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Texto de: Kelly Oliveira
BRASÍLIA (Agência Brasil), 14 de maio - Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) inciaram nesta segunda-feira (14) greve por tempo indeterminado. Eles querem que o governo desista da Medida Provisória 366/07, que estabelece a divisão do órgão ambiental com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
“O que a gente espera é que o governo retire essa medida provisória e venha discutir essa reforma na área ambiental. Porque da forma que ela foi imposta, sem nenhuma discussão prévia, os servidores não aceitam. A nossa proposta é que se fortaleça o Ibama”, argumentou o presidente da Associação Nacional dos Servidores do Ibama, Jonas Corrêa.
Ele acrescentou que a medida provisória “quebra a unicidade da gestão ambiental”. “O Ibama, quando foi criado em 1989, foi criado como pressão da sociedade para que o meio ambiente fosse tratado como um todo”, disse.
Corrêa prevê que até a próxima quarta-feira (16), 100% dos 6,4 mil servidores do Ibama entrem em greve. Atualmente, segundo ele, estão paralisadas as atividades do órgão no Distrito Federal, Amazonas, Paraná e Sergipe. Segundo o presidente da associação, os servidores dos outros estados ainda estão organizando as atividades de paralisação.
Nesta manhã, os trabalhadores fizeram uma manifestação em frente à sede do Ibama, em Brasília, na qual discutiram como serão feitas manifestações contra a medida provisória. Em Brasília, eles pretendem chamar a atenção da sociedade com a entrega de manifestos em shopping centers, rodoviária, além de conversar com parlamentares no Congresso Nacional.
Nas primeiras horas da manifestação, a Polícia Federal esteve presente para garantir a entrada de servidores que quisessem trabalhar, mas não houve nenhum tumulto. “Não precisamos fazer piquete. Os servidores estão muito conscientes”, disse o presidente da associação.
Segundo Corrêa, ainda não foi agendada nenhuma reunião com o governo para discutir sobre a greve. A direção do Ibama ainda não se manifestou.
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