quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ibama concede licença prévia para Angra 3

O Ibama concedeu, no dia 23 de julho, licença prévia para implantação da usina nuclear Angra 3. A usina terá capacidade para gerar 1.350 MW, custará R$ 7,3 bilhões e tem previsão de término para 2014. O órgão, porém, colocou 60 condições para conceder a licença de construção da obra. As exigências foram consideradas pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, como "brutais".

A decisão sobre a retomada da construção de Angra 3 vinha sendo postergada há anos, através de sucessivos governos, causando graves prejuízos técnicos e econômicos ao país. A manutenção de equipamentos, que custaram US$ 750 milhões, vinham consumindo cerca de US$ 20 milhões por ano aos cofres públicos. Este é o empreendimento governamental mais debatido e estudado de que se tem notícia. O Clube de Engenharia sempre defendeu que não havia razão para postergar esta decisão.

A entidade tem participado ativamente da campanha pela retomada da usina, defendendo a medida através de seus órgãos de comunicação e da imprensa e sediando eventos do setor nuclear, como uma reunião pública sobre o empreendimento e seus impactos econômicos e sociais para o Rio de Janeiro, realizada em junho de 2007, em parceria com a Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben). O evento contou com palestra do presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva e do diretor Técnico da empresa, Luiz Soares. O evento reuniu mais de 400 pessoas no auditório do 25º andar do Edifício Edison Passos.
Segundo o assistente do presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, o Clube de Engenharia "tem representado papel de grande importância no processo de retomada de Angra 3".

– Além de promover debates, palestras temáticas, artigos técnicos e um número especial de sua revista sobre Angra 3, que muito tem contribuído para uma melhor entendimento da sociedade sobre a importância da energia nuclear para o desenvolvimento nacional, sediou também reunião pública específica sobre o licenciamento ambiental da Usina, que contou com grande audiência. A posição institucional do Clube favorável a energia nuclear no País constitui um apoio fundamental para todas as entidades nacionais que atuam no setor – destacou.

CONFIABILIDADE

O Clube também foi um dos fundadores do Fórum Pró-Angra 3, que promoveu campanha a favor da construção da usina nuclear.

Em almoço realizado no mês de abril, que contou com a presença do presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, com maciço comparecimento da imprensa, o presidente do Clube de Engenharia, Heloi Moreira, teve a oportunidade de defender em nome do Clube, mais uma vez, a retomada das obras de Angra 3.

Quando da aprovação da retomada das obras pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no dia 25 de junho passado, o presidente do Clube enviou telegrama ao presidente Lula cumprimentando-o pela decisão, "sempre defendida por nossa entidade".

– Acreditamos que a construção de Angra 3 aumentará a confiabilidade do sistema elétrico integrado e contribuirá para fortalecer o setor nuclear brasileiro, integrante de um seletíssimo grupo de países. Angra 3 é a uma opção econômica e ambientalmente correta para diversificar nossa matriz energética – escreveu Heloi.

Fonte: www.ClubedeEngenharia.org.br

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