sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Inea diz que falta de oxigênio na Lagoa de Maricá matou peixes

O trecho em questão possui uma lâmina d’água de aproximadamente 30 centímetros, o que favorece a completa depleção de oxigênio rapidamente



O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a causa da mortandade de peixes, predominantemente do tipo savelha, manjubinha e bagre, no último dia 20, nas lagoas de Araçatiba e Marinéia, em Maricá, foi a falta de oxigênio decorrente de causas diversas, tais como: a temperatura da água, que se encontrava bastante elevada, em torno de 28°C a 29°C às 8h, o que propiciou a perda de oxigênio da coluna d’água para a atmosfera. O trecho em questão possui uma lâmina d’água de aproximadamente 30 centímetros, o que favorece a completa depleção de oxigênio rapidamente.

O aumento significativo da população flutuante induz o aumento de carga orgânica para a lagoa, além da movimentação intensa de jet skis na lagoa, que provocou o revolvimento do fundo e a consequente demanda de oxigênio para oxidação da matéria orgânica.

O Inea, na próxima terça-feira, dia 28 de fevereiro, realizará nova vistoria e coleta de amostras nas lagoas do sistema lagunar de Maricá. À época, 20 funcionários da Prefeitura de Maricá com dois caminhões e duas retroescavadeiras foram mobilizados para retirar aproximadamente 50 toneladas de peixes mortos nas duas lagoas.

Para a prefeitura, a possibilidade de novas mortandades será cada vez menor com a concretização de projetos importantes em andamento. Um deles, em estudo junto à comunidade acadêmica, é o da implantação de um canal na Barra de Maricá dotado de eclusa capaz de aproveitar quando o mar estiver mais alto para fazer uma renovação da água das lagoas – como ocorreu após as enchentes de 2010. Também há investimento em soluções estruturais de longo prazo.

“Para os próximos três anos estão previstos investimentos de R$ 93 milhões apenas em tratamento de esgotos na cidade, dos quais R$ 33 milhões vindos pela segunda etapa do PAC e R$ 60 milhões da Petrobras como compensação pelo emissário submarino do Comperj”, adiantou o prefeito Washington Quaquá.





Fonte: O FLUMINENSE

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