Coca-Cola vai investir em uma nova fábrica no Brasil. O país receberá, ainda
este ano, uma planta de reciclagem de PET para produzir garrafas de PET, uma
tecnologia que a Coca-Cola já detém fora do país e que deve ser aprovada pela
Anvisa nos próximos meses. A planta deverá processar 25 mil toneladas dessa
resina plástica. A estimativa de investimento em uma fábrica desse porte oscila
entre US$ 12 milhões e US$ 15 milhões.
Depois de mais de seis anos em discussão, a proposta foi aprovada, em caráter
definitivo, no âmbito do Mercosul em dezembro. Mas os países têm 180 dias para
publicar a ata. Segundo José Mauro de Moraes, diretor de meio ambiente da
Coca-Cola, a expectativa é que a Anvisa publique a decisão, que aprova o uso de
PET reciclável para a fabricação de novas embalagens de alimentos e bebidas, nos
próximos dois meses. Antes da aprovação no Mercosul, a reutilização do material
para a fabricação de novas garrafas era proibida no bloco, ao contrário de
países como Estados Unidos, Alemanha e Áustria. O PET reciclado hoje só pode ser
usado para outros fins, como a produção de fibra de poliéster para indústria
têxtil e na fabricação de cordas e cerdas de vassouras e escovas.
O local da fábrica da Coca ainda não está definido. Com a nova planta, a
Coca-Cola deverá processar 25 mil toneladas de PET e, como o aproveitamento
médio é de 70%, produzirá 17,5 mil toneladas de resina para fazer novas
garrafas. Segundo dados da Associação Brasileira de Refrigerantes (Abir), o PET
representa 80% das embalagens de refrigerantes, o vidro 12% e a lata 7,9%.
A Coca-Cola vende embalagem reciclada em 17 países. Em agosto, a empresa
divulgou investimento de US$ 60 milhões na maior fábrica de reciclagem de PET do
mundo, na Carolina do Sul.
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