A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (15) que a diretoria da empresa aprovou a contratação de novas 10 plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading) para as áreas do pré-sal na Bacia de Santos. Segundo a estatal, as duas primeiras unidades serão alugadas de terceiros, com a exigência de terem alto índice de conteúdo nacional. A capacidade de produção diária dessas plataformas será de 100 mil barris de óleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural, e serão instaladas durante os anos de 2013 e 2014 em áreas ainda a definir.
As outras oito unidades de produção serão propriedade da Petrobras e terão capacidade de produção diária de 120 mil barris de óleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural. Elas serão instaladas durante os anos de 2015 e 2016, com fabricação em série. Os cascos serão produzidos no dique-seco do Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, já alugado pela estatal pelo período de 10 anos. Os módulos de produção a serem instalados sobre os cascos serão definidos futuramente, após a implantação dos projetos pilotos e do teste de longa duração.
"Essas 10 FPSO irão operar em águas ultra-profundas, entre 2.400 e 3.000 metros de lâmina dágua, e serão destinadas ao início da implantação do sistema de produção definitivo na área do pré-sal da Bacia de Santos", segundo a companhia.
O gerente-executivo de Pré-Sal da Petrobras, José Formigli Filho, afirmou que a empresa vai lançar em outubro a licitação para a contratação dos dez navios-plataformas. Segundo o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, o fato das plataformas serem construídas em série reduz custos e agiliza a sua fabricação, o que é positivo para a estatal, que tem planos de crescimento de produção nos próximos anos.
Isenção de impostos - Almir Barbassa também revelou nesta segunda que o governo estuda reduzir ou isentar impostos para a fabricação de sondas petrolíferas no Brasil. Em maio, durante o lançamento da nova política industrial, o governo já havia reduzido impostos incidentes na construção de navios e plataformas destinados à exploração de petróleo. Barbassa lembra que em maio, quando o governo lançou o incentivo fiscal, não havia produção de sondas no Brasil.
"Agora existe uma demanda muito grande. Serão 28 sondas para serem construídas até 2017", afirmou Barbassa que participou do Brazilian Norwegian Estrategic Partnership, no Hotel Sofitel, em Copacabana. Segundo ele, todas as 28 sondas serão destinadas a águas profundas, especialmente para o desenvolvimento de reservas da camada do pré-sal (localizada abaixo do leito marinho). O estudo para isenção de impostos na fabricação de sondas vem sendo debatido pelo governo com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) e com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). (Fonte: Estadão Online)
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