pelo professor que favorece as algas, é que, para produção de O2, as algas precisam de energia luminosa, fundamental para a fotossíntese. “Em florestas, como as que situam na região da Amazônia, onde se concentram uma quantidade expressiva de árvores de grande porte, com alto potencial para produção de O2, a energia solar, necessária para produção de O2, pode chegar numa camada de penetração de até 30 metros”, explica.
Por outro lado, a energia solar em rios e oceanos, além de alcançar grande extensão territorial pode chegar até 100 metros ou mais , alcançando assim uma profundidade maior do que nas florestas, o que destaca as algas em sua produção de oxigênio.
Os fatores apontados pelo professor fazem parte de estudos recentes, porém o que se já sabe é que a ameaça de extinção de algumas espécies de algas já é afirmada por alguns estudiosos. “Elas podem estar em ameaça de extinção se considerar que o aquecimento global afeta a temperatura das águas. Cada alga, de acordo com sua espécie precisa de uma determinada temperatura para as etapas do ciclo de vida, incluindo a reprodução, quando há mudanças significativas no tempo, compromete a proliferação dessas algas, consequentemente a produção de O2”, destaca.
Porém, grande importância existe em preservar as florestas, principalmente a da Amazônia. “Mais estudos devem ser direcionados aos microorganismos, porém o ser humano é um animal terrestre, devemos nos preocupar em cuidar ainda mais do ambiente onde estamos inseridos”, conclui Soares.
Fábricas de ar:
Só as algas marinhas produzem mais da metade do gás vital
Origem - Bosques e florestas % Produzida - 24,9%
Origem - Estepes, campos e pastos % Produzida - 9,1%
Origem - Áreas cultivadas % Produzida - 8,0%
Origem - Regiões desérticas % Produzida - 3,0%
Origem - Árvores (total) % Produzida - 45%
Origem - Algas marinhas % Produzida - 54,7%
Origem - Algas de água doce % Produzida - 0,3%
Origem - Algas (total) % Produzida - 55%
Fonte: IBFlorestas / Ecologia, de Ramón Margalef.
Por Cristina Leite
Diariamente uma grande quantidade de CO2 é lançada na atmosfera, por isso para amenizar a poluição causada pelas atividades humanas, as plantas têm desenvolvido um importante papel na captura de gás carbônico e produção de oxigênio, por meio da fotossíntese. A atividade de absorção de CO2, energia luminosa, água e liberação de oxigênio, tanto das árvores quanto das algas, pode ser considerada um dos processos biológicos mais importantes do planeta.
As áreas florestais, assim como algumas espécies de algas, são de extrema relevância para purificação do ar, mas parte do O2 que é produzido pelas árvores é também consumido pelas próprias, por meio da respiração. Porém, algumas espécies de algas fabricam muito mais oxigênio do que precisam e desta forma as algas são, juntamente com as árvores, importantes contribuintes para amenizar a quantidade de CO2 emitido por ações poluidoras. Além disso, as algas podem ter grande importância para produção de O2 porque ocupam uma área maior que a das árvores. "Afinal, 70% do planeta é coberto de água e todos os oceanos são habitados por algas microscópicas produtoras de oxigênio", diz a bióloga, Estela Maria Plastino, da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o professor da Universidade Estadual de Londrina, Dr. Francisco Striquer Soares, é muito difícil afirmar que as algas são maiores produtoras de O2, a produção depende da espécie da alga, mas alguns fatores podem ser levados em consideração. Um dos pontos que podem contribuir com a maior produção de O2 pelas algas é que elas estão presentes em rios, oceanos e represas, alcançando assim maior extensão territorial.
Outro ponto mencionado pelo professor que favorece as algas, é que, para produção de O2, as algas precisam de energia luminosa, fundamental para a fotossíntese. “Em florestas, como as que situam na região da Amazônia, onde se concentram uma quantidade expressiva de árvores de grande porte, com alto potencial para produção de O2, a energia solar, necessária para produção de O2, pode chegar numa camada de penetração de até 30 metros”, explica.
Por outro lado, a energia solar em rios e oceanos, além de alcançar grande extensão territorial pode chegar até 100 metros ou mais , alcançando assim uma profundidade maior do que nas florestas, o que destaca as algas em sua produção de oxigênio.
Os fatores apontados pelo professor fazem parte de estudos recentes, porém o que se já sabe é que a ameaça de extinção de algumas espécies de algas já é afirmada por alguns estudiosos. “Elas podem estar em ameaça de extinção se considerar que o aquecimento global afeta a temperatura das águas. Cada alga, de acordo com sua espécie precisa de uma determinada temperatura para as etapas do ciclo de vida, incluindo a reprodução, quando há mudanças significativas no tempo, compromete a proliferação dessas algas, consequentemente a produção de O2”, destaca.
Porém, grande importância existe em preservar as florestas, principalmente a da Amazônia. “Mais estudos devem ser direcionados aos microorganismos, porém o ser humano é um animal terrestre, devemos nos preocupar em cuidar ainda mais do ambiente onde estamos inseridos”, conclui Soares.
Fábricas de ar:
Só as algas marinhas produzem mais da metade do gás vital
Origem - Bosques e florestas % Produzida - 24,9%
Origem - Estepes, campos e pastos % Produzida - 9,1%
Origem - Áreas cultivadas % Produzida - 8,0%
Origem - Regiões desérticas % Produzida - 3,0%
Origem - Árvores (total) % Produzida - 45%
Origem - Algas marinhas % Produzida - 54,7%
Origem - Algas de água doce % Produzida - 0,3%
Origem - Algas (total) % Produzida - 55%
Fonte: IBFlorestas / Ecologia, de Ramón Margalef.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Esgoto substitui adubo e aumenta produção de madeira de eucaliptos
O lodo de esgoto, em uma dose de 7,7 toneladas por hectare, aumenta em 8% o volume de madeira com casca no cultivo de eucalipto em relação ao uso somente de adubos minerais.
Esse foi um dos principais resultados que a engenheira agrônoma Lúcia Pittol Firme constatou em sua tese de doutorado, que faz parte de um experimento realizado pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
Menos adubos por hectare
No tratamento com adubo mineral de modo convencional, com aplicação de 84 quilos (kg) por hectare de fósforo e 142 kg por hectare de nitrogênio, o volume de madeira obtido foi de 150 metros cúbicos (m³) por hectare.
Já com a aplicação de 7,7 toneladas por hectare de lodo e 28 kg por hectare de fósforo, sem adição de nitrogênio, foi estimado um volume de madeira de 162 m³ por hectare.
Além de aumentar a produtividade, a aplicação de lodo nessa dose permite reduzir o uso de adubos de nitrogênio e fosfato em, respectivamente, 100% e 66%.
Minerais nas plantas
Além disso, se observou que, conforme se aumentava a dose de lodo, também crescia a quantidade de minerais, como ferro, cobre, zinco e magnésio. A quantidade desses elementos aumentava tanto no solo como na biomassa total da planta, que é composta por lenha, folha, casco e galho.
Apesar disso, Lúcia afirma que o lodo não possui todos os minerais necessários para a adubação. Por exemplo, no experimento, devido ao baixo teor de potássio no lodo, foi aplicado 175 kg por hectare desse mineral. Em compensação, a pesquisadora diz que o lodo não causou a contaminação do sistema solo-planta.
Adubo de lodo
Com parceria da Suzano Papel e Celulose, empresa de base florestal, o experimento foi conduzido em área comercial da empresa, em Itatinga (SP). Para verificar os efeitos do lodo de esgoto, Lúcia preparou quatro doses diferentes para lodo, quatro para nitrogênio e quatro para fósforo. "Primeiro aplicamos o lodo sozinho. Depois, para cada tratamento foi aplicada uma quantidade de fosfato e nitrogênio", explica Lúcia.
Da combinação das doses de cada um desses componentes do experimento, se obteve 64 tratamentos. Houve ainda uma repetição da aplicação das combinações para verificação dos dados, somando 128 tratamentos.
Feitas as aplicações das doses, após 43 meses do plantio, Lúcia coletou os dados. No final, se chegou à quantidade de 7,7 toneladas por hectare como dose ideal do lodo.
Segundo Lúcia, foi estabelecida essa quantidade não somente pela produtividade, mas também porque é a dose que contém a quantidade limite de nitrogênio (de 142 kg por hectare), de acordo com o critério estabelecido pela resolução 375 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) do Ministério do Meio Ambiente.
Vantagens e desvantagens
Lúcia lista alguns benefícios da aplicação de lodo de esgoto. Ela destaca o aumento na produtividade e diminuição dos custos, visto que a utilização do lodo não é cara e, com ele, se usa menos adubos minerais, que têm um preço elevado.
Porém, dependendo da origem do lodo, ele pode conter metais pesados, resíduos orgânicos tóxicos e outros componentes danosos à produção agrícola e à saúde humana.
No caso do experimento, foi utilizado lodo de esgoto da Estação de Tratamento de Jundiaí (SP). O professor acredita que a utilização do lodo como adubo depende do município de origem e, principalmente, do tratamento que teve: "Com tratamento adequado, (o lodo) poderá ter um aproveitamento na agricultura".
Fonte: Inovação Tecnológica / Agância USP.
Esse foi um dos principais resultados que a engenheira agrônoma Lúcia Pittol Firme constatou em sua tese de doutorado, que faz parte de um experimento realizado pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
Menos adubos por hectare
No tratamento com adubo mineral de modo convencional, com aplicação de 84 quilos (kg) por hectare de fósforo e 142 kg por hectare de nitrogênio, o volume de madeira obtido foi de 150 metros cúbicos (m³) por hectare.
Já com a aplicação de 7,7 toneladas por hectare de lodo e 28 kg por hectare de fósforo, sem adição de nitrogênio, foi estimado um volume de madeira de 162 m³ por hectare.
Além de aumentar a produtividade, a aplicação de lodo nessa dose permite reduzir o uso de adubos de nitrogênio e fosfato em, respectivamente, 100% e 66%.
Minerais nas plantas
Além disso, se observou que, conforme se aumentava a dose de lodo, também crescia a quantidade de minerais, como ferro, cobre, zinco e magnésio. A quantidade desses elementos aumentava tanto no solo como na biomassa total da planta, que é composta por lenha, folha, casco e galho.
Apesar disso, Lúcia afirma que o lodo não possui todos os minerais necessários para a adubação. Por exemplo, no experimento, devido ao baixo teor de potássio no lodo, foi aplicado 175 kg por hectare desse mineral. Em compensação, a pesquisadora diz que o lodo não causou a contaminação do sistema solo-planta.
Adubo de lodo
Com parceria da Suzano Papel e Celulose, empresa de base florestal, o experimento foi conduzido em área comercial da empresa, em Itatinga (SP). Para verificar os efeitos do lodo de esgoto, Lúcia preparou quatro doses diferentes para lodo, quatro para nitrogênio e quatro para fósforo. "Primeiro aplicamos o lodo sozinho. Depois, para cada tratamento foi aplicada uma quantidade de fosfato e nitrogênio", explica Lúcia.
Da combinação das doses de cada um desses componentes do experimento, se obteve 64 tratamentos. Houve ainda uma repetição da aplicação das combinações para verificação dos dados, somando 128 tratamentos.
Feitas as aplicações das doses, após 43 meses do plantio, Lúcia coletou os dados. No final, se chegou à quantidade de 7,7 toneladas por hectare como dose ideal do lodo.
Segundo Lúcia, foi estabelecida essa quantidade não somente pela produtividade, mas também porque é a dose que contém a quantidade limite de nitrogênio (de 142 kg por hectare), de acordo com o critério estabelecido pela resolução 375 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) do Ministério do Meio Ambiente.
Vantagens e desvantagens
Lúcia lista alguns benefícios da aplicação de lodo de esgoto. Ela destaca o aumento na produtividade e diminuição dos custos, visto que a utilização do lodo não é cara e, com ele, se usa menos adubos minerais, que têm um preço elevado.
Porém, dependendo da origem do lodo, ele pode conter metais pesados, resíduos orgânicos tóxicos e outros componentes danosos à produção agrícola e à saúde humana.
No caso do experimento, foi utilizado lodo de esgoto da Estação de Tratamento de Jundiaí (SP). O professor acredita que a utilização do lodo como adubo depende do município de origem e, principalmente, do tratamento que teve: "Com tratamento adequado, (o lodo) poderá ter um aproveitamento na agricultura".
Fonte: Inovação Tecnológica / Agância USP.
Minc anuncia a liberação de Usina de Belo Monte
Vencedor da licitação arcará com os custos para amenizar impacto provocado pela obra
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, confirmou nesta segunda-feira que a licença para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), já está liberada. S egundo ele, a demora na concessão da licença ocorreu devido à necessidade de alterações, no projeto básico, que reduzissem o impacto ambiental da obra, preservando flora e fauna da região.
O ministro afirmou que a licença prevê que o construtor que vencer a licitação para realizar o empreendimento terá que desembolsar R$ 1,5 bilhão em obras de preservação e como contrapartida para a região pelo impacto provocado pela obra. "Vamos querer que este investimento seja destinado para educação, saneamento básico daquela população e também preservação das áreas indígenas. O meio ambiente tem um custo e é preciso pagar por isso", disse.
Para que a obra seja liberada, o Ibama exige ainda a adoção de medidas que mantenham a navegabilidade do Rio Xingu durante todo o tempo de construção e operação da usina. Também é exigido dos futuros empreendedores um plano de conservação dos ecossistemas aquáticos e terrestres na região da usina.
Segundo o ministro, além de ser o licenciamento mais complexo e mais difícil de todos, o de Belo Monte foi o de mais longa discussão. "Todo mundo está olhando, por isso tomamos um cuidado muito grande", comentou Minc. Lembrou que o projeto original previa quatro hidrelétricas no Rio Xingu e que, ao longo dos anos, a meta foi reduzida a uma usina - a de Belo Monte.
Inicialmente, a previsão de área alagada para a construção de Belo Monte era de 1,5 mil quilômetros quadrados, mas, observou o ministro, foi reduzida a 500 quilômetros quadrados, metade da qual já é alagada todos os anos, com a cheia do rio. Para mitigar os impactos ambientais da futura obra, o Ministério do Meio Ambiente exige investimentos de R$ 1,5 bilhão.
De acordo com o ministro, pelo menos a metade da área que será alagada já sofre constantes alagamentos na época de chuvas. "Dos 500 km² que serão alagados, apenas 250 km² têm vegetação a ser substituída", explicou. Ele disse ainda que o governo vai exigir o deslocamento no posicionamento original da usina na curva do rio Xingu (PA) para garantir a vazão mínima necessária para a navegabilidade, a manutenção de espécies de peixe e o abastecimento de água na região.
O ministro descartou que a contrapartida afaste investidores do leilão, que já tem a presença garantida da estatal Eletrobrás. "O preço é esse, acredito que o empreendimento se viabiliza", avaliou Minc. "Não podemos dar uma contrapartida para facilitar o leilão e prejudicar o meio ambiente, comprometer os peixes ou acabar com a navegação. Não posso subordinar a proteção da lei, da população da Amazônia, a um custo econômico-financeiro", completou.
Há mais de 20 anos na gaveta, o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte terá capacidade para gerar cerca de 11 mil megawatts, volume próximo ao produzido pela usina binacional de Itaipu, de 14 mil MW.
Avaliação de Minc
"É a maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a mais polêmica e a terceira hidrelétrica do mundo", afirmou o ministro. Disse, também, que durante o processo de licenciamento prévio houve pressões e "posições extremadas". De um lado, segundo o ministro, estavam os movimentos ambientais, indígenas e religiosos e o Ministério Público, preocupados com a preservação do ambiente e, do outro lado, os futuros empreendedores acusavam os órgãos ambientais de lentidão e excesso de zelo. "Tanto de um lado quanto de outro, as pressões foram muito fortes. Mas a democracia é assim", disse Minc.
Sobre a contrapartida de R$ 1,5 bilhão Minc disse que "não é compensação ambiental. São mitigações, contrapartidas, precauções", disse o ministro. Ele acrescentou que o desafio do Brasil é o de ampliar suas fontes renováveis de energia para evitar aumento de emissão de gás carbônico.
Segundo Minc, nos últimos anos, o não licenciamento de novas hidrelétricas criou a necessidade de aumento da geração de energia proveniente de usinas termoelétricas movidas a óleo e a carvão, mais poluentes. "Então, realmente, tem que ter boas hidrelétricas", disse o ministro, referindo-se a usinas com reservatórios que inundem a menor extensão possível de áreas.
Fonte: Monitor Mercantil .
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, confirmou nesta segunda-feira que a licença para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), já está liberada. S egundo ele, a demora na concessão da licença ocorreu devido à necessidade de alterações, no projeto básico, que reduzissem o impacto ambiental da obra, preservando flora e fauna da região.
O ministro afirmou que a licença prevê que o construtor que vencer a licitação para realizar o empreendimento terá que desembolsar R$ 1,5 bilhão em obras de preservação e como contrapartida para a região pelo impacto provocado pela obra. "Vamos querer que este investimento seja destinado para educação, saneamento básico daquela população e também preservação das áreas indígenas. O meio ambiente tem um custo e é preciso pagar por isso", disse.
Para que a obra seja liberada, o Ibama exige ainda a adoção de medidas que mantenham a navegabilidade do Rio Xingu durante todo o tempo de construção e operação da usina. Também é exigido dos futuros empreendedores um plano de conservação dos ecossistemas aquáticos e terrestres na região da usina.
Segundo o ministro, além de ser o licenciamento mais complexo e mais difícil de todos, o de Belo Monte foi o de mais longa discussão. "Todo mundo está olhando, por isso tomamos um cuidado muito grande", comentou Minc. Lembrou que o projeto original previa quatro hidrelétricas no Rio Xingu e que, ao longo dos anos, a meta foi reduzida a uma usina - a de Belo Monte.
Inicialmente, a previsão de área alagada para a construção de Belo Monte era de 1,5 mil quilômetros quadrados, mas, observou o ministro, foi reduzida a 500 quilômetros quadrados, metade da qual já é alagada todos os anos, com a cheia do rio. Para mitigar os impactos ambientais da futura obra, o Ministério do Meio Ambiente exige investimentos de R$ 1,5 bilhão.
De acordo com o ministro, pelo menos a metade da área que será alagada já sofre constantes alagamentos na época de chuvas. "Dos 500 km² que serão alagados, apenas 250 km² têm vegetação a ser substituída", explicou. Ele disse ainda que o governo vai exigir o deslocamento no posicionamento original da usina na curva do rio Xingu (PA) para garantir a vazão mínima necessária para a navegabilidade, a manutenção de espécies de peixe e o abastecimento de água na região.
O ministro descartou que a contrapartida afaste investidores do leilão, que já tem a presença garantida da estatal Eletrobrás. "O preço é esse, acredito que o empreendimento se viabiliza", avaliou Minc. "Não podemos dar uma contrapartida para facilitar o leilão e prejudicar o meio ambiente, comprometer os peixes ou acabar com a navegação. Não posso subordinar a proteção da lei, da população da Amazônia, a um custo econômico-financeiro", completou.
Há mais de 20 anos na gaveta, o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte terá capacidade para gerar cerca de 11 mil megawatts, volume próximo ao produzido pela usina binacional de Itaipu, de 14 mil MW.
Avaliação de Minc
"É a maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a mais polêmica e a terceira hidrelétrica do mundo", afirmou o ministro. Disse, também, que durante o processo de licenciamento prévio houve pressões e "posições extremadas". De um lado, segundo o ministro, estavam os movimentos ambientais, indígenas e religiosos e o Ministério Público, preocupados com a preservação do ambiente e, do outro lado, os futuros empreendedores acusavam os órgãos ambientais de lentidão e excesso de zelo. "Tanto de um lado quanto de outro, as pressões foram muito fortes. Mas a democracia é assim", disse Minc.
Sobre a contrapartida de R$ 1,5 bilhão Minc disse que "não é compensação ambiental. São mitigações, contrapartidas, precauções", disse o ministro. Ele acrescentou que o desafio do Brasil é o de ampliar suas fontes renováveis de energia para evitar aumento de emissão de gás carbônico.
Segundo Minc, nos últimos anos, o não licenciamento de novas hidrelétricas criou a necessidade de aumento da geração de energia proveniente de usinas termoelétricas movidas a óleo e a carvão, mais poluentes. "Então, realmente, tem que ter boas hidrelétricas", disse o ministro, referindo-se a usinas com reservatórios que inundem a menor extensão possível de áreas.
Fonte: Monitor Mercantil .
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Cientistas holandeses criam técnica barata para tirar CO2 do ar
Um novo dispositivo apresentado nesta quinta-feira (14) por cientistas pode um dia se tornar uma máquina para salvar o planeta do aquecimento global: ele tira o dióxido de carbono (CO2) do ar e o transforma em compostos de carbono que podem ser vendidos como matéria-prima à indústria.
Os pesquisadores holandeses autores da invenção, porém, afirmam que ainda não é possível aplicá-la em grande escala.
O que os cientistas fizeram foi criar uma estrutura que ajuda o CO2 do ar a se transformar em uma substância chamada oxalato de lítio. O mecanismo usa um composto do tipo que os cientistas chamam de catalisador, que serve para estimular e acelerar reações químicas.
Conseguir que uma placa feita de um material complexo à base de cobre fizesse isso não foi fácil. Estruturas com cobre expostas ao ar geralmente reagem com o oxigênio (O2), não com o gás carbônico (CO2).
Isso ocorre porque o oxigênio tem muito mais facilidade para participar de reações químicas. Ele é mais instável, se agrupa facilmente com outras moléculas. A estrutura criada pelos holandeses, entretanto, quebra a expectativa e reage com o CO2.
Mistério - Nem os cientistas entenderam direito como conseguiram a façanha. "Por que isso aconteceu, nós não entendemos", disse à Folha Elisabeth Bouwman, da Universidade Leiden, na Holanda, que publicou, com sua equipe, a descoberta na revista "Science".
Eles são especialistas em estruturas sintéticas úteis como catalisadoras em reações com carbono.
Eles ficaram especialmente animados por três motivos. Um deles é que a substância final em que o CO2 se transforma, o oxalato de lítio, é bastante estável. Isso significa que o carbono está bastante preso dentro dela - não vai voltar para a atmosfera tão cedo.
O segundo é que o oxalato de lítio pode servir como insumo na fabricação de produtos de limpeza doméstica ou de substâncias úteis para uso em componentes de refrigeradores.
O último é que o catalisador que criaram é "reciclável". Ou seja, ele pode ser utilizado de novo após oxalato de lítio ser removido dele. Isso torna o mecanismo mais viável.
Começo - O processo, porém, ainda está longe de sair dos laboratórios e ganhar escala. Dificilmente se tornaria viável rápido o suficiente para conter o aquecimento global nas próximas décadas. Segundo Bouwman, seu estudo "é só o começo".
Ainda assim, é um grande passo. Todos os mecanismos propostos até hoje para tirar CO2 da atmosfera e transformá-lo em outra substância gastavam uma quantidade proibitiva de energia. O mecanismo holandês, entretanto, é mais simples e, assim, tem um consumo elétrico pequeno.
Algumas substâncias usadas no processo, porém, ainda encareceriam um ganho em escala. Uma delas é o lítio. Por isso, diz Bouwman, o próximo passo é fazer pequenas modificações nas estruturas usadas.
O trabalho vai adiante em um constante processo de tentativa e erro. "Fazemos as modificações e observamos o que acontece: se o complexo fica mais reativo, se a reação vai mais rápido." (Fonte: Folha Online)
Os pesquisadores holandeses autores da invenção, porém, afirmam que ainda não é possível aplicá-la em grande escala.
O que os cientistas fizeram foi criar uma estrutura que ajuda o CO2 do ar a se transformar em uma substância chamada oxalato de lítio. O mecanismo usa um composto do tipo que os cientistas chamam de catalisador, que serve para estimular e acelerar reações químicas.
Conseguir que uma placa feita de um material complexo à base de cobre fizesse isso não foi fácil. Estruturas com cobre expostas ao ar geralmente reagem com o oxigênio (O2), não com o gás carbônico (CO2).
Isso ocorre porque o oxigênio tem muito mais facilidade para participar de reações químicas. Ele é mais instável, se agrupa facilmente com outras moléculas. A estrutura criada pelos holandeses, entretanto, quebra a expectativa e reage com o CO2.
Mistério - Nem os cientistas entenderam direito como conseguiram a façanha. "Por que isso aconteceu, nós não entendemos", disse à Folha Elisabeth Bouwman, da Universidade Leiden, na Holanda, que publicou, com sua equipe, a descoberta na revista "Science".
Eles são especialistas em estruturas sintéticas úteis como catalisadoras em reações com carbono.
Eles ficaram especialmente animados por três motivos. Um deles é que a substância final em que o CO2 se transforma, o oxalato de lítio, é bastante estável. Isso significa que o carbono está bastante preso dentro dela - não vai voltar para a atmosfera tão cedo.
O segundo é que o oxalato de lítio pode servir como insumo na fabricação de produtos de limpeza doméstica ou de substâncias úteis para uso em componentes de refrigeradores.
O último é que o catalisador que criaram é "reciclável". Ou seja, ele pode ser utilizado de novo após oxalato de lítio ser removido dele. Isso torna o mecanismo mais viável.
Começo - O processo, porém, ainda está longe de sair dos laboratórios e ganhar escala. Dificilmente se tornaria viável rápido o suficiente para conter o aquecimento global nas próximas décadas. Segundo Bouwman, seu estudo "é só o começo".
Ainda assim, é um grande passo. Todos os mecanismos propostos até hoje para tirar CO2 da atmosfera e transformá-lo em outra substância gastavam uma quantidade proibitiva de energia. O mecanismo holandês, entretanto, é mais simples e, assim, tem um consumo elétrico pequeno.
Algumas substâncias usadas no processo, porém, ainda encareceriam um ganho em escala. Uma delas é o lítio. Por isso, diz Bouwman, o próximo passo é fazer pequenas modificações nas estruturas usadas.
O trabalho vai adiante em um constante processo de tentativa e erro. "Fazemos as modificações e observamos o que acontece: se o complexo fica mais reativo, se a reação vai mais rápido." (Fonte: Folha Online)
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Brasil vai sediar conferência ambiental 20 anos depois da Eco-92
O Brasil vai sediar em 2012 a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, já batizada de Rio+20, em referência a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, cidade que deve receber novamente o evento.
A conferência foi aprovada em dezembro pela Assembléia Geral das Nações Unidas. O encontro havia sido proposto em 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é avaliar e renovar os compromissos com o desenvolvimento sustentável assumidos pelos líderes mundiais na Eco-92. A Rio+20 tembém discutirá a contribuição da economia verde para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza.
Outra tema na pauta da conferência será o debate sobre a estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável. O modelo de consenso, que só permite decisões com a aprovação de todos os países, foi colocado em xeque na 15ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, que terminou sem acordo por divergências entre os países ricos e em desenvolvimento sobre as ações necessárias para enfrentar o aquecimento global.
(Fonte: Agência Brasil)
A conferência foi aprovada em dezembro pela Assembléia Geral das Nações Unidas. O encontro havia sido proposto em 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é avaliar e renovar os compromissos com o desenvolvimento sustentável assumidos pelos líderes mundiais na Eco-92. A Rio+20 tembém discutirá a contribuição da economia verde para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza.
Outra tema na pauta da conferência será o debate sobre a estrutura de governança internacional na área do desenvolvimento sustentável. O modelo de consenso, que só permite decisões com a aprovação de todos os países, foi colocado em xeque na 15ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, que terminou sem acordo por divergências entre os países ricos e em desenvolvimento sobre as ações necessárias para enfrentar o aquecimento global.
(Fonte: Agência Brasil)
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Fundo Amazônia Aprova Primeiros Projetos
Fundo Amazônia aprova primeiros projetos que serão financiados
Três projetos que envolvem monitoramento e cadastramento ambiental rural,
recuperação de áreas degradadas e pagamento por serviços ambientais, de
instituições do Pará, Amazonas e Mato Grosso, são os primeiros a receber
recursos do Fundo Amazônia.
Um dos projetos é uma proposta coordenada pela ONG Imazon, em associação com
outras ONGs, que receberá R$ 12 milhões para realização de ações em diversos
municípios do Pará. O projeto, chamado Municípios Verdes, promoverá o
monitoramento, o cadastramento ambiental rural das propriedades, a adequação
ambiental das atividades rurais e madeireira, entre outras ações.
Outro projeto é coordenado pela ONG The Nature Conservancy (TNC) e receberá R$
16 milhões. Em parceira com outras instituições ambientais, serão desenvolvidas
ações como recuperação de áreas degradadas, zoneamento ecológico-econômico,
entre outras atividades que promovam as práticas ambientais em municípios de
Mato Grosso, inclusive os situados no Arco do Desmatamento.
O terceiro projeto será coordenado pela Fundação Amazonas Sustentável, do
governo do Estado do Amazonas, e receberá R$ 20 milhões. O recurso recebido
será revertido em pagamento por serviços ambientais às comunidades
extrativistas, seringueiros e quilombolas para a recomposição de áreas
ambientais degradadas, melhoria das reservas extrativistas, dentre outras
atividades que promovam a conservação ambiental.
O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) e conta com R$ 150 milhões em carteira para mais projetos que
serão aprovados em janeiro e fevereiro de 2010, do total de 1 bilhão de dólares
que serão aportados até 2015 pela Noruega. O Comitê Orientador do fundo está
localizado em Belém (PA), e reúne representantes dos governos estaduais da
Amazônia Legal, do governo federal e de organizações da sociedade civil. O
fundo terá um estande para divulgação das suas ações na Conferência Mundial
sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que começa no próximo dia 7 em Copenhague.
Projetos apoiáveis - Ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento
e de promoção da conservação e do uso sustentável no Bioma Amazônico.
Os projetos passíveis de apoio devem contribuir direta ou indiretamente para a
redução do desmatamento na Amazônia. Até 20% dos recursos do Fundo poderão ser
utilizados no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do
desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais. As
ações do Fundo Amazônia devem observar as diretrizes do Plano Amazônia
Sustentável - PAS e do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal - PPCDAM.
Mais informações em: www.fundoamazonia.gov.br
Três projetos que envolvem monitoramento e cadastramento ambiental rural,
recuperação de áreas degradadas e pagamento por serviços ambientais, de
instituições do Pará, Amazonas e Mato Grosso, são os primeiros a receber
recursos do Fundo Amazônia.
Um dos projetos é uma proposta coordenada pela ONG Imazon, em associação com
outras ONGs, que receberá R$ 12 milhões para realização de ações em diversos
municípios do Pará. O projeto, chamado Municípios Verdes, promoverá o
monitoramento, o cadastramento ambiental rural das propriedades, a adequação
ambiental das atividades rurais e madeireira, entre outras ações.
Outro projeto é coordenado pela ONG The Nature Conservancy (TNC) e receberá R$
16 milhões. Em parceira com outras instituições ambientais, serão desenvolvidas
ações como recuperação de áreas degradadas, zoneamento ecológico-econômico,
entre outras atividades que promovam as práticas ambientais em municípios de
Mato Grosso, inclusive os situados no Arco do Desmatamento.
O terceiro projeto será coordenado pela Fundação Amazonas Sustentável, do
governo do Estado do Amazonas, e receberá R$ 20 milhões. O recurso recebido
será revertido em pagamento por serviços ambientais às comunidades
extrativistas, seringueiros e quilombolas para a recomposição de áreas
ambientais degradadas, melhoria das reservas extrativistas, dentre outras
atividades que promovam a conservação ambiental.
O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) e conta com R$ 150 milhões em carteira para mais projetos que
serão aprovados em janeiro e fevereiro de 2010, do total de 1 bilhão de dólares
que serão aportados até 2015 pela Noruega. O Comitê Orientador do fundo está
localizado em Belém (PA), e reúne representantes dos governos estaduais da
Amazônia Legal, do governo federal e de organizações da sociedade civil. O
fundo terá um estande para divulgação das suas ações na Conferência Mundial
sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que começa no próximo dia 7 em Copenhague.
Projetos apoiáveis - Ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento
e de promoção da conservação e do uso sustentável no Bioma Amazônico.
Os projetos passíveis de apoio devem contribuir direta ou indiretamente para a
redução do desmatamento na Amazônia. Até 20% dos recursos do Fundo poderão ser
utilizados no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do
desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais. As
ações do Fundo Amazônia devem observar as diretrizes do Plano Amazônia
Sustentável - PAS e do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na
Amazônia Legal - PPCDAM.
Mais informações em: www.fundoamazonia.gov.br
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