segunda-feira, 5 de março de 2012

Reforma no Zoonit deve ficar finalmente pronta no próximo mês

Primeira etapa de obras já está na sua reta final. Concluído, local servirá como centro de reabilitação de fauna e vai atender Batalhão Florestal e também Delegacia do Ambiente

Está prevista para o fim de abril a entrega da primeira etapa das obras do Zoonit, reformas adequadas para atender às exigências do Ibama. Segundo a presidente da Fundação Zoonit, Giselda Candiotto, neste primeiro momento o local servirá como centro de reabilitação de fauna para atender aos órgãos públicos, como o Batalhão de Polícia Florestal, o Corpo de Bombeiros e a Delegacia do Meio Ambiente.

Além disso, parceria com o setor privado está sendo estudada para que o local possa vir a receber novamente os animais e abra para visitação ao público.

“O Zoonit é datado de 1938, ou seja, ainda mantinha uma estrutura antiga. Por conta disso, muita coisa precisou ser reconstruída. Mas já posso adiantar que a ampliação da veterinária e ambulatório para atender os animais, além da construção de dois banheiros para funcionários e a construção de uma cozinha utilizada por biólogos para preparação dos alimentos, já estão em fase adiantada e esperamos que no fim de abril esteja tudo pronto para recebermos a vistoria. Nesse primeiro momento vamos abrir para atender os órgãos públicos, como o 4º GMar, por exemplo, que muitas vezes resgatam animais feridos e não tem para onde levá-los”, disse Giselda.

Os recintos onde eram abrigados os animais excedentes, como micos, macacos pregos, iguanas e gaviões foram demolidos para a passagem de águas pluviais e para a construção dos banheiros e da cozinha. Por conta da demolição desses recintos, será necessária a construção de novos, que fazem parte da segunda etapa de obras.

“Vamos construir um setor de quarentena para onde serão enviados animais doentes para que não haja contaminação. Uma outra área para abrigar os animais excedentes, já que o espaço que tínhamos foi demolido para as atuais obras; além da remodelação de todos os recintos. Além das obras, pretendo montar uma nova equipe técnica, com veterinários e biólogos e toda a parte de equipamentos necessários será avaliado por essa nova equipe. Estes são os planos para a segunda etapa de obras, que pretendo realizar com recursos de iniciativas privadas, fator que já está sendo estudado. Já estou participando de reuniões com finalidade de conseguir patrocínios para que o Zoonit deixe de depender apenas da verba da prefeitura e possa voltar a receber os animais e o público para visitação”, declarou Giselda.

Presidente do zôo quer animais transferidos de volta- A situação dos animais, que foram transferidos para Brasília e São Paulo, além de criadouros particulares ainda está sendo definida na justiça. De acordo com Giselda, a denúncia de que eles maltratavam os animais não procede. Ela acredita, inclusive, que os animais sentem falta do ambiente onde viveram por anos.

“O leão Iuri, que há 8 anos foi abandonado pelo circo Sarrazany, em Itaboraí, chegou aqui em condições desumanas, muito debilitado, era pele e osso. Com três meses de tratamento intenso, transformamos ele em um leão lindo, o mais bonito do Zoonit, virou nosso xodó. Assim que foi transferido para Brasília, recebi a notícia de que ele foi sacrificado por conta de um carcinoma nos dentes. Fiquei arrasada com a notícia”.



O FLUMINENSE

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