Cerca de 400 trabalhadores rurais do MST liberaram a passagem na praça de pedágio da BR-116, no município de Correa Pinto (região das Lajes), em protesto pela Reforma Agrária e contra as mudanças no código ambiental em Santa Catarina, nesta sexta-feira (17/4). A ato começou às 9h e terminou por volta das 16h.
A ação faz parta da Jornada de Lutas do MST, que faz ações em todo o país em memória aos 19 mortos no Massacre de Eldorado de Carajás. "Defendemos a realização da Reforma Agrária e estamos contra a flexibilização da legislação ambiental no estado", afirma Andréia Borges, integrante da coordenação nacional do MST.
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou neste mês um projeto que diminui a área de preservação ao longo de rios e cursos de água no Estado. A proposta recebeu críticas de ambientalistas e do ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, que entendem que a nova regulamentação põe em risco matas ciliares e pode contribuir para enchentes e soterramentos.
"A mudança no código é apoiada e sustentada pelo agronegócio, que quer fazer do nosso estado um laboratório para todo o país. Isso causará um desastre ambiental sem precedentes", avalia Andréia.
Os manifestantes protestam também contra a privatização das rodovias no estado. "A população está apoiando o nosso protesto, porque essa é a primeira praça de pedágio em Santa Catarina", comenta.
O pedágio fica na região do assentamento Pátria Livre e terá um impacto negativo para os pequenos agricultores. "Os pedágios são um dos principais entraves para a pequena agricultura. Encarecem a distribuição dos produtos agrícolas, prejudicando camponeses e os consumidores nas cidades", explica.
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