segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Horário de verão começa à meia-noite de sábado em três regiões do país
Medida vale para o Sul, Sudeste e Centro Oeste e população tem que adiantar seus relógios em uma hora. Este ano, estado da Bahia planeja aderir, porém, população rejeita proposta
A partir do próximo domingo, brasileiros que vivem nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão que adiantar seus relógios em uma hora. A data está marcada para o início do horário de verão, que vai até 17 de fevereiro de 2013.
Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, durante a vigência do horário diferenciado está prevista uma redução média de 5% no consumo no horário de pico, que vai das 18h às 21h.
A Bahia chegou a estudar a possibilidade de aderir ao horário de verão, mas, devido ao alto grau de rejeição da população à medida, o governador Jaques Wagner (PT) decidiu que a Bahia seguirá o horário convencional adotado em toda a Região Nordeste. Uma pesquisa do governo mostrou que 75% da população baiana são contrários ao horário diferenciado.
O horário de verão é adotado em função do aumento da demanda por energia nesta época do ano, resultante do calor e do crescimento da produção da indústria com a aproximação do Natal. O Norte e Nordeste não aderem à mudança, porque o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avaliou que a economia nesses mercados é pouco expressiva, e não justifica a participação.
Saiba porque estados do Norte e Nordeste não aderem ao horário de verão- Além da economia pouco expressiva de energia, os estados do Norte e Nordeste não aderem ao horário porque sua posição geográfica não favorece um aproveitamento maior da luz natural no verão, como ocorre nas demais áreas. De acordo com o ministério, por estarem mais próximos da linha do Equador, nesses locais incidem menos raios de luz ao longo do dia nos meses de verão.
Cronologia do horário de verão- A vigência do horário de verão começa à meia-noite de sábado, dia 20. Desde 2008, a aplicação do horário diferenciado é regulamentada pelo Decreto n° 6.558, que fixou datas para o início e término. O começo é sempre no terceiro domingo de outubro, e o fim, no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente. Se a data coincidir com o domingo de carnaval, o encerramento é transferido para o domingo seguinte.
Agência Brasil e O FLUMINENSE
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Fechado o último lixão que poluía a Baía de Guanabara
O lixão de Guapimirim, situado às margens da Baía de Guanabara, foi o último a ser desativado. Agora, o lixo de Guapimirim irá para o aterro sanitário de Itaboraí
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, desativaram, nesta terça-feira o lixão do município de Guapimirim. A área, de 60 mil metros quadrados e que funcionava desde 1985, recebia diariamente cerca de 35 toneladas de resíduos por dia e despejava litros de chorume em rios que desembocam na baía. Agora, o lixo de Guapimirim irá para o aterro sanitário de Itaboraí.
O lixão de Guapimirim é o último situado às margens da Baía de Guanabara a ser fechado. Desde o início do ano, com a entrada em funcionamento das Centrais de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica, São Gonçalo e Belford Roxo, os depósitos de Gramacho, Babi e Itaóca também foram desativados. Situado em meio à vegetação de Mata Atlântica, espaço agora ganhará plano de recuperação.
Fonte : O Fluminense
Cedae: 200 imóveis de classe média da Barra e do Recreio jogam esgoto nas lagoas
Dois decretos estaduais determinam que é responsabilidade dos proprietários fazer a ligação da tubulação interna de seu imóvel à rede pública
RIO - Duzentos prédios e casas de classe média ajudam a poluir as Lagoas da Tijuca, na região onde ficará o Parque Olímpico dos Jogos de 2016. Levantamento feito pela Cedae e enviado à Secretaria estadual do Ambiente mostra que a falta de consciência ambiental não tem fronteiras: todas as residências do local, de alto padrão, contam com rede coletora de esgoto passando perto de sua porta. Dois decretos estaduais determinam que é responsabilidade dos proprietários fazer a ligação da tubulação interna de seu imóvel à rede pública. Entre os imóveis que despejam esgoto in natura que O GLOBO visitou há duas semanas, está um edifício de luxo com oito apartamentos, no Recreio, uma igreja e um centro social, na Barra.
— Há o “gato” de água e, nesse caso, temos o porco, que descumpre a lei e ajuda a poluir as lagoas da Barra e de Jacarepaguá — critica o presidente da Cedae, Wagner Victer. — Fazer a ligação à rede (de esgoto) não é uma questão de atender à vontade dos órgãos públicos, mas de lei, de respeito à coletividade.
De acordo com cálculo feito pelo engenheiro sanitarista e professor da Uerj Gandhi Giordano, nada menos do que 600 mil litros de esgoto são despejados por dia no meio ambiente por esses imóveis. A estimativa foi feita considerando-se um universo em que 70% dos imóveis são casas e 30%, pequenos prédios de quatro andares, perfil semelhante ao das moradias investigadas pela Cedae. Para dar uma ideia do problema, é como se 75 caminhões do tipo limpa-fossa, cheios de esgoto, fossem todos os dias para o fundo das lagoas da Tijuca e de Marapendi.
— É muita carga orgânica sendo despejada principalmente na Lagoa de Marapendi. Esses moradores querem segurança, justiça, iluminação. Mas por que não pagar pelo tratamento de esgoto? Quanto vale a lagoa limpa? — observa Giordano.
O síndico do edifício 115 da Rua Paulo Antunes Ribeiro, no Recreio, que se identificou só como Joseph, limitou-se a justificar o fato, alegando que seu prédio tem fossa séptica. Ele admitiu que nunca pagou por água e esgoto, além de dizer que se ligar à rede é um serviço “caro”.
— O prédio existe há 20 anos e nunca recebi qualquer notificação da Cedae. Já vieram aqui, fizeram as mesmas perguntas que você está fazendo e nada. Nós pegamos a água de um poço artesiano. E o esgoto vai para um sumidouro, que limpamos a cada seis meses. É o tratamento adequado. E mais barato do que fazer a ligação com a rede — afirmou o síndico.
Ligação custa até R$ 30 mil
De acordo com a Cedae, 80% das ruas da Barra estão conectadas à rede de esgoto. No Recreio, o percentual está em torno de 70%. Uma ligação à rede pública custa de R$ 6 mil a R$ 30 mil, dependendo da complexidade da rede, do tamanho da construção e do número de pessoas que vivem no local. Duas legislações estaduais tratam da questão. Uma delas é o decreto 553, de 1976, que regulou os serviços da Cedae. No artigo 6º, ele diz que “as ligações de qualquer canalização à rede pública de água ou esgoto sanitário serão executadas privativamente pela Cedae e custeadas pelo interessado”. A outra é o decreto 41.310, de maio de 2008, que deu prazo de 60 dias para que condomínios e edificações do Estado do Rio se conectassem à rede de esgoto das operadoras dos serviços de saneamento básico.
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, contabiliza nove operações de fiscalização na região, com multa e colocação de uma “rolha ecológica” — tampa de concreto que fecha a tubulação clandestina — em um ano e meio. As multas variam de R$ 30 mil a R$ 45 mil. Perguntado sobre a eficácia das ações pontuais, diante da grande quantidade de infratores, Minc defendeu as operações, garantindo que elas produzem efeito imediato:
— No dia seguinte, dezenas de pessoas ligam para a Cedae querendo se conectar. É eficiente. Esses condomínios há 20 anos pedem o saneamento de Barra, Recreio e Jacarepaguá. Agora que investimos R$ 650 milhões em saneamento, alguns ainda se recusam a se conectar à rede, que passa ao lado. É um absurdo.
Fonte: O Globo
terça-feira, 7 de agosto de 2012
AMBIENTE DEMOLE CASA EM ÁREA PROTEGIDA EM PIRATININGA 02/ 08/ 2012
Uma casa em construção foi demolida hoje (02/08) em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói, pela Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão da Secretaria de Estado do Ambiente). A casa estava sendo erguida em faixa marginal de proteção (FMP) do canal do Camboatá, que liga as lagoas de Piratininga e Itaipu. A operação teve apoio do Batalhão Florestal e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
A residência estava sendo erguida em área não edificante às margens do Canal do Camboatá, que faz parte do complexo lagunar de Piratininga, que será palco, a partir de setembro, de obras de dragagem e recuperação ambiental da SEA e do Inea. Moradores da região elogiaram a operação da Cicca, já que existiam fundações de outra casa a ser erguida no local.
O proprietário da residência em construção, Enivaldo Souto Medeiros, havia recebido, em março de 2011, notificação do Inea por causa da ilegalidade da obra, determinando sua demolição. Como o proprietário não cumpriu a determinação, a Cicca acabou promovendo hoje a demolição do imóvel em construção. Além disso, Enivaldo foi multado em R$ 34 mil por crime ambiental.
Segundo o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone, a SEA entrará com uma ação civil pública contra Enivaldo, obrigando-o a arcar com os custos da demolição. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, elogiou a operação, afirmando que as ações de combate aos crimes ambientais vão continuar na região.
“Estamos empenhados em combater os degradadores do meio ambiente. Se a casa em construção não fosse derrubada, outras acabariam se espalhando pelas faixas de proteção do complexo lagunar”, disse Minc.
No local, os agentes policiais encontraram material para consumo crack, como cachimbos. Assim, além do risco da área de proteção ambiental ser loteada aos poucos, caso a primeira casa em construção não fosse derrubada, moradores vizinhos temiam que se formasse ali um ponto para consumo de drogas.
Caminhões e retroescavadeira foram usados na demolição. Foi apreendido também o cavalo de Enivaldo, que estava impedindo a regeneração da vegetação local, ao pastar no local. O cavalo foi apreendido e levado para um curral legalizado em Itambi, distrito de Itaboraí.
Fonte: INEA
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Projeto de construção de recifes ganha mais força em Piratininga
Prefeitura admite estudar implantação de estrutura submersa, que além do baixo custo de manutenção, diminuiria os impactos das ressacas na orla. Medida custaria R$ 4 milhões
No dia 31 de maio de 2011 uma forte ressaca destruiu parte do calçadão da Praia de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. Pouco mais de um ano após o incidente, o local permanece danificado, preocupando banhistas e moradores. A Prefeitura de Niterói oficializou no dia 12 de junho, o cancelamento da licitação para a execução das obras de contenção no calçadão, que de acordo com a Empresa Municipal de Moradia Urbanização e Saneamento (Emusa), se deve ao fato de ter havido várias licitações sem que nenhuma empresa interessada tenha aparecido. Segundo a Prefeitura, com as últimas ressacas, a areia está se movimentando e foi necessária uma nova avaliação. Por isso, o projeto está sendo refeito e assim que estiver concluído haverá nova licitação.
Enquanto o problema não se resolve, diferentes propostas de solução são apresentadas. Entre elas ganha força o projeto de construção de recifes artificiais em Piratininga, da ONG Preammar (Preservação Ambiental, Marinha e Ações Renováveis), que entre outras vantagens, diminuiria o impacto das ressacas. De acordo com o coordenador da ONG, Jefferson Ferreira França Júnior, a medida que custaria cerca de R$ 4 milhões, consiste em implantar um estrutura submersa, a aproximadamente 200 metros da praia, feita de um material chamado geotêxtil - usado há mais de 30 anos no Brasil - que serviriam de substrato para o desenvolvimento da fauna e flora típicas dos ambientes rochosos e anteciparia a quebra das ondas.
“Algumas medidas podem ser tomadas, mas a nossa, nós entendemos que é a que traz a maior relação custo-benefício, não só de implantação, de manutenção, mas também pelos benefícios que ela agrega, pela sua multifuncionalidade.” defende Jefferson.
Outra vantagem é que a implantação dos recifes dispensaria canteiros de obras e interdição de praia. A Prefeitura de Niterói informou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade está estudando a implantação do projeto.
domingo, 22 de julho de 2012
Perigo para os banhistas das praias de Itaipu e Camboinhas
Tráfego intenso de jet skis em alta velocidade, desrespeitando as normas da Capitania dos Portos, tem se tornado comum e preocupa as pessoas que frequentam o canal
O Canal de ligação entre a Lagoa de Itaipu e as praias de Itaipu e Camboinhas é reduto de escolas de surfe, bem como uma das principais opções de lazer para os habitantes da região. Entretanto, segundo comerciantes, o tráfego de jet skis em alta velocidade pelo local tem se tornado comum, o que tem preocupado banhistas e frequentadores das proximidades.
“Venho por aqui há um ano e meio, trago meus dois filhos todo final de semana, mas fico muito apreensivo porque muitos passam intensamente e correndo. Os guarda-vidas, muitas vezes, quando veem, orientam as pessoas a saírem da água para não ocorrer um acidente grave”, protestou o engenheiro Márcio Curi, de 34 anos.
Procurada, a Capitania dos Portos do Rio (CPRJ) informou, por meio de nota, que realiza nas praias de Itaipu e Camboinhas, bem como na saída do Canal de ligação entre as mesmas e a Lagoa de Itaipu, “frequentes ações de fiscalização”.
“Para utilizar uma moto aquática, o condutor maior de 18 anos precisa ter a carteira de habilitação de motonauta. Quando identificado qualquer tipo de irregularidade, o responsável é notificado e autuado, sendo sujeito a multa pecuniária e penalidades administrativas que vão de suspensão temporária à cassação definitiva da habilitação para condução de embarcações”, esclareceu a assessoria da CPRJ.
A Capitania detalhou, ainda, que de acordo com as Normas da Autoridade Marítima, as embarcações exercendo suas atividades nas proximidades de praias do litoral, dos lagos, lagoas e rios devem respeitar os limites impostos para navegação, de modo a resguardar a integridade física dos banhistas, considerando, como linha base, a linha de arrebentação das ondas; ou, no caso de lagos e lagoas, onde se inicia o espelho d’água.
Para cumprimento dessa regulação, o órgão estabelece como limites, em localidades com frequência de banhistas, a permissão de tráfego a partir de 100 metros da linha base para embarcações utilizando propulsão a remo ou à vela, bem como de 200 metros para barcos de propulsão a motor, reboque de esqui aquático, para-quedas e de painéis de publicidade.
“As embarcações podem se aproximar para embarque ou desembarque de pessoal ou neste caso, a aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com velocidade não superior a três nós, em área sem a presença de banhista”, ponderou o comunicado da CPRJ.
Para denúncias sobre infração dessas determinações, a Capitania dos Portos disponibiliza o e-mail ouvidoria@cprj.mar.mil.br e o telefone 2233-8412 para atender a população sobre embarcação em situação que comprometa a segurança de banhistas.
Fonte: O FLUMINENSE
terça-feira, 17 de abril de 2012
Rio+20 é tema de debate
Ministra e diretor da ONU tiveram reunião
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, reuniram-se na última segunda-feira em um debate sobre governança ambiental no âmbito da Conferência das Nações Unidas (ONU) Rio+20, que ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Para a ministra, o principal objetivo do encontro foi discutir formas de fortalecer o Pnuma. “O governo brasileiro vem promovendo alguns diálogos sobre os grandes temas da Rio+20. Convidamos o senhor Steiner para falar sobre governança ambiental e desenvolvimento sustentável e temos a expectativa de que isso possa gerar insumos sobre debate a respeito do desafio da governança ambiental no Brasil”.
Para Achim Steiner, a Rio+20 deve fugir dos debates teóricos e buscar metas concretas se não quiser fracassar em seu objetivo. “Não precisamos de uma conferência para apenas reafirmar o que foi acordado na [Conferência das Nações Unidas] Rio 92. Isso representaria um fracasso para a geração de 1992 e para as gerações futuras. Continuamos a falar de desenvolvimento sustentável e das mudanças que devemos fazer como se fossem para o futuro e isso tem custado muito ao planeta. O futuro já chegou”, declarou o funcionário da ONU.
Entretanto, apesar de todo o ceticismo de especialistas a respeito da capacidade da Rio+20 de provocar mudanças, o evento é uma “oportunidade extraordinária para a história do multilateralismo e para o desenvolvimento sustentável”.
Steiner aposta na diplomacia e na influência mundial do Brasil para ajudar os demais países a adotar metas mais ambiciosas, que nem sempre são fáceis de ser acordadas em um momento de crise econômica. “Trata-se de um momento difícil para uma conferência sobre desenvolvimento sustentável. Mas acredito que o Brasil irá inspirar e motivar os demais [países] na construção de uma agenda que realmente traduza o futuro que queremos”.
Izabella Teixeira informou que outras reuniões prévias da Rio+20 vão ocorrer em maio.
‘Felicidade’ pode ser discutida na conferência
Entidades da sociedade civil internacionais e brasileiras estão se mobilizando para inserir o tema felicidade na agenda de debates da Rio+20. Essa inserção, entretanto, tem um propósito específico, segundo afirmou ontem o criador do movimento não governamental Mais Feliz, Mauro Motoryn. “Mais do que a medição de um índice, [queremos] é o estabelecimento de políticas públicas baseadas na felicidade do cidadão”, declarou.
O tema será abordado pelo Senado, no dia 26, em audiência pública a ser realizada pela Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20 e do Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas, que integra a Comissão de Relações Exteriores. Participarão do evento o Movimento Mais Feliz, a Fundação Getulio Vargas e representantes de entidades da sociedade civil envolvidas com a Rio+20.
A proposta de transformação da felicidade em política pública está tramitando no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 19/2010, cujo relator é o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Mauro Motoryn acredita que a PEC irá a plenário até junho.
“A PEC tem plenas condições de ser aprovada. No começo, todo mundo questionava [o debate sobre] a felicidade, mas hoje é uma questão de editorial na mídia mundial, [que está] nas articulações dos grandes pensadores da economia comportamental e em instituições de Harvard e na Fundação Getulio Vargas”, disse.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, reuniram-se na última segunda-feira em um debate sobre governança ambiental no âmbito da Conferência das Nações Unidas (ONU) Rio+20, que ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Para a ministra, o principal objetivo do encontro foi discutir formas de fortalecer o Pnuma. “O governo brasileiro vem promovendo alguns diálogos sobre os grandes temas da Rio+20. Convidamos o senhor Steiner para falar sobre governança ambiental e desenvolvimento sustentável e temos a expectativa de que isso possa gerar insumos sobre debate a respeito do desafio da governança ambiental no Brasil”.
Para Achim Steiner, a Rio+20 deve fugir dos debates teóricos e buscar metas concretas se não quiser fracassar em seu objetivo. “Não precisamos de uma conferência para apenas reafirmar o que foi acordado na [Conferência das Nações Unidas] Rio 92. Isso representaria um fracasso para a geração de 1992 e para as gerações futuras. Continuamos a falar de desenvolvimento sustentável e das mudanças que devemos fazer como se fossem para o futuro e isso tem custado muito ao planeta. O futuro já chegou”, declarou o funcionário da ONU.
Entretanto, apesar de todo o ceticismo de especialistas a respeito da capacidade da Rio+20 de provocar mudanças, o evento é uma “oportunidade extraordinária para a história do multilateralismo e para o desenvolvimento sustentável”.
Steiner aposta na diplomacia e na influência mundial do Brasil para ajudar os demais países a adotar metas mais ambiciosas, que nem sempre são fáceis de ser acordadas em um momento de crise econômica. “Trata-se de um momento difícil para uma conferência sobre desenvolvimento sustentável. Mas acredito que o Brasil irá inspirar e motivar os demais [países] na construção de uma agenda que realmente traduza o futuro que queremos”.
Izabella Teixeira informou que outras reuniões prévias da Rio+20 vão ocorrer em maio.
‘Felicidade’ pode ser discutida na conferência
Entidades da sociedade civil internacionais e brasileiras estão se mobilizando para inserir o tema felicidade na agenda de debates da Rio+20. Essa inserção, entretanto, tem um propósito específico, segundo afirmou ontem o criador do movimento não governamental Mais Feliz, Mauro Motoryn. “Mais do que a medição de um índice, [queremos] é o estabelecimento de políticas públicas baseadas na felicidade do cidadão”, declarou.
O tema será abordado pelo Senado, no dia 26, em audiência pública a ser realizada pela Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Rio+20 e do Regime Internacional sobre Mudanças Climáticas, que integra a Comissão de Relações Exteriores. Participarão do evento o Movimento Mais Feliz, a Fundação Getulio Vargas e representantes de entidades da sociedade civil envolvidas com a Rio+20.
A proposta de transformação da felicidade em política pública está tramitando no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 19/2010, cujo relator é o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Mauro Motoryn acredita que a PEC irá a plenário até junho.
“A PEC tem plenas condições de ser aprovada. No começo, todo mundo questionava [o debate sobre] a felicidade, mas hoje é uma questão de editorial na mídia mundial, [que está] nas articulações dos grandes pensadores da economia comportamental e em instituições de Harvard e na Fundação Getulio Vargas”, disse.
Secretaria de Meio Ambiente aposta em economia verde no Rio de Janeiro
Minc lista projetos para o desenvolvimento sustentável no estado. Centro de pesquisa voltado à economia verde é listado como iniciativa para impulsionar segmento
Os projetos da Secretaria de Estado do Ambiente para impulsionar a economia verde no Rio de Janeiro foram listados na última segunda-feira pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, em reunião do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para discutir a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, a ser realizada em junho.
“Quando falamos de sustentabilidade, a turma do setor produtivo logo se assusta. Economia verde não é contra desenvolvimento, pelo contrário. É contra o crescimento desenfreado e predatório. O Rio de Janeiro é o estado que mais atrai investimento e o que menos desmatou no ano passado, além de duplicar suas áreas protegidas municipais, de 101 mil para 209 mil hectares”, afirmou Minc.
Ações como a Bolsa Verde (BVRio) e o Distrito Verde, área que abrigará empresas voltadas à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, na Ilha de Bom Jesus, próximo ao parque tecnológico da UFRJ, no Fundão, foram listadas como iniciativas para impulsionar a economia verde no estado.
“O Rio será pioneiro em distritos verdes no país. Depois da Ilha de Bom Jesus, que tem área de 240 mil metros quadrados e abrigará dez empresas, como a L´oreal e a GE, estamos negociando a instalação em Itaguaí de um segundo distrito verde, que vai trabalhar energias renováveis. Já temos duas indústrias interessadas no segundo distrito: uma das maiores empresas chinesas de energia eólica e outra espanhola, de energia solar”, disse Minc.
Os locais terão certificação LEED – selo internacional de sustentabilidade –, as ruas serão pavimentadas com asfalto borracha e a iluminação feita com lâmpadas de LED, que consomem menos energia. As construções terão sistema de tratamento de esgoto e reaproveitamento de água da chuva. Segundo Minc, a BVRio é o local de negociações de ativos ambientais que concentrará suas atividades no desenvolvimento dos seguintes ativos: créditos de carbono, efluentes industriais da Baía da Guanabara, reposição florestal relativa à reserva legal, reposição de supressão de vegetação e em créditos de logística reversa e reciclagem. “A BVRio permite baratear o custo dos créditos de carbono. Quem precisa de determinados ativos ambientais pode comprar de quem os possui”, disse.
Os projetos da Secretaria de Estado do Ambiente para impulsionar a economia verde no Rio de Janeiro foram listados na última segunda-feira pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, em reunião do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para discutir a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, a ser realizada em junho.
“Quando falamos de sustentabilidade, a turma do setor produtivo logo se assusta. Economia verde não é contra desenvolvimento, pelo contrário. É contra o crescimento desenfreado e predatório. O Rio de Janeiro é o estado que mais atrai investimento e o que menos desmatou no ano passado, além de duplicar suas áreas protegidas municipais, de 101 mil para 209 mil hectares”, afirmou Minc.
Ações como a Bolsa Verde (BVRio) e o Distrito Verde, área que abrigará empresas voltadas à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, na Ilha de Bom Jesus, próximo ao parque tecnológico da UFRJ, no Fundão, foram listadas como iniciativas para impulsionar a economia verde no estado.
“O Rio será pioneiro em distritos verdes no país. Depois da Ilha de Bom Jesus, que tem área de 240 mil metros quadrados e abrigará dez empresas, como a L´oreal e a GE, estamos negociando a instalação em Itaguaí de um segundo distrito verde, que vai trabalhar energias renováveis. Já temos duas indústrias interessadas no segundo distrito: uma das maiores empresas chinesas de energia eólica e outra espanhola, de energia solar”, disse Minc.
Os locais terão certificação LEED – selo internacional de sustentabilidade –, as ruas serão pavimentadas com asfalto borracha e a iluminação feita com lâmpadas de LED, que consomem menos energia. As construções terão sistema de tratamento de esgoto e reaproveitamento de água da chuva. Segundo Minc, a BVRio é o local de negociações de ativos ambientais que concentrará suas atividades no desenvolvimento dos seguintes ativos: créditos de carbono, efluentes industriais da Baía da Guanabara, reposição florestal relativa à reserva legal, reposição de supressão de vegetação e em créditos de logística reversa e reciclagem. “A BVRio permite baratear o custo dos créditos de carbono. Quem precisa de determinados ativos ambientais pode comprar de quem os possui”, disse.
terça-feira, 10 de abril de 2012
SACOLAS PLÁSTICAS
O setor de supermercados deixará de gastar em torno de R$ 500 milhões anuais, com o fim do fornecimento de sacolas plásticas para os consumidores, a partir de 3 de abril.
Mas que ninguém pense que isto reverterá em alguma economia para o consumidor final.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Sussumu Honda, destaca que as despesas com as sacolas são irrisórias perante o faturamento do setor, impossibilitando oferecer alguma redução sensível nos preços dos produtos.
Depois das sacolas plásticas nos supermercados, a bola da vez será a caixa de papelão que também estão em projeto de escassez de fornecimento pelos mercados.
As pobres redes de hipermercados agora venderão as sacolinhas para o abastado povo brasileiro. Que vergonha!
Mas que ninguém pense que isto reverterá em alguma economia para o consumidor final.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Sussumu Honda, destaca que as despesas com as sacolas são irrisórias perante o faturamento do setor, impossibilitando oferecer alguma redução sensível nos preços dos produtos.
Depois das sacolas plásticas nos supermercados, a bola da vez será a caixa de papelão que também estão em projeto de escassez de fornecimento pelos mercados.
As pobres redes de hipermercados agora venderão as sacolinhas para o abastado povo brasileiro. Que vergonha!
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Dez dicas para evitar a Síndrome do Olho Seco
O uso do computador por longos períodos, no trabalho, na hora do estudo ou nos momentos de lazer, fez crescer a incidência do Síndrome do Olho Seco: ela acomete entre 50% e 90% das pessoas que passam muito tempo diante da máquina, especialmente aquelas que ficam em ambientes com ar-condicionado. Não por acaso, ela é chamada também de Síndrome da Visão de Computador.
O probelma pode causar cansaço físico, declínio da produtividade, aumento de erros e, muito frequentemente, problemas na visão, que vão de coceira nos olhos até irritações graves.
— A pessoa que fixa os olhos no monitor por muito tempo acaba piscando menos e ressecando os olhos. Como as lágrimas são essenciais para a saúde dos olhos, outros problemas podem surgir, comprometendo a visão — diz o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, de São Paulo.
Ele tem uma série de dicas para ajudar a evitar a síndrome:
— Evite o excesso de iluminação: no ambiente de trabalho, o ideal é reduzi-la pela metade quando estiver no computador. Em ambientes com iluminação natural, controle a claridade com as cortinas ou persianas. E, de preferência, posicione sua estação de trabalho de modo que a luz incida lateralmente sobre ela.
— Instale uma tela antirreflexo no monitor e dê preferência a tons pastéis e focos nas paredes. O brilho excessivo, produzido pela tela do computador e por superfícies planas, cansa os olhos.
— Escolha telas com pelo menos 19 polegadas, se possível, que dão maior sensação de conforto aos olhos.
— Ajuste o monitor sempre que julgar necessário, em termos de brilho, tamanho, definição, contraste e cor. O fundo da tela não deve ser nem tão claro nem tão escuro, o tamanho das letras deve ser tal que não requeira esforço na hora da leitura e o contraste deve ser confortável para os olhos. Aliás, conforto é a palavra de ordem.
— Dê preferência a monitores de LCD, que cansam menos a vista, por já virem com superfície antirreflexo e terem melhor definição de imagens.
— Pisque, pisque bastante. “Piscar é um santo remédio para a vista cansada e pode evitar crises de olho seco, já que, ao piscar, você lubrifica os olhos e previne também a irritação ocular. Quando estiver trabalhando ou estudando diante do computador, procure parar um pouco para piscar várias vezes seguidas, olhar para longe e para os lados, e só depois volte ao trabalho. Faça isso várias vezes ao dia”, diz o médico.
— Faça pausas longas a cada duas horas de uso do computador. Assim, você poderá descansar a vista, relaxar o pescoço, alongar o corpo, esticar as pernas, beber água e depois voltar com mais disposição, e olhos descansados, ao trabalho.
— Pense em ergonomia: quando estiver passando para o computador um texto escrito ou impresso em papel, acomode-o ao lado do monitor, direcionando uma luminária para as páginas, mas sem deixar que ela reflita muito brilho de volta para os olhos. E, enquanto trabalha, certifique-se de que o centro da tela está pouco abaixo da linha dos olhos. Caso não esteja, considere aumentar a altura da tela pondo alguns livros, por exemplo, sob o monitor.
— Consulte seu oftalmologista a respeito do uso de óculos apropriados para trabalhar no computador. E, se já usar óculos, esteja certo de que eles têm lentes antirreflexo.
— Faça um check up dos olhos uma vez ano. A dica é válida principalmente para quem tem mais de 40 anos, problemas de visão ou histórico familiar de quadro de olho seco.
Fonte: O Globo
O probelma pode causar cansaço físico, declínio da produtividade, aumento de erros e, muito frequentemente, problemas na visão, que vão de coceira nos olhos até irritações graves.
— A pessoa que fixa os olhos no monitor por muito tempo acaba piscando menos e ressecando os olhos. Como as lágrimas são essenciais para a saúde dos olhos, outros problemas podem surgir, comprometendo a visão — diz o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, de São Paulo.
Ele tem uma série de dicas para ajudar a evitar a síndrome:
— Evite o excesso de iluminação: no ambiente de trabalho, o ideal é reduzi-la pela metade quando estiver no computador. Em ambientes com iluminação natural, controle a claridade com as cortinas ou persianas. E, de preferência, posicione sua estação de trabalho de modo que a luz incida lateralmente sobre ela.
— Instale uma tela antirreflexo no monitor e dê preferência a tons pastéis e focos nas paredes. O brilho excessivo, produzido pela tela do computador e por superfícies planas, cansa os olhos.
— Escolha telas com pelo menos 19 polegadas, se possível, que dão maior sensação de conforto aos olhos.
— Ajuste o monitor sempre que julgar necessário, em termos de brilho, tamanho, definição, contraste e cor. O fundo da tela não deve ser nem tão claro nem tão escuro, o tamanho das letras deve ser tal que não requeira esforço na hora da leitura e o contraste deve ser confortável para os olhos. Aliás, conforto é a palavra de ordem.
— Dê preferência a monitores de LCD, que cansam menos a vista, por já virem com superfície antirreflexo e terem melhor definição de imagens.
— Pisque, pisque bastante. “Piscar é um santo remédio para a vista cansada e pode evitar crises de olho seco, já que, ao piscar, você lubrifica os olhos e previne também a irritação ocular. Quando estiver trabalhando ou estudando diante do computador, procure parar um pouco para piscar várias vezes seguidas, olhar para longe e para os lados, e só depois volte ao trabalho. Faça isso várias vezes ao dia”, diz o médico.
— Faça pausas longas a cada duas horas de uso do computador. Assim, você poderá descansar a vista, relaxar o pescoço, alongar o corpo, esticar as pernas, beber água e depois voltar com mais disposição, e olhos descansados, ao trabalho.
— Pense em ergonomia: quando estiver passando para o computador um texto escrito ou impresso em papel, acomode-o ao lado do monitor, direcionando uma luminária para as páginas, mas sem deixar que ela reflita muito brilho de volta para os olhos. E, enquanto trabalha, certifique-se de que o centro da tela está pouco abaixo da linha dos olhos. Caso não esteja, considere aumentar a altura da tela pondo alguns livros, por exemplo, sob o monitor.
— Consulte seu oftalmologista a respeito do uso de óculos apropriados para trabalhar no computador. E, se já usar óculos, esteja certo de que eles têm lentes antirreflexo.
— Faça um check up dos olhos uma vez ano. A dica é válida principalmente para quem tem mais de 40 anos, problemas de visão ou histórico familiar de quadro de olho seco.
Fonte: O Globo
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Harvard lança sinal de alerta para a carne vermelha
Pesquisas mostram aumento do risco de doenças crônicas devido ao consumo exagerado deste tipo de proteína
- Alimento de reconhecido valor nutritivo, a carne vermelha é fonte de proteína, ferro e vitaminas. Mas o aumento de seu consumo, possibilitado pelo crescimento da renda e a queda dos preços, desperta a preocupação de especialistas. Um estudo divulgado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard no início de março mostrou que a ingestão diária do alimento aumenta as chances de morte prematura por câncer e doenças cardiovasculares. Esta não é a primeira vez que a carne entra na berlinda: pesquisas anteriores já relacionaram seu consumo excessivo à maior incidência de diabetes tipo 2, certos tipos de câncer de mama e artrite reumatoide.
A pesquisa de Harvard, que acompanhou 120 mil americanos por mais de 20 anos, revelou que o consumo de uma porção diária de carne processada — salsicha ou bacon, por exemplo — eleva em 20% o risco de morte, enquanto a carne não processada, como um bife, aumenta as chances em 13%. Na direção oposta, o mesmo estudo sugere que a substituição por proteínas mais saudáveis, como grãos integrais, peixes e frangos, pode aumentar consideravelmente a qualidade de vida.
— O problema atual, na população em geral, é que estamos comendo carne demais. Um consumo moderado, num padrão de alimentação equilibrado, à base de vegetais, é bom — destaca uma das autoras da pesquisa, An Pan, em entrevista ao GLOBO.
Gorduras e substâncias cancerígenas são vilões
O Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda a ingestão de uma porção de carne branca ou vermelha ao dia, o equivalente a cerca de 100g diários. A nutricionista Bia Rique estima que, para um adulto comum, o consumo da carne vermelha uma ou duas vezes por semana seja suficiente.
No estudo de Harvard, a substituição da carne vermelha por uma porção de fonte de proteína saudável foi associada a um menor risco de morte: 7% , no caso do peixe; 14%, no das aves; 10%, no das leguminosas e o leite de baixo teor de gordura, ou seus derivados; e 14%, no dos grãos integrais.
O maior risco de desenvolver doenças crônicas devido ao consumo de carne vermelha estaria associado ao alto teor de colesterol e à gordura saturada de alguns tipos de corte — o que poderia aumentar a ocorrência de males cardiovasculares e diabetes —, às substâncias usadas para conservá-la e ao processo de preparação culinária: ao serem grelhadas, fritas ou assadas, as carnes podem gerar substâncias potencialmente cancerígenas, as aminas heterocíclicas.
Relação com diabetes ainda não está clara
A forma de preparo, inclusive, merece maior atenção, independentemente do tipo proteína animal escolhida. O contato da carne com a grelha é o que forma as aminas heterocíclicas, resíduos escuros que se fixam no local de contato. Uma forma de evitar isso é marinar o alimento, deixando-o de molho no limão, ou cozinhá-lo, indica a nutricionista Aline Carvalho, especialista em carnes da Faculdade de Saúde Pública, da USP.
Para comer um bom bife sem peso na consciência, uma dica é optar por um um corte de carne mais seco, sem gordura aparente. Ao substituí-lo por frango, é importante lembrar que o peito tem menos gordura que a parte da coxa e nenhuma porção deve conter peles. Se a opção for pelo peixe, é bom evitar as postas fritas.
Diversos estudos mostram que o tipo de câncer mais associado ao exagero no consumo de carne vermelha é o colorretal, que afeta o intestino e também está relacionado a uma dieta pobre em fibras. Os pesquisadores ainda não sabem a que se deve o aumento da incidência de diabetes tipo 2 entre os que exageram no consumo do alimento, mas a doença está relacionada à obesidade, e estudos mostram a relação entre o sobrepeso e a ingestão excessiva de carne.
Um extenso trabalho publicado também por Harvard, em agosto de 2011, indicou que comer carne vermelha processada todos os dias aumenta em até 51% os riscos de sofrer da doença. Carnes não processadas elevam o risco em 19%.
Esse resultado também pode estar ligado aos hábitos de vida da pessoa — avalia o endocrinologista Ricardo Meirelles. — Quem tem uma dieta mais saudável costuma se exercitar mais. Já a falta de atividade física causa o aumento de gordura corporal, inclusive a abdominal, que está associada à resistência à insulina, primeiro passo para o surgimento do diabetes .
Em 2004, um grupo de pesquisadores britânicos apontou um risco maior de desenvolver artrite reumatoide entre pessoas que tinham uma dieta pobre em frutas e rica em carnes vermelhas. Já em 2006, mulheres americanas na pré-menopausa se revelaram mais propensas a sofrer de alguns tipos de câncer de mama. Os componentes de algumas carnes vermelhas aumentam os níveis de hormônios nestas pacientes, avaliaram os pesquisadores, o que pode favorecer o surgimento de certos tumores.
Apesar dos resultados, os especialistas são unânimes em afirmar que o problema é o exagero. Uma dieta balanceada, que contenha vegetais, leguminosas, frutas, carnes brancas e — por que não? — vermelhas, é apontada com fonte de longevidade:
Uma dieta e a prática de atividade física evitam a obesidade, uma das epidemias hoje avalia Aline.
Fonte: O Globo
- Alimento de reconhecido valor nutritivo, a carne vermelha é fonte de proteína, ferro e vitaminas. Mas o aumento de seu consumo, possibilitado pelo crescimento da renda e a queda dos preços, desperta a preocupação de especialistas. Um estudo divulgado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard no início de março mostrou que a ingestão diária do alimento aumenta as chances de morte prematura por câncer e doenças cardiovasculares. Esta não é a primeira vez que a carne entra na berlinda: pesquisas anteriores já relacionaram seu consumo excessivo à maior incidência de diabetes tipo 2, certos tipos de câncer de mama e artrite reumatoide.
A pesquisa de Harvard, que acompanhou 120 mil americanos por mais de 20 anos, revelou que o consumo de uma porção diária de carne processada — salsicha ou bacon, por exemplo — eleva em 20% o risco de morte, enquanto a carne não processada, como um bife, aumenta as chances em 13%. Na direção oposta, o mesmo estudo sugere que a substituição por proteínas mais saudáveis, como grãos integrais, peixes e frangos, pode aumentar consideravelmente a qualidade de vida.
— O problema atual, na população em geral, é que estamos comendo carne demais. Um consumo moderado, num padrão de alimentação equilibrado, à base de vegetais, é bom — destaca uma das autoras da pesquisa, An Pan, em entrevista ao GLOBO.
Gorduras e substâncias cancerígenas são vilões
O Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda a ingestão de uma porção de carne branca ou vermelha ao dia, o equivalente a cerca de 100g diários. A nutricionista Bia Rique estima que, para um adulto comum, o consumo da carne vermelha uma ou duas vezes por semana seja suficiente.
No estudo de Harvard, a substituição da carne vermelha por uma porção de fonte de proteína saudável foi associada a um menor risco de morte: 7% , no caso do peixe; 14%, no das aves; 10%, no das leguminosas e o leite de baixo teor de gordura, ou seus derivados; e 14%, no dos grãos integrais.
O maior risco de desenvolver doenças crônicas devido ao consumo de carne vermelha estaria associado ao alto teor de colesterol e à gordura saturada de alguns tipos de corte — o que poderia aumentar a ocorrência de males cardiovasculares e diabetes —, às substâncias usadas para conservá-la e ao processo de preparação culinária: ao serem grelhadas, fritas ou assadas, as carnes podem gerar substâncias potencialmente cancerígenas, as aminas heterocíclicas.
Relação com diabetes ainda não está clara
A forma de preparo, inclusive, merece maior atenção, independentemente do tipo proteína animal escolhida. O contato da carne com a grelha é o que forma as aminas heterocíclicas, resíduos escuros que se fixam no local de contato. Uma forma de evitar isso é marinar o alimento, deixando-o de molho no limão, ou cozinhá-lo, indica a nutricionista Aline Carvalho, especialista em carnes da Faculdade de Saúde Pública, da USP.
Para comer um bom bife sem peso na consciência, uma dica é optar por um um corte de carne mais seco, sem gordura aparente. Ao substituí-lo por frango, é importante lembrar que o peito tem menos gordura que a parte da coxa e nenhuma porção deve conter peles. Se a opção for pelo peixe, é bom evitar as postas fritas.
Diversos estudos mostram que o tipo de câncer mais associado ao exagero no consumo de carne vermelha é o colorretal, que afeta o intestino e também está relacionado a uma dieta pobre em fibras. Os pesquisadores ainda não sabem a que se deve o aumento da incidência de diabetes tipo 2 entre os que exageram no consumo do alimento, mas a doença está relacionada à obesidade, e estudos mostram a relação entre o sobrepeso e a ingestão excessiva de carne.
Um extenso trabalho publicado também por Harvard, em agosto de 2011, indicou que comer carne vermelha processada todos os dias aumenta em até 51% os riscos de sofrer da doença. Carnes não processadas elevam o risco em 19%.
Esse resultado também pode estar ligado aos hábitos de vida da pessoa — avalia o endocrinologista Ricardo Meirelles. — Quem tem uma dieta mais saudável costuma se exercitar mais. Já a falta de atividade física causa o aumento de gordura corporal, inclusive a abdominal, que está associada à resistência à insulina, primeiro passo para o surgimento do diabetes .
Em 2004, um grupo de pesquisadores britânicos apontou um risco maior de desenvolver artrite reumatoide entre pessoas que tinham uma dieta pobre em frutas e rica em carnes vermelhas. Já em 2006, mulheres americanas na pré-menopausa se revelaram mais propensas a sofrer de alguns tipos de câncer de mama. Os componentes de algumas carnes vermelhas aumentam os níveis de hormônios nestas pacientes, avaliaram os pesquisadores, o que pode favorecer o surgimento de certos tumores.
Apesar dos resultados, os especialistas são unânimes em afirmar que o problema é o exagero. Uma dieta balanceada, que contenha vegetais, leguminosas, frutas, carnes brancas e — por que não? — vermelhas, é apontada com fonte de longevidade:
Uma dieta e a prática de atividade física evitam a obesidade, uma das epidemias hoje avalia Aline.
Fonte: O Globo
domingo, 1 de abril de 2012
Petrobras terá de contratar 22 mil até 2015
Se você sonha em trabalhar na Petrobras, fique sabendo que, por ano, pelo menos 1.200 vagas são criadas "naturalmente" na estatal. É que essa é a média de profissionais que deixam a companhia no período, por motivos como aposentadoria e demissões. Por isso, e para atingir o objetivo de ter um efetivo de 76 mil empregados até o fim de 2015, a companhia vai abrir 22 mil vagas nos próximos anos — hoje são 59,5 mil funcionários.
Para chegar a esse número, o plano é realizar dois concursos por ano, ou até três, dependendo da necessidade. Há duas semanas, o edital publicado com 1.521 novas vagas pegou muita gente de surpresa — os concurseiros não esperavam sua divulgação para antes de maio.
São oportunidades para os níveis superior, médio e técnico, que fazem parte desse planejamento estratégico. E que, mais uma vez, vão provocar forte concorrência: segundo a Petrobras, a média geral de candidatos por vaga costuma ser de 120.
— Mas é claro que esse número varia dependendo do cargo e da região do país — alerta Lairton Correa, gerente de Gestão de Efetivos da companhia.
Média de 29 anos entre admitidos ano passado
O número de concorrentes é alto, mas os mais jovens e recém-formados não precisam desanimar. Isso porque a média de idade dos admitidos na estatal em 2011 foi de 29 anos — já a idade média dos funcionários atuais é de 43 anos.
— E os empregados permanecem, em média, 15 anos na casa — diz Correa.
Os dados são referentes ao pessoal contratado. A empresa afirma não dispôr de tais informações sobre os terceirizados e também não divulga quantos são eles. Mas se sabe que são muitos. Apesar disso, dentro do planejamento estratégico de admitir 22 mil funcionários até 2015, não está o objetivo de acabar com os terceirizados.
— Pode haver uma ou outra atividade que a empresa queira "primeirizar", mas o processo seletivo é estruturado para atender a demanda da companhia no que diz respeito a expansão, reforma, inauguração de novas unidades — garante Correa.
Como é possível notar na seleção vigente, os setores em que deve haver mais abertura de vagas até 2015 são os operacionais e de engenharia.
— Técnicos de manutenção, técnicos de operações, engenheiros de petróleo, geólogos e geofísicos são os cargos que devem ter número mais alto de vagas em todos os processos — aponta o gerente da companhia. — As áreas de apoio, administração e logística têm uma demanda menor.
Para Mariana Gouvea Diaz, formada em direito, o edital foi uma surpresa porque o resultado do concurso de 2011 ainda vale.
— Por isso, a minha expectativa era de que o novo concurso ficasse para o segundo semestre do ano — justifica Mariana, que, há um ano, estuda para concursos.
O mesmo aconteceu com a economista Fernanda Souza, que não previa a divulgação de mais um edital enquanto o último estivesse válido:
— O palpite geral era de que ele saísse em maio, não em março.
Mas o fato de o prazo da última seleção não ter expirado não impede a realização de novos concursos. O gerente da Petrobras explica que a abertura de vagas para os mesmos cargos não significa que os que já foram aprovados serão descartados.
— Só usamos o novo cadastro quando esgotamos o anterior. Se temos previsão de que vamos precisar de mais determinados profissionais, abrimos uma segunda seleção pública, mas respeitando a primeira — destaca Correa, que não entende o porquê do espanto com a seleção iniciada em março. — Os candidatos talvez tenham feito alguma projeção com relação às datas de processos seletivos passados. Mas em nenhum momento dissemos que o edital sairia apenas no segundo semestre.
Para quem tentará concorrer a uma das 1.521 vagas disponíveis no edital, Marcus Pio, coordenador do curso Pio, preparatório voltado para administração, engenharia e economia, diz que a dica é treinar fazendo provas aplicadas a partir de 2010:
— Foi quando a Cesgranrio (banca organizadora) passou a adotar um banco único de questões e houve um aumento substancial no nível de dificuldade.
A seguir, confira algumas regras estabelecidas pelo novo edital:
INSCRIÇÕES: Os interessados poderão obter mais informações e se inscrever para o concurso (até dia 11 deste mês), pelo site da Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br).
VAGAS: São 1.521 vagas para lotação no país, 647 delas para o nível superior.
SALÁRIOS: Os rendimentos iniciais para os cargos que pedem nível médio variam de R$ 1.994,30 a R$ 2.896,02. Para os de nível superior, de R$ 6.388,31 a R$ 6.883,05.
TAXA: A taxa de inscrição para os níveis médio e técnico são de R$ 35; para o superior, R$ 50. A prova será dia 6 de maio.
Fonte: globo.com
Para chegar a esse número, o plano é realizar dois concursos por ano, ou até três, dependendo da necessidade. Há duas semanas, o edital publicado com 1.521 novas vagas pegou muita gente de surpresa — os concurseiros não esperavam sua divulgação para antes de maio.
São oportunidades para os níveis superior, médio e técnico, que fazem parte desse planejamento estratégico. E que, mais uma vez, vão provocar forte concorrência: segundo a Petrobras, a média geral de candidatos por vaga costuma ser de 120.
— Mas é claro que esse número varia dependendo do cargo e da região do país — alerta Lairton Correa, gerente de Gestão de Efetivos da companhia.
Média de 29 anos entre admitidos ano passado
O número de concorrentes é alto, mas os mais jovens e recém-formados não precisam desanimar. Isso porque a média de idade dos admitidos na estatal em 2011 foi de 29 anos — já a idade média dos funcionários atuais é de 43 anos.
— E os empregados permanecem, em média, 15 anos na casa — diz Correa.
Os dados são referentes ao pessoal contratado. A empresa afirma não dispôr de tais informações sobre os terceirizados e também não divulga quantos são eles. Mas se sabe que são muitos. Apesar disso, dentro do planejamento estratégico de admitir 22 mil funcionários até 2015, não está o objetivo de acabar com os terceirizados.
— Pode haver uma ou outra atividade que a empresa queira "primeirizar", mas o processo seletivo é estruturado para atender a demanda da companhia no que diz respeito a expansão, reforma, inauguração de novas unidades — garante Correa.
Como é possível notar na seleção vigente, os setores em que deve haver mais abertura de vagas até 2015 são os operacionais e de engenharia.
— Técnicos de manutenção, técnicos de operações, engenheiros de petróleo, geólogos e geofísicos são os cargos que devem ter número mais alto de vagas em todos os processos — aponta o gerente da companhia. — As áreas de apoio, administração e logística têm uma demanda menor.
Para Mariana Gouvea Diaz, formada em direito, o edital foi uma surpresa porque o resultado do concurso de 2011 ainda vale.
— Por isso, a minha expectativa era de que o novo concurso ficasse para o segundo semestre do ano — justifica Mariana, que, há um ano, estuda para concursos.
O mesmo aconteceu com a economista Fernanda Souza, que não previa a divulgação de mais um edital enquanto o último estivesse válido:
— O palpite geral era de que ele saísse em maio, não em março.
Mas o fato de o prazo da última seleção não ter expirado não impede a realização de novos concursos. O gerente da Petrobras explica que a abertura de vagas para os mesmos cargos não significa que os que já foram aprovados serão descartados.
— Só usamos o novo cadastro quando esgotamos o anterior. Se temos previsão de que vamos precisar de mais determinados profissionais, abrimos uma segunda seleção pública, mas respeitando a primeira — destaca Correa, que não entende o porquê do espanto com a seleção iniciada em março. — Os candidatos talvez tenham feito alguma projeção com relação às datas de processos seletivos passados. Mas em nenhum momento dissemos que o edital sairia apenas no segundo semestre.
Para quem tentará concorrer a uma das 1.521 vagas disponíveis no edital, Marcus Pio, coordenador do curso Pio, preparatório voltado para administração, engenharia e economia, diz que a dica é treinar fazendo provas aplicadas a partir de 2010:
— Foi quando a Cesgranrio (banca organizadora) passou a adotar um banco único de questões e houve um aumento substancial no nível de dificuldade.
A seguir, confira algumas regras estabelecidas pelo novo edital:
INSCRIÇÕES: Os interessados poderão obter mais informações e se inscrever para o concurso (até dia 11 deste mês), pelo site da Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br).
VAGAS: São 1.521 vagas para lotação no país, 647 delas para o nível superior.
SALÁRIOS: Os rendimentos iniciais para os cargos que pedem nível médio variam de R$ 1.994,30 a R$ 2.896,02. Para os de nível superior, de R$ 6.388,31 a R$ 6.883,05.
TAXA: A taxa de inscrição para os níveis médio e técnico são de R$ 35; para o superior, R$ 50. A prova será dia 6 de maio.
Fonte: globo.com
sábado, 31 de março de 2012
Fornecimento de água é interrompido em Niterói após dano à adutora em SG
Construção de filial do Guanabara provocou vazamento de aqueduto na Avenida Maricá, São Gonçalo. Concessionária pede que a população economize água nas próximas horas
A Concessionária Águas de Niterói informou que a vazão de água para a cidade de Niterói está suspensa, desde a noite da última sexta-feira. A interrupção aconteceu por conta de um vazamento em uma adutora de grande porte do macrossistema de Imunana Laranjal, operado pela Cedae, que abastece o município.
Segundo a assessoria, a obra de construção de mais uma filial do Supermercado Guanabara, na Avenida Maricá, no bairro Colubandê, em São Gonçalo, atingiu a adutora (que tem um metro de diâmetro) com uma estaca, sendo necessária a retida de carga da mesma para eliminação do vazamento.
Para a realização do serviço, o abastecimento foi interrompido emergencialmente e a previsão de término dos trabalhos é na tarde deste sábado.
Abastecimento deve voltar ao normal em 48 horas- O fornecimento de água para Niterói só estará normalizado em 48 horas, por isso Águas de Niterói pede à população que economize água durante este período. A concessionária disponibilizará carros pipa, priorizando o atendimento aos serviços essenciais como escolas, creches e hospitais.
A Concessionária Águas de Niterói informou que a vazão de água para a cidade de Niterói está suspensa, desde a noite da última sexta-feira. A interrupção aconteceu por conta de um vazamento em uma adutora de grande porte do macrossistema de Imunana Laranjal, operado pela Cedae, que abastece o município.
Segundo a assessoria, a obra de construção de mais uma filial do Supermercado Guanabara, na Avenida Maricá, no bairro Colubandê, em São Gonçalo, atingiu a adutora (que tem um metro de diâmetro) com uma estaca, sendo necessária a retida de carga da mesma para eliminação do vazamento.
Para a realização do serviço, o abastecimento foi interrompido emergencialmente e a previsão de término dos trabalhos é na tarde deste sábado.
Abastecimento deve voltar ao normal em 48 horas- O fornecimento de água para Niterói só estará normalizado em 48 horas, por isso Águas de Niterói pede à população que economize água durante este período. A concessionária disponibilizará carros pipa, priorizando o atendimento aos serviços essenciais como escolas, creches e hospitais.
Inea localiza mancha com cerca de 1,6 mil litros de óleo em Maricá
Técnicos localizaram o produto a aproximadamente 20 km da praia de Ponta Negra e estimam que líquido já possa ter se espalhado a uma extensão de dois quilômetros
Técnicos do Serviço de Operações de Emergência (Sopea) do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), com apoio do Grupamento Aéreo-Marítimo da Polícia Militar (GAM), localizaram na manhã de sábado uma mancha de óleo a 20 quilômetros da Praia de Ponta Negra, em Maricá.
Com cerca de dois quilômetros de extensão e um metro de largura, estima-se que tenham sido derramados no mar 1,6 mil litros de óleo.
A presidente do Inea, Marilene Ramos, solicitou apoio da Petrobras para a cessão de equipamentos especiais para contenção e/ou dispersão da mancha, para evitar qualquer possibilidade do óleo atingir as praias. Com apoio da Capitania dos Portos, o Inea vai fazer a coleta de material para tentar identificar a origem do material.
Embarcação pode ser responsável pelo derramamento de óleo- A hipótese mais provável é que o óleo tenha vazado de alguma embarcação, já que a mancha está localizada numa rota de navegação.
A denúncia sobre a existência do óleo foi feita por pescadores da colônia Z4, de Cabo Frio, na tarde de sexta-feira, na costa de Arraial do Cabo. O trajeto da mancha vai continuar sendo monitorado pelo Inea.
Técnicos do Serviço de Operações de Emergência (Sopea) do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), com apoio do Grupamento Aéreo-Marítimo da Polícia Militar (GAM), localizaram na manhã de sábado uma mancha de óleo a 20 quilômetros da Praia de Ponta Negra, em Maricá.
Com cerca de dois quilômetros de extensão e um metro de largura, estima-se que tenham sido derramados no mar 1,6 mil litros de óleo.
A presidente do Inea, Marilene Ramos, solicitou apoio da Petrobras para a cessão de equipamentos especiais para contenção e/ou dispersão da mancha, para evitar qualquer possibilidade do óleo atingir as praias. Com apoio da Capitania dos Portos, o Inea vai fazer a coleta de material para tentar identificar a origem do material.
Embarcação pode ser responsável pelo derramamento de óleo- A hipótese mais provável é que o óleo tenha vazado de alguma embarcação, já que a mancha está localizada numa rota de navegação.
A denúncia sobre a existência do óleo foi feita por pescadores da colônia Z4, de Cabo Frio, na tarde de sexta-feira, na costa de Arraial do Cabo. O trajeto da mancha vai continuar sendo monitorado pelo Inea.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Projeto de despoluição da Baía de Guanabara será concluído até 2016
Secretário de Meio Ambiente diz que lixões no entorno da Baía serão eliminados até o fim do ano. Aterros sanitários controlados serão inaugurados com o fechamento dos lixões
Depois do anúncio de mais de R$ 1 bilhão para a despoluição da Baía de Guanabara, o secretário de Meio Ambiente, Carlos Minc, em reunião realizada na manhã desta quinta-feira na sede da Secretaria Estadual de Saúde (SEA) e do Instituto Estadual de Ambiente (Inea), no Rio, explicou como será usada a verba para municípios como o Rio, Niterói, São Gonçalo e Maricá, entre outros.
O secretário prevê que as melhorias sejam concluídas antes das Olimpíadas de 2016. “Vamos acabar este ano com todos os lixões da Baía. Já passamos no de Itaoca e o de Belford Roxo. O objetivo é fazer o trabalho completo. Em cinco anos, passamos de dois mil litros por segundo para seis mil litros por segundo de esgoto tratado. Mas não temos só a questão do esgoto poluindo a Baía de Guanabara. Há também a questão dos lixões, outro grande poluidor desta nossa Amazônia azul. Vamos passar o cadeado em todos os lixões do entorno da Baía de Guanabara até o final deste ano. Agora, no início de março, fechamos os lixões de Itaoca, em São Gonçalo, e o de Babi, em Belford Roxo, onde também inauguramos aterros sanitários. E em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, vamos encerrar definitivamente o aterro controlado de Gramacho”, disse o secretário.
Segundo Minc, Niterói atualmente possui um sistema de esgoto próprio e de ótima qualidade. O secretário salientou que a Águas de Niterói tem atingido uma cobertura de 85 a 90% no tratamento de esgoto. “Niterói é hoje um dos 10 municípios com os maiores índices de tratamento de esgoto do estado. A cidade está em expansão quando diz respeito ao cuidado com o esgoto”, elogiou. O presidente da Cedae, Wagner Victer, explicou que qualquer melhoria feita na Baía vai beneficiar diretamente a cidade de Niterói.
“Se houver tratamento em Paquetá a mudança será sentida em Niterói. Principalmente nas praias. O programa vai trazer melhorias para o turismo e para a atividade pesqueira”.
De acordo com Minc, Maricá vai receber R$ 93 milhões para melhorias no sistema de saneamento; R$ 33 milhões provenientes da Secretaria de Meio Ambiente e R$ 60 milhões da Petrobras.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de São Gonçalo vai passar por reformas. A cidade ganhará uma nova ETE que será construída em Alcântara. A estação vai atender 400 mil pessoas, permitindo a conexão da rede e tratamento de esgoto em mais de 33 mil domicílios.
O coordenador executivo do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), Gelson Serva, explicou que o programa já vem sendo organizado há pouco mais de um ano e que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) exige muito compromisso e planejamento. Ele salientou que o trabalho é conjunto entre a Cedae, Inea, SEA e Secretaria de Fazenda.
“Vamos arregaçar as mangas em torno deste programa. O Psam faz parte de uma política de estado em questão de saneamento. Estamos envolvidos com dois pilares importantes, Lixão Zero e o Rio + limpo. Temos um compromisso com as Olimpíadas. O saneamento da Baía e a erradicação dos lixões é um compromisso primeiro com a população do Rio”, completou.
Minc explicou que as promessas de despoluição do passado não deram certo pois o dinheiro não foi usado para o saneamento.
“As conexões não foram feitas e as estações de tratamento estavam secas. Não vimos tratamento de esgoto durante anos. Considero isso um monumento à ignorância. Além de não tratar, as estações se deterioraram com o passar dos anos. A diferença desse programa para os outros é que vamos mostrar o progresso. As pessoas terão como acessar via internet e os nossos passos. Tudo o que for feito será divulgado, será mostrado mês a mês. Vamos dar total transparência na execução e no andamento. Todas as informações serão disponibilizadas na internet”, disse.
A presidente do Inea, Marilene Ramos, salientou que as pessoas poderão ficar cientes do desenvolvimento do programa.
“Já disponibilizamos em nosso site, no Dia Mundial da Água, os resultados da qualidade da água dos rios que deságuam na Baía de Guanabara. Na medida em que o programa for avançando e que menos esgoto in natura estiver sendo lançado na Baía, vamos disponibilizar as informações no site, tanto da eficiência dos resultados de cada Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) quanto o resultado da evolução da qualidade da água”, destacou Marilene Ramos.
No total, 15 municípios serão beneficiados: Rio de Janeiro, Nilópolis, Mesquita, São João de Meriti, Belford Roxo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito, Tanguá, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói.
Campanha para que praias fiquem sempre limpas
Uma campanha com mensagem válida para o ano inteiro vai ganhar as praias de Niterói neste fim de semana. Coordenada pela Comissão Permanente de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (Comarhs), da Câmara Municipal de Niterói, a “Jogue Limpo com Nossas Praias” tem o objetivo de sensibilizar a população para a importância de se recolher o lixo produzido nas praias niteroienses, independentemente da época do ano. Segundo o vereador Zaff (PDT), presidente da Comissão, grupos vão se dividir pelas praias da cidade distribuindo informativos contendo o tempo de decomposição de alguns resíduos e sacolas oxibiodegradáveis (que não agridem a natureza) para que os frequentadores façam o recolhimento do lixo. “A campanha foi pensada para estimular e despertar a população sobre a importância de não deixar nenhum tipo de resíduo nas águas e areias. Esta conscientização não pode valer apenas para o verão, mas sim para todas as estações”, frisa o parlamentar, lembrando que a responsabilidade da limpeza das praias da cidade é de responsabilidade de todos e não só do poder público. Já a bióloga Heloisa Osanai, membro da comissão e coordenadora do evento, enfatiza que a poluição causada pela ação humana traz danos irreparáveis à vida marinha. “Peixes, aves, tartarugas, mamíferos e vegetação aquática morrem diariamente em decorrência do nosso descaso. Além disso, os prejuízos à navegação e às atividades pesqueiras são crescentes, sem contar com o aumento de despesas municipais com limpezas periódicas”, declara ela.
Depois do anúncio de mais de R$ 1 bilhão para a despoluição da Baía de Guanabara, o secretário de Meio Ambiente, Carlos Minc, em reunião realizada na manhã desta quinta-feira na sede da Secretaria Estadual de Saúde (SEA) e do Instituto Estadual de Ambiente (Inea), no Rio, explicou como será usada a verba para municípios como o Rio, Niterói, São Gonçalo e Maricá, entre outros.
O secretário prevê que as melhorias sejam concluídas antes das Olimpíadas de 2016. “Vamos acabar este ano com todos os lixões da Baía. Já passamos no de Itaoca e o de Belford Roxo. O objetivo é fazer o trabalho completo. Em cinco anos, passamos de dois mil litros por segundo para seis mil litros por segundo de esgoto tratado. Mas não temos só a questão do esgoto poluindo a Baía de Guanabara. Há também a questão dos lixões, outro grande poluidor desta nossa Amazônia azul. Vamos passar o cadeado em todos os lixões do entorno da Baía de Guanabara até o final deste ano. Agora, no início de março, fechamos os lixões de Itaoca, em São Gonçalo, e o de Babi, em Belford Roxo, onde também inauguramos aterros sanitários. E em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, vamos encerrar definitivamente o aterro controlado de Gramacho”, disse o secretário.
Segundo Minc, Niterói atualmente possui um sistema de esgoto próprio e de ótima qualidade. O secretário salientou que a Águas de Niterói tem atingido uma cobertura de 85 a 90% no tratamento de esgoto. “Niterói é hoje um dos 10 municípios com os maiores índices de tratamento de esgoto do estado. A cidade está em expansão quando diz respeito ao cuidado com o esgoto”, elogiou. O presidente da Cedae, Wagner Victer, explicou que qualquer melhoria feita na Baía vai beneficiar diretamente a cidade de Niterói.
“Se houver tratamento em Paquetá a mudança será sentida em Niterói. Principalmente nas praias. O programa vai trazer melhorias para o turismo e para a atividade pesqueira”.
De acordo com Minc, Maricá vai receber R$ 93 milhões para melhorias no sistema de saneamento; R$ 33 milhões provenientes da Secretaria de Meio Ambiente e R$ 60 milhões da Petrobras.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de São Gonçalo vai passar por reformas. A cidade ganhará uma nova ETE que será construída em Alcântara. A estação vai atender 400 mil pessoas, permitindo a conexão da rede e tratamento de esgoto em mais de 33 mil domicílios.
O coordenador executivo do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), Gelson Serva, explicou que o programa já vem sendo organizado há pouco mais de um ano e que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) exige muito compromisso e planejamento. Ele salientou que o trabalho é conjunto entre a Cedae, Inea, SEA e Secretaria de Fazenda.
“Vamos arregaçar as mangas em torno deste programa. O Psam faz parte de uma política de estado em questão de saneamento. Estamos envolvidos com dois pilares importantes, Lixão Zero e o Rio + limpo. Temos um compromisso com as Olimpíadas. O saneamento da Baía e a erradicação dos lixões é um compromisso primeiro com a população do Rio”, completou.
Minc explicou que as promessas de despoluição do passado não deram certo pois o dinheiro não foi usado para o saneamento.
“As conexões não foram feitas e as estações de tratamento estavam secas. Não vimos tratamento de esgoto durante anos. Considero isso um monumento à ignorância. Além de não tratar, as estações se deterioraram com o passar dos anos. A diferença desse programa para os outros é que vamos mostrar o progresso. As pessoas terão como acessar via internet e os nossos passos. Tudo o que for feito será divulgado, será mostrado mês a mês. Vamos dar total transparência na execução e no andamento. Todas as informações serão disponibilizadas na internet”, disse.
A presidente do Inea, Marilene Ramos, salientou que as pessoas poderão ficar cientes do desenvolvimento do programa.
“Já disponibilizamos em nosso site, no Dia Mundial da Água, os resultados da qualidade da água dos rios que deságuam na Baía de Guanabara. Na medida em que o programa for avançando e que menos esgoto in natura estiver sendo lançado na Baía, vamos disponibilizar as informações no site, tanto da eficiência dos resultados de cada Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) quanto o resultado da evolução da qualidade da água”, destacou Marilene Ramos.
No total, 15 municípios serão beneficiados: Rio de Janeiro, Nilópolis, Mesquita, São João de Meriti, Belford Roxo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito, Tanguá, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói.
Campanha para que praias fiquem sempre limpas
Uma campanha com mensagem válida para o ano inteiro vai ganhar as praias de Niterói neste fim de semana. Coordenada pela Comissão Permanente de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (Comarhs), da Câmara Municipal de Niterói, a “Jogue Limpo com Nossas Praias” tem o objetivo de sensibilizar a população para a importância de se recolher o lixo produzido nas praias niteroienses, independentemente da época do ano. Segundo o vereador Zaff (PDT), presidente da Comissão, grupos vão se dividir pelas praias da cidade distribuindo informativos contendo o tempo de decomposição de alguns resíduos e sacolas oxibiodegradáveis (que não agridem a natureza) para que os frequentadores façam o recolhimento do lixo. “A campanha foi pensada para estimular e despertar a população sobre a importância de não deixar nenhum tipo de resíduo nas águas e areias. Esta conscientização não pode valer apenas para o verão, mas sim para todas as estações”, frisa o parlamentar, lembrando que a responsabilidade da limpeza das praias da cidade é de responsabilidade de todos e não só do poder público. Já a bióloga Heloisa Osanai, membro da comissão e coordenadora do evento, enfatiza que a poluição causada pela ação humana traz danos irreparáveis à vida marinha. “Peixes, aves, tartarugas, mamíferos e vegetação aquática morrem diariamente em decorrência do nosso descaso. Além disso, os prejuízos à navegação e às atividades pesqueiras são crescentes, sem contar com o aumento de despesas municipais com limpezas periódicas”, declara ela.
terça-feira, 20 de março de 2012
Baleia que apareceu morta no mar da Zona Sul do Rio é da espécie Bryde
Animal foi avistado nas imediações da Praia de São Conrado e resgate será realizado com auxílio de bombeiros do Grupamento Marítimo, agentes do Ibama e também biólogos da Uerj
Uma baleia da espécie Bryde apareceu morta há cerca de um quilômetro da Praia de São Conrado na manhã de terça-feira. O animal mede cerca dez metros. O resgate da baleia terá que ser realizado com o auxílio de um rebocador de porte médio.
Antes, foi aconselhado que o animal fosse levado até alto-mar devido ao elevado estado de decomposição que se encontrava a espécie, porém, ficou decidido entre biólogos do Laboratório de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Bombeiros do Grupamento Marítimo de Botafogo e o Ibama, que a necropsia seria feita mesmo na areia.
Por enquanto, só se sabe que a Baleia-de-Bryde é um macho da espécie e a causa da morte só será descoberta somente com exames mais detalhados. A Bryde pertence à família dos balenopterídeos e não costumam ser vistas junto às costas. Algumas podem chegar até 15 metros.
Uma baleia da espécie Bryde apareceu morta há cerca de um quilômetro da Praia de São Conrado na manhã de terça-feira. O animal mede cerca dez metros. O resgate da baleia terá que ser realizado com o auxílio de um rebocador de porte médio.
Antes, foi aconselhado que o animal fosse levado até alto-mar devido ao elevado estado de decomposição que se encontrava a espécie, porém, ficou decidido entre biólogos do Laboratório de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Bombeiros do Grupamento Marítimo de Botafogo e o Ibama, que a necropsia seria feita mesmo na areia.
Por enquanto, só se sabe que a Baleia-de-Bryde é um macho da espécie e a causa da morte só será descoberta somente com exames mais detalhados. A Bryde pertence à família dos balenopterídeos e não costumam ser vistas junto às costas. Algumas podem chegar até 15 metros.
Estado libera 800 milhões para despoluir a Baía de Guanabara
Liberação de recursos com o aval do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai possibilitar conclusão de obras para total despoluição do espelho d'água e entorno
O Governo do Estado do Rio de Janeiro formalizou na terça-feira com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a liberação de recursos da ordem de R$ 800 milhões que serão empregados no Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam).
A assinatura do acordo aconteceu durante a Assembleia Anual do BID, em Montevidéu, no Uruguai, com as presenças do governador Sérgio Cabral, do presidente da Cedae, Wagner Victer, e do presidente do BID, Luis Moreno.
– Esta é mais uma conquista para a população e o meio ambiente do nosso estado. Os recursos serão fundamentais para que possamos concluir a limpeza da Baía de Guanabara e, finalmente, garantir saneamento básico a mais de um milhão e meio de habitantes das cidades do entorno da Baía de Guanabara – afirma o governador.
Cenário dos Jogos Olímpicos de 2016, a Baía de Guanabara deverá receber até a realização do evento cerca de R$ 2 bilhões em obras de esgotamento sanitário.
Órgãos fecham parceria- No principal programa de investimentos, o Psam, que será executado através de parceria entre a Cedae, Secretaria do Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), serão aplicados R$ 1,13 bilhão na recuperação ambiental da Baía de Guanabara.
Desse montante, cerca de R$ 800 milhões virão do empréstimo que o Estado obteve junto ao BID e outros R$ 330 milhões, de recursos de contrapartida do financiamento, oriundos basicamente do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).
O FLUMINENSE e Governo do Estado/RJ
O Governo do Estado do Rio de Janeiro formalizou na terça-feira com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a liberação de recursos da ordem de R$ 800 milhões que serão empregados no Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam).
A assinatura do acordo aconteceu durante a Assembleia Anual do BID, em Montevidéu, no Uruguai, com as presenças do governador Sérgio Cabral, do presidente da Cedae, Wagner Victer, e do presidente do BID, Luis Moreno.
– Esta é mais uma conquista para a população e o meio ambiente do nosso estado. Os recursos serão fundamentais para que possamos concluir a limpeza da Baía de Guanabara e, finalmente, garantir saneamento básico a mais de um milhão e meio de habitantes das cidades do entorno da Baía de Guanabara – afirma o governador.
Cenário dos Jogos Olímpicos de 2016, a Baía de Guanabara deverá receber até a realização do evento cerca de R$ 2 bilhões em obras de esgotamento sanitário.
Órgãos fecham parceria- No principal programa de investimentos, o Psam, que será executado através de parceria entre a Cedae, Secretaria do Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), serão aplicados R$ 1,13 bilhão na recuperação ambiental da Baía de Guanabara.
Desse montante, cerca de R$ 800 milhões virão do empréstimo que o Estado obteve junto ao BID e outros R$ 330 milhões, de recursos de contrapartida do financiamento, oriundos basicamente do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).
O FLUMINENSE e Governo do Estado/RJ
quarta-feira, 14 de março de 2012
Anvisa proíbe venda de cigarros aromatizados e com sabor no Brasil
Cigarros com sabor na composição sairão das prateleiras daqui a um ano e meio. Decisão tem objetivo de tornar o consumo menos atrativo para os jovens, reduzindo novos fumantes
Depois de mais de três horas de debate, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baniu os cigarros aromatizados e com sabor no país. Em reunião nesta segunda-feira, os quatro diretores da agência reguladora decidiram proibir a adição de substâncias que dão sabor e aroma aos cigarros e a outros produtos derivados do tabaco, como os mentolados e os de sabor cravo, chocolate e morango. Os cigarros com sabor vão sair das prateleiras somente daqui um ano e meio.
No caso do açúcar, a Anvisa cedeu aos apelos da indústria do fumo e manteve a adição, porém limitada à reposição do açúcar perdido na secagem da folha de tabaco. Segundo os fabricantes, o tipo de fumo mais usado no país perde açúcar no processo de produção e, por isso, é necessária a reposição. O açúcar foi motivo de impasse entre os diretores na reunião passada, em fevereiro, o que acabou adiando a decisão para esta segunda. A medida vale para os produtos nacionais e importados. Estão isentos os destinados à exportação.
A indústria nacional e as importadoras terão um ano para adaptar o processo de fabricação do cigarro e seis meses para retirar de circulação os aromatizados. Para outros produtos, como charuto e cigarrilha, o prazo foi ampliado. São 18 meses de adequação e seis meses para recolhimento do mercado.
Fica permitido o uso de algumas substâncias nos derivados do tabaco: açúcar, adesivo, aglutinante, agentes de combustão, pigmento ou corante (usado para branquear papel ou na impressão do logotipo da marca), glicerol e propilenoglicol e sorbato de potássio. A proposta aprovada prevê ainda que novos ingredientes precisam passar pelo aval da agência reguladora para serem usados no futuro.
O relator da proposta, diretor Agenor Álvares, considerou a decisão positiva e disse que ela servirá para tornar o fumo menos atrativo aos adolescentes e crianças. “A nossa ideia é diminuir o número de novos fumantes”.
O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Carlos Galant, disse que o setor ainda vai avaliar o impacto financeiro da decisão. Ele argumenta que a retirada dos aromatizados pode estimular o contrabando. Além do açúcar, o setor queria também a permanência dos cigarros mentolados e dos que têm sabor de cravo, que foram banidos pela Anvisa. Os cigarros de mentol representam apenas 3% das vendas, conforme dados divulgados pelos fabricantes na semana passada.
Antes de tomar a decisão, os diretores da Anvisa ouviram opiniões favoráveis e contrárias ao banimento dos aromatizados. A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Vera da Costa, disse que um estudo recente mostra que a maioria dos adolescentes de 13 a 15 anos procura pelos cigarros com sabor para experimentar o tabaco. “Colocar menta, morango, chocolate aumenta a aceitação desse produto e promove a experimentação. É preciso que a Anvisa mostre o que uma agência reguladora dentro do Brasil faz com os produtos do tabaco”, disse.
Já Carlos Galant, representante da indústria tabagista, defendeu a permanência do mentol e do cravo no Brasil, justificando que um estudo norte-americano mostra que o mentolado não eleva o risco à saúde. O número de fumantes, segundo Galant, não caiu nos países que já retiraram esses aditivos. “Os cigarros mentolados já se encontram presentes no mercado brasileiro há décadas. O risco de câncer de pulmão ao cigarro mentolado é 41% menor.”
A versão original da proposta da Anvisa, em discussão desde 2010, era proibir a adição de açúcar e outros ingredientes que mascaram o gosto amargo do tabaco, como mentol, chocolate e baunilha.
Agência Brasil
Depois de mais de três horas de debate, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baniu os cigarros aromatizados e com sabor no país. Em reunião nesta segunda-feira, os quatro diretores da agência reguladora decidiram proibir a adição de substâncias que dão sabor e aroma aos cigarros e a outros produtos derivados do tabaco, como os mentolados e os de sabor cravo, chocolate e morango. Os cigarros com sabor vão sair das prateleiras somente daqui um ano e meio.
No caso do açúcar, a Anvisa cedeu aos apelos da indústria do fumo e manteve a adição, porém limitada à reposição do açúcar perdido na secagem da folha de tabaco. Segundo os fabricantes, o tipo de fumo mais usado no país perde açúcar no processo de produção e, por isso, é necessária a reposição. O açúcar foi motivo de impasse entre os diretores na reunião passada, em fevereiro, o que acabou adiando a decisão para esta segunda. A medida vale para os produtos nacionais e importados. Estão isentos os destinados à exportação.
A indústria nacional e as importadoras terão um ano para adaptar o processo de fabricação do cigarro e seis meses para retirar de circulação os aromatizados. Para outros produtos, como charuto e cigarrilha, o prazo foi ampliado. São 18 meses de adequação e seis meses para recolhimento do mercado.
Fica permitido o uso de algumas substâncias nos derivados do tabaco: açúcar, adesivo, aglutinante, agentes de combustão, pigmento ou corante (usado para branquear papel ou na impressão do logotipo da marca), glicerol e propilenoglicol e sorbato de potássio. A proposta aprovada prevê ainda que novos ingredientes precisam passar pelo aval da agência reguladora para serem usados no futuro.
O relator da proposta, diretor Agenor Álvares, considerou a decisão positiva e disse que ela servirá para tornar o fumo menos atrativo aos adolescentes e crianças. “A nossa ideia é diminuir o número de novos fumantes”.
O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Carlos Galant, disse que o setor ainda vai avaliar o impacto financeiro da decisão. Ele argumenta que a retirada dos aromatizados pode estimular o contrabando. Além do açúcar, o setor queria também a permanência dos cigarros mentolados e dos que têm sabor de cravo, que foram banidos pela Anvisa. Os cigarros de mentol representam apenas 3% das vendas, conforme dados divulgados pelos fabricantes na semana passada.
Antes de tomar a decisão, os diretores da Anvisa ouviram opiniões favoráveis e contrárias ao banimento dos aromatizados. A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Vera da Costa, disse que um estudo recente mostra que a maioria dos adolescentes de 13 a 15 anos procura pelos cigarros com sabor para experimentar o tabaco. “Colocar menta, morango, chocolate aumenta a aceitação desse produto e promove a experimentação. É preciso que a Anvisa mostre o que uma agência reguladora dentro do Brasil faz com os produtos do tabaco”, disse.
Já Carlos Galant, representante da indústria tabagista, defendeu a permanência do mentol e do cravo no Brasil, justificando que um estudo norte-americano mostra que o mentolado não eleva o risco à saúde. O número de fumantes, segundo Galant, não caiu nos países que já retiraram esses aditivos. “Os cigarros mentolados já se encontram presentes no mercado brasileiro há décadas. O risco de câncer de pulmão ao cigarro mentolado é 41% menor.”
A versão original da proposta da Anvisa, em discussão desde 2010, era proibir a adição de açúcar e outros ingredientes que mascaram o gosto amargo do tabaco, como mentol, chocolate e baunilha.
Agência Brasil
segunda-feira, 5 de março de 2012
Soluções podem vir por terra e mar para o Complexo Petroquímico do Rio
Transporte de cargas pesadas para a implantação do Comperj tem alternativas à vista. Licença prévia para implantação de píer em São Gonçalo, inclusive, já foi publicada
O impasse para o transporte das cargas pesadas destinadas à implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) está perto de ser solucionado. A Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) publicou no mês passado a licença prévia para a implantação do píer, em São Gonçalo, e da via especial de acesso para o transporte dos grandes equipamentos, ligando o porto a Itaboraí, e o governo estadual publicou um decreto de utilidade pública da área.
Entretanto, a companhia ainda tem intenção de utilizar o Rio Guaxindiba para transportar parte dos grandes equipamentos, o que preocupa ambientalistas. A criação de um parque de 2.500 hectares no entorno do empreendimento é a boa notícia.
De acordo com o subsecretário estadual do Ambiente, Luiz Firmino, a retificação do Rio Guaxindiba – uma das propostas iniciais da Petrobras para transportar o material para o Comperj – foi deixada de lado e, para resolver a questão do transporte, foi feito o projeto do píer da Praia da Beira e da estrada. Mas devido à demora da construção do porto e da via – cerca de um ano, segundo ele – a empresa solicitou que o rio seja utilizado temporariamente.
“Originalmente, a Petrobras pensava em transportar todo o equipamento pelo rio, mas isso foi vetado. O porto vai resolver esse problema de acesso. O que eles querem, agora, é, sem retificação do rio, transportar máquinas essenciais para a implantação do complexo, o que não chega a 5% dos equipamentos. É uma solução transitória que está sendo analisada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim”, explicou Firmino.
O gestor da APA Guapimirim, Breno Herrera, acredita que a implantação do porto e da estrada atende aos interesses da Petrobras, sem causar conflitos entre o Inea e o ICMBio. Ele afirma que a estatal retomou ao assunto de utilização do Rio Guaxindiba alegando atraso no cronograma das obras do empreendimento.
“Os 20 representantes do Conselho Gestor da APA Guapimirim recusaram a proposta de retificação do Rio Guaxindiba, apresentada pela Petrobras como alternativa para o transporte dos grandes equipamentos do Comperj. A estatal fez dois projetos voltados para a mesma função, já que, segundo seus dirigentes, há pressa nesse transporte, pois o material já está no Porto do Rio. Conversei por esses dias com o Luiz Firmino e entendo que a proposta do Porto da Beira é a melhor alternativa para não utilizar os rios, beneficiando a população com uma estrada”, declarou Herrera.
Para o biólogo e ambientalista Mário Moscatelli, a retificação do rio seria extremamente nociva ao ecossistema local. Segundo ele, a APA é a última área com aspectos originais da Baía de Guanabara e precisa ser preservada. Além de um desequilíbrio das margens e do mangue, o especialista aponta que a alteração hidrodinâmica deixaria o rio vulnerável a vazamentos de óleo, por exemplo.
“Trata-se de uma unidade de conservação federal e todo cuidado é pouco. Além dos riscos que envolvem essa alteração para o transporte, o rio sofre uma agressão constante, com emissão de lixo e esgoto oriundos de São Gonçalo e Itaboraí. Sou contra esse projeto, mas se for inevitável, que seja bem pago. E a única alternativa para compensar o impacto ambiental seria a construção de uma Estação de Unidade de Tratamento de Rio, que trataria todo o esgoto e seguraria o lixo que deságua na Baía”, pondera o ambientalista. A Petrobras não quis se pronunciar sobre o caso.
Parque – Solucionar a questão da proteção do terreno entre o Comperj e a APA Guapimirim era um dos desafios do processo de licenciamento do empreendimento.
Segundo Luiz Firmino, entre os itens da licença do Comperj quatro eram estruturantes e a criação do parque fecha este ciclo. A área, que fica entre os municípios de Itaboraí e Guapimirim, será reflorestada com o plantio de 1,5 milhão de mudas.
“Três questões já estavam equacionadas: a água, já que R$ 240 milhões foram destinados para a barragem do Rio Guapiaçu, quase dobrando o abastecimento da região; o tratamento do esgoto de Itaboraí e Maricá, com investimentos de R$ 160 milhões; e a recomposição das matas ciliares dos rios Macacu e Caceribu, com investimentos de R$ 50 milhões. Faltava solucionar o que fazer para proteger este terreno entre a APA e o Comperj. Um grupo de trabalho realizou estudos e definiu que seria criada uma Unidade de Conservação voltada para a proteção dos recursos hídricos, é o que chamamos de zona tampão”, finalizou o subsecretário do Ambiente.
O FLUMINENSE
O impasse para o transporte das cargas pesadas destinadas à implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) está perto de ser solucionado. A Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) publicou no mês passado a licença prévia para a implantação do píer, em São Gonçalo, e da via especial de acesso para o transporte dos grandes equipamentos, ligando o porto a Itaboraí, e o governo estadual publicou um decreto de utilidade pública da área.
Entretanto, a companhia ainda tem intenção de utilizar o Rio Guaxindiba para transportar parte dos grandes equipamentos, o que preocupa ambientalistas. A criação de um parque de 2.500 hectares no entorno do empreendimento é a boa notícia.
De acordo com o subsecretário estadual do Ambiente, Luiz Firmino, a retificação do Rio Guaxindiba – uma das propostas iniciais da Petrobras para transportar o material para o Comperj – foi deixada de lado e, para resolver a questão do transporte, foi feito o projeto do píer da Praia da Beira e da estrada. Mas devido à demora da construção do porto e da via – cerca de um ano, segundo ele – a empresa solicitou que o rio seja utilizado temporariamente.
“Originalmente, a Petrobras pensava em transportar todo o equipamento pelo rio, mas isso foi vetado. O porto vai resolver esse problema de acesso. O que eles querem, agora, é, sem retificação do rio, transportar máquinas essenciais para a implantação do complexo, o que não chega a 5% dos equipamentos. É uma solução transitória que está sendo analisada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim”, explicou Firmino.
O gestor da APA Guapimirim, Breno Herrera, acredita que a implantação do porto e da estrada atende aos interesses da Petrobras, sem causar conflitos entre o Inea e o ICMBio. Ele afirma que a estatal retomou ao assunto de utilização do Rio Guaxindiba alegando atraso no cronograma das obras do empreendimento.
“Os 20 representantes do Conselho Gestor da APA Guapimirim recusaram a proposta de retificação do Rio Guaxindiba, apresentada pela Petrobras como alternativa para o transporte dos grandes equipamentos do Comperj. A estatal fez dois projetos voltados para a mesma função, já que, segundo seus dirigentes, há pressa nesse transporte, pois o material já está no Porto do Rio. Conversei por esses dias com o Luiz Firmino e entendo que a proposta do Porto da Beira é a melhor alternativa para não utilizar os rios, beneficiando a população com uma estrada”, declarou Herrera.
Para o biólogo e ambientalista Mário Moscatelli, a retificação do rio seria extremamente nociva ao ecossistema local. Segundo ele, a APA é a última área com aspectos originais da Baía de Guanabara e precisa ser preservada. Além de um desequilíbrio das margens e do mangue, o especialista aponta que a alteração hidrodinâmica deixaria o rio vulnerável a vazamentos de óleo, por exemplo.
“Trata-se de uma unidade de conservação federal e todo cuidado é pouco. Além dos riscos que envolvem essa alteração para o transporte, o rio sofre uma agressão constante, com emissão de lixo e esgoto oriundos de São Gonçalo e Itaboraí. Sou contra esse projeto, mas se for inevitável, que seja bem pago. E a única alternativa para compensar o impacto ambiental seria a construção de uma Estação de Unidade de Tratamento de Rio, que trataria todo o esgoto e seguraria o lixo que deságua na Baía”, pondera o ambientalista. A Petrobras não quis se pronunciar sobre o caso.
Parque – Solucionar a questão da proteção do terreno entre o Comperj e a APA Guapimirim era um dos desafios do processo de licenciamento do empreendimento.
Segundo Luiz Firmino, entre os itens da licença do Comperj quatro eram estruturantes e a criação do parque fecha este ciclo. A área, que fica entre os municípios de Itaboraí e Guapimirim, será reflorestada com o plantio de 1,5 milhão de mudas.
“Três questões já estavam equacionadas: a água, já que R$ 240 milhões foram destinados para a barragem do Rio Guapiaçu, quase dobrando o abastecimento da região; o tratamento do esgoto de Itaboraí e Maricá, com investimentos de R$ 160 milhões; e a recomposição das matas ciliares dos rios Macacu e Caceribu, com investimentos de R$ 50 milhões. Faltava solucionar o que fazer para proteger este terreno entre a APA e o Comperj. Um grupo de trabalho realizou estudos e definiu que seria criada uma Unidade de Conservação voltada para a proteção dos recursos hídricos, é o que chamamos de zona tampão”, finalizou o subsecretário do Ambiente.
O FLUMINENSE
Reforma no Zoonit deve ficar finalmente pronta no próximo mês
Primeira etapa de obras já está na sua reta final. Concluído, local servirá como centro de reabilitação de fauna e vai atender Batalhão Florestal e também Delegacia do Ambiente
Está prevista para o fim de abril a entrega da primeira etapa das obras do Zoonit, reformas adequadas para atender às exigências do Ibama. Segundo a presidente da Fundação Zoonit, Giselda Candiotto, neste primeiro momento o local servirá como centro de reabilitação de fauna para atender aos órgãos públicos, como o Batalhão de Polícia Florestal, o Corpo de Bombeiros e a Delegacia do Meio Ambiente.
Além disso, parceria com o setor privado está sendo estudada para que o local possa vir a receber novamente os animais e abra para visitação ao público.
“O Zoonit é datado de 1938, ou seja, ainda mantinha uma estrutura antiga. Por conta disso, muita coisa precisou ser reconstruída. Mas já posso adiantar que a ampliação da veterinária e ambulatório para atender os animais, além da construção de dois banheiros para funcionários e a construção de uma cozinha utilizada por biólogos para preparação dos alimentos, já estão em fase adiantada e esperamos que no fim de abril esteja tudo pronto para recebermos a vistoria. Nesse primeiro momento vamos abrir para atender os órgãos públicos, como o 4º GMar, por exemplo, que muitas vezes resgatam animais feridos e não tem para onde levá-los”, disse Giselda.
Os recintos onde eram abrigados os animais excedentes, como micos, macacos pregos, iguanas e gaviões foram demolidos para a passagem de águas pluviais e para a construção dos banheiros e da cozinha. Por conta da demolição desses recintos, será necessária a construção de novos, que fazem parte da segunda etapa de obras.
“Vamos construir um setor de quarentena para onde serão enviados animais doentes para que não haja contaminação. Uma outra área para abrigar os animais excedentes, já que o espaço que tínhamos foi demolido para as atuais obras; além da remodelação de todos os recintos. Além das obras, pretendo montar uma nova equipe técnica, com veterinários e biólogos e toda a parte de equipamentos necessários será avaliado por essa nova equipe. Estes são os planos para a segunda etapa de obras, que pretendo realizar com recursos de iniciativas privadas, fator que já está sendo estudado. Já estou participando de reuniões com finalidade de conseguir patrocínios para que o Zoonit deixe de depender apenas da verba da prefeitura e possa voltar a receber os animais e o público para visitação”, declarou Giselda.
Presidente do zôo quer animais transferidos de volta- A situação dos animais, que foram transferidos para Brasília e São Paulo, além de criadouros particulares ainda está sendo definida na justiça. De acordo com Giselda, a denúncia de que eles maltratavam os animais não procede. Ela acredita, inclusive, que os animais sentem falta do ambiente onde viveram por anos.
“O leão Iuri, que há 8 anos foi abandonado pelo circo Sarrazany, em Itaboraí, chegou aqui em condições desumanas, muito debilitado, era pele e osso. Com três meses de tratamento intenso, transformamos ele em um leão lindo, o mais bonito do Zoonit, virou nosso xodó. Assim que foi transferido para Brasília, recebi a notícia de que ele foi sacrificado por conta de um carcinoma nos dentes. Fiquei arrasada com a notícia”.
O FLUMINENSE
Está prevista para o fim de abril a entrega da primeira etapa das obras do Zoonit, reformas adequadas para atender às exigências do Ibama. Segundo a presidente da Fundação Zoonit, Giselda Candiotto, neste primeiro momento o local servirá como centro de reabilitação de fauna para atender aos órgãos públicos, como o Batalhão de Polícia Florestal, o Corpo de Bombeiros e a Delegacia do Meio Ambiente.
Além disso, parceria com o setor privado está sendo estudada para que o local possa vir a receber novamente os animais e abra para visitação ao público.
“O Zoonit é datado de 1938, ou seja, ainda mantinha uma estrutura antiga. Por conta disso, muita coisa precisou ser reconstruída. Mas já posso adiantar que a ampliação da veterinária e ambulatório para atender os animais, além da construção de dois banheiros para funcionários e a construção de uma cozinha utilizada por biólogos para preparação dos alimentos, já estão em fase adiantada e esperamos que no fim de abril esteja tudo pronto para recebermos a vistoria. Nesse primeiro momento vamos abrir para atender os órgãos públicos, como o 4º GMar, por exemplo, que muitas vezes resgatam animais feridos e não tem para onde levá-los”, disse Giselda.
Os recintos onde eram abrigados os animais excedentes, como micos, macacos pregos, iguanas e gaviões foram demolidos para a passagem de águas pluviais e para a construção dos banheiros e da cozinha. Por conta da demolição desses recintos, será necessária a construção de novos, que fazem parte da segunda etapa de obras.
“Vamos construir um setor de quarentena para onde serão enviados animais doentes para que não haja contaminação. Uma outra área para abrigar os animais excedentes, já que o espaço que tínhamos foi demolido para as atuais obras; além da remodelação de todos os recintos. Além das obras, pretendo montar uma nova equipe técnica, com veterinários e biólogos e toda a parte de equipamentos necessários será avaliado por essa nova equipe. Estes são os planos para a segunda etapa de obras, que pretendo realizar com recursos de iniciativas privadas, fator que já está sendo estudado. Já estou participando de reuniões com finalidade de conseguir patrocínios para que o Zoonit deixe de depender apenas da verba da prefeitura e possa voltar a receber os animais e o público para visitação”, declarou Giselda.
Presidente do zôo quer animais transferidos de volta- A situação dos animais, que foram transferidos para Brasília e São Paulo, além de criadouros particulares ainda está sendo definida na justiça. De acordo com Giselda, a denúncia de que eles maltratavam os animais não procede. Ela acredita, inclusive, que os animais sentem falta do ambiente onde viveram por anos.
“O leão Iuri, que há 8 anos foi abandonado pelo circo Sarrazany, em Itaboraí, chegou aqui em condições desumanas, muito debilitado, era pele e osso. Com três meses de tratamento intenso, transformamos ele em um leão lindo, o mais bonito do Zoonit, virou nosso xodó. Assim que foi transferido para Brasília, recebi a notícia de que ele foi sacrificado por conta de um carcinoma nos dentes. Fiquei arrasada com a notícia”.
O FLUMINENSE
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Inea diz que falta de oxigênio na Lagoa de Maricá matou peixes
O trecho em questão possui uma lâmina d’água de aproximadamente 30 centímetros, o que favorece a completa depleção de oxigênio rapidamente
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a causa da mortandade de peixes, predominantemente do tipo savelha, manjubinha e bagre, no último dia 20, nas lagoas de Araçatiba e Marinéia, em Maricá, foi a falta de oxigênio decorrente de causas diversas, tais como: a temperatura da água, que se encontrava bastante elevada, em torno de 28°C a 29°C às 8h, o que propiciou a perda de oxigênio da coluna d’água para a atmosfera. O trecho em questão possui uma lâmina d’água de aproximadamente 30 centímetros, o que favorece a completa depleção de oxigênio rapidamente.
O aumento significativo da população flutuante induz o aumento de carga orgânica para a lagoa, além da movimentação intensa de jet skis na lagoa, que provocou o revolvimento do fundo e a consequente demanda de oxigênio para oxidação da matéria orgânica.
O Inea, na próxima terça-feira, dia 28 de fevereiro, realizará nova vistoria e coleta de amostras nas lagoas do sistema lagunar de Maricá. À época, 20 funcionários da Prefeitura de Maricá com dois caminhões e duas retroescavadeiras foram mobilizados para retirar aproximadamente 50 toneladas de peixes mortos nas duas lagoas.
Para a prefeitura, a possibilidade de novas mortandades será cada vez menor com a concretização de projetos importantes em andamento. Um deles, em estudo junto à comunidade acadêmica, é o da implantação de um canal na Barra de Maricá dotado de eclusa capaz de aproveitar quando o mar estiver mais alto para fazer uma renovação da água das lagoas – como ocorreu após as enchentes de 2010. Também há investimento em soluções estruturais de longo prazo.
“Para os próximos três anos estão previstos investimentos de R$ 93 milhões apenas em tratamento de esgotos na cidade, dos quais R$ 33 milhões vindos pela segunda etapa do PAC e R$ 60 milhões da Petrobras como compensação pelo emissário submarino do Comperj”, adiantou o prefeito Washington Quaquá.
Fonte: O FLUMINENSE
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a causa da mortandade de peixes, predominantemente do tipo savelha, manjubinha e bagre, no último dia 20, nas lagoas de Araçatiba e Marinéia, em Maricá, foi a falta de oxigênio decorrente de causas diversas, tais como: a temperatura da água, que se encontrava bastante elevada, em torno de 28°C a 29°C às 8h, o que propiciou a perda de oxigênio da coluna d’água para a atmosfera. O trecho em questão possui uma lâmina d’água de aproximadamente 30 centímetros, o que favorece a completa depleção de oxigênio rapidamente.
O aumento significativo da população flutuante induz o aumento de carga orgânica para a lagoa, além da movimentação intensa de jet skis na lagoa, que provocou o revolvimento do fundo e a consequente demanda de oxigênio para oxidação da matéria orgânica.
O Inea, na próxima terça-feira, dia 28 de fevereiro, realizará nova vistoria e coleta de amostras nas lagoas do sistema lagunar de Maricá. À época, 20 funcionários da Prefeitura de Maricá com dois caminhões e duas retroescavadeiras foram mobilizados para retirar aproximadamente 50 toneladas de peixes mortos nas duas lagoas.
Para a prefeitura, a possibilidade de novas mortandades será cada vez menor com a concretização de projetos importantes em andamento. Um deles, em estudo junto à comunidade acadêmica, é o da implantação de um canal na Barra de Maricá dotado de eclusa capaz de aproveitar quando o mar estiver mais alto para fazer uma renovação da água das lagoas – como ocorreu após as enchentes de 2010. Também há investimento em soluções estruturais de longo prazo.
“Para os próximos três anos estão previstos investimentos de R$ 93 milhões apenas em tratamento de esgotos na cidade, dos quais R$ 33 milhões vindos pela segunda etapa do PAC e R$ 60 milhões da Petrobras como compensação pelo emissário submarino do Comperj”, adiantou o prefeito Washington Quaquá.
Fonte: O FLUMINENSE
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO CARIOCA
O Rio de Janeiro é um estado relativamente pobre em ocorrências de cavidades naturais subterrâneas. Isto se deve ao fato de que, em todo o território fluminense, existe apenas um pequeno bolsão de calcário, a rocha mais propícia à formação de cavernas devido à dissolução da mesma por águas fluviais ou pela percolação das águas das chuvas, situado nos municípios de Cantagalo e Itaocara, na Região Serrana.
Este bolsão de calcário, no entanto, a despeito de suas reduzidas dimensões (se comparado aos fenomenais carstes de Minas Gerais, Bahia, Goiás e São Paulo, por exemplo) é explorado há muitos anos por fábricas de cimento, que representam uma ameaça concreta às poucas cavernas ali existentes. Por esta razão, e por serem as cavidades naturais subterrâneas feições geológicas expressamente protegidas pela legislação vigente, encontra-se tramitando na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, projeto de lei de autoria do deputado Carlos Minc (PT/RJ), criando o “Parque Estadual das Cavernas Fluminenses”, que objetiva preservar estas cavernas, das quais a mais importante é a Gruta Novo Tempo, reservando, porém significativa porção do calcário para a continuidade da indústria cimenteira, de forma a não prejudicar a economia daquela região. A criação deste parque, na verdade, representaria um novo vetor de desenvolvimento local, baseado na exploração racional do turismo ecológico, não apenas através da visitação às grutas, mas, também, da prática de outros esportes e atividades ao ar livre, tais como caminhadas, vôo livre e, talvez, passeios a cavalo.
As demais cavidades naturais subterrâneas do Rio de Janeiro resumem-se a pequenas grutas criadas por falhas nos granitos e gnaisses que constituem a litologia predominante no estado, bem como pelo encontro, ou superposição, de grandes blocos destas mesmas rochas. Apesar de sua modesta expressividade, em termos espeleológicos, algumas dessas grutas chegaram a adquirir grande fama local e, em consequência, certa importância turística. A título de exemplo, podemos citar a Gruta do Acaiá, na Ilha Grande; a Gruta do Mero, no Morro da Urca; os “Olhos” e a “Orelha”, na Pedra da Gávea; a Gruta do Presidente, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos; e a Gruta Paulo e Virgínia e a Gruta do Morcego, no Parque Nacional da Tijuca, dentre outras.
Este bolsão de calcário, no entanto, a despeito de suas reduzidas dimensões (se comparado aos fenomenais carstes de Minas Gerais, Bahia, Goiás e São Paulo, por exemplo) é explorado há muitos anos por fábricas de cimento, que representam uma ameaça concreta às poucas cavernas ali existentes. Por esta razão, e por serem as cavidades naturais subterrâneas feições geológicas expressamente protegidas pela legislação vigente, encontra-se tramitando na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, projeto de lei de autoria do deputado Carlos Minc (PT/RJ), criando o “Parque Estadual das Cavernas Fluminenses”, que objetiva preservar estas cavernas, das quais a mais importante é a Gruta Novo Tempo, reservando, porém significativa porção do calcário para a continuidade da indústria cimenteira, de forma a não prejudicar a economia daquela região. A criação deste parque, na verdade, representaria um novo vetor de desenvolvimento local, baseado na exploração racional do turismo ecológico, não apenas através da visitação às grutas, mas, também, da prática de outros esportes e atividades ao ar livre, tais como caminhadas, vôo livre e, talvez, passeios a cavalo.
As demais cavidades naturais subterrâneas do Rio de Janeiro resumem-se a pequenas grutas criadas por falhas nos granitos e gnaisses que constituem a litologia predominante no estado, bem como pelo encontro, ou superposição, de grandes blocos destas mesmas rochas. Apesar de sua modesta expressividade, em termos espeleológicos, algumas dessas grutas chegaram a adquirir grande fama local e, em consequência, certa importância turística. A título de exemplo, podemos citar a Gruta do Acaiá, na Ilha Grande; a Gruta do Mero, no Morro da Urca; os “Olhos” e a “Orelha”, na Pedra da Gávea; a Gruta do Presidente, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos; e a Gruta Paulo e Virgínia e a Gruta do Morcego, no Parque Nacional da Tijuca, dentre outras.
Mudança na Coloroção da Água das Praias
De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) a coloração escurecida e amarronzada apresentada pela água de algumas praias do litoral carioca é oriunda de uma microalga identificada como sendo da espécie Gymnodinium. A Gerência de Qualidade da Água do Inea, responsável pelo monitoramento da qualidade da águas das praias, fez nesta segunda-feira (30/01) a coleta de água para análise em locais onde está ocorrendo floração de microalgas. Esta microalga não acarreta risco a saúde humana e é trazida pela força das marés e pelas correntes marítimas até as praias.
O mar esta para peixe e o Rio de Janeiro, embora amarronzado, continua lindo!
O mar esta para peixe e o Rio de Janeiro, embora amarronzado, continua lindo!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Petrobras escolhe uma mulher para presidente da empresa petrolífera
A atual diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, deve assumir a presidência da empresa em substituição a José Sergio Gabrielli. Oficialmente, o nome de Graça Foster deve ser indicado no próximo dia 9.
A informação foi confirmada na segunda-feira, por meio de nota oficial, divulgada pela assessoria da petrolífera.
De acordo com o comunicado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras, deve encaminhar no dia 9 de fevereiro, em reunião, a indicação da atual diretora de Gás e Energia para o comando da empresa.
Apoio de Dilma- Graça Foster conta com a confiança e o apoio da presidente Dilma Rousseff. No final do ano passado, ela foi uma das poucas integrantes da comitiva presidencial que participaram de reuniões políticas e econômicas de Dilma em Bruxelas, na Bélgica
A informação foi confirmada na segunda-feira, por meio de nota oficial, divulgada pela assessoria da petrolífera.
De acordo com o comunicado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras, deve encaminhar no dia 9 de fevereiro, em reunião, a indicação da atual diretora de Gás e Energia para o comando da empresa.
Apoio de Dilma- Graça Foster conta com a confiança e o apoio da presidente Dilma Rousseff. No final do ano passado, ela foi uma das poucas integrantes da comitiva presidencial que participaram de reuniões políticas e econômicas de Dilma em Bruxelas, na Bélgica
UE aprova embargo contra petróleo do Irã; aumenta tensão sobre Ormuz
BRUXELAS - Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira sanções ao banco Tejarat, o terceiro maior do Irã, aumentando a restrição de acesso do país ao sistema financeiro mundial. Mais cedo, a União Europeia aprovou um embargo total às importações de petróleo iraniano, aumentando ainda mais a tensão sobre um possível fechamento do Estreito de Ormuz.
O banco Tejarat e seu afiliado Trade Capital Bank entraram na lista de sanções americanas por prestar serviços a outras entidades já bloqueadas pelo governo de Barack Obama.
Mais cedo, um comunicado assinado pela secretária de Estado Hillary Clinton e pelo secretário do Tesouro Timothy Geithner, elogiou as sanções anunciadas nesta segunda-feira pela União Europeia.
“Usada em combinação com várias outras sanções ao Irã que continuarão a ser implementadas pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional, essa nova pressão vai aguçar a escolha dos líderes iranianos e aumentar o custo de sua provocação a obrigações básicas internacionais”, afirmou o documento.
UE anuncia sanções contra importação de petróleo do Irã
Diante da imposição da União Europeia (UE) de um embargo total contra as importações de petróleo de Teerã, o deputado iraniano Heshmatollah Falahapisheh respondeu à medida, de acordo com a agência de notícias semioficial Mehr, dizendo que seu país tem o direito de fechar o Estreito de Ormuz como retaliação.
Com a nova imposição, o bloqueio de Ormuz se tornou uma possibilidade ainda maior, teria dito o parlamentar. A reação não é uma novidade. Há tempos, o Irã vem afirmando que irá fechar o estreito se as sanções ocidentais prejudicarem sua venda de petróleo.
Nesta segunda-feira, diplomatas da UE concordaram em impor um embargo total às importações de petróleo do Irã. A medida deve entrar em vigor pleno no próximo dia 1º de julho. O objetivo é pressionar ainda mais o governo de Teerã a voltar para mesa de negociações e discutir seu programa nuclear.
Por enquanto, os membros do bloco europeu estão proibidos de assinar novos acordos com Teerã, e aqueles que já tem parcerias com o Irã - como é o caso de Espanha, Itália e Grécia - têm até julho para cumprir os contratos pendentes.
- Queremos convencer o Irã a sentar à mesa de negociações de onde a deixamos no ano passado, em Istambul - disse Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, classificou as sanções europeias ao petróleo iraniano como “guerra psicológica” e afirmou que as medidas não impedirão o país de obter seus direitos, em referência ao seu programa nuclear.
Alguns países do bloco apresentavam restrições à medida, enquanto Alemanha, França e Reino Unido reclamavam por ações mais duras contra Teerã. Em entrevista ao “El País”, o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, disse que seu país “vai se sacrificar em nome da segurança da zona”. O Irã é responsável por 20% do fornecimento de petróleo da Espanha. O país vende 6% do seu petróleo para a UE, que deve substituir as importações iranianas por outros países do Golfo, como a Arábia Saudita.
O acordo foi o passo final antes da reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE que formalizará a aprovação ao embargo. Os 27 chanceleres do bloco se reunirão em Bruxelas ainda nesta segunda-feira. Além do embargo contra o petróleo, os europeus devem adotar novas sanções contra Teerã. A expectativa é que a UE bloqueie parcialmente as operações com o banco central iraniano, deixando de lado apenas as negociações alheias ao setor energético. Mais de 500 pessoas físicas e jurídicas iranianas sofrem hoje com o embargo da UE.
Em comunicado, a Rússia expressou “alarde e arrependimento” sobre a nova sanção europeia contra Teerã. França, Reino Unido e Alemanha, entretanto, garantiram que vão continuar a favor de medidas duras até que o Irã decida voltar a discutir seu programa nuclear. Os três países pediram que os iranianos se atenham a suas obrigações internacionais.
Fonte : globo.com
O banco Tejarat e seu afiliado Trade Capital Bank entraram na lista de sanções americanas por prestar serviços a outras entidades já bloqueadas pelo governo de Barack Obama.
Mais cedo, um comunicado assinado pela secretária de Estado Hillary Clinton e pelo secretário do Tesouro Timothy Geithner, elogiou as sanções anunciadas nesta segunda-feira pela União Europeia.
“Usada em combinação com várias outras sanções ao Irã que continuarão a ser implementadas pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional, essa nova pressão vai aguçar a escolha dos líderes iranianos e aumentar o custo de sua provocação a obrigações básicas internacionais”, afirmou o documento.
UE anuncia sanções contra importação de petróleo do Irã
Diante da imposição da União Europeia (UE) de um embargo total contra as importações de petróleo de Teerã, o deputado iraniano Heshmatollah Falahapisheh respondeu à medida, de acordo com a agência de notícias semioficial Mehr, dizendo que seu país tem o direito de fechar o Estreito de Ormuz como retaliação.
Com a nova imposição, o bloqueio de Ormuz se tornou uma possibilidade ainda maior, teria dito o parlamentar. A reação não é uma novidade. Há tempos, o Irã vem afirmando que irá fechar o estreito se as sanções ocidentais prejudicarem sua venda de petróleo.
Nesta segunda-feira, diplomatas da UE concordaram em impor um embargo total às importações de petróleo do Irã. A medida deve entrar em vigor pleno no próximo dia 1º de julho. O objetivo é pressionar ainda mais o governo de Teerã a voltar para mesa de negociações e discutir seu programa nuclear.
Por enquanto, os membros do bloco europeu estão proibidos de assinar novos acordos com Teerã, e aqueles que já tem parcerias com o Irã - como é o caso de Espanha, Itália e Grécia - têm até julho para cumprir os contratos pendentes.
- Queremos convencer o Irã a sentar à mesa de negociações de onde a deixamos no ano passado, em Istambul - disse Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, classificou as sanções europeias ao petróleo iraniano como “guerra psicológica” e afirmou que as medidas não impedirão o país de obter seus direitos, em referência ao seu programa nuclear.
Alguns países do bloco apresentavam restrições à medida, enquanto Alemanha, França e Reino Unido reclamavam por ações mais duras contra Teerã. Em entrevista ao “El País”, o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, disse que seu país “vai se sacrificar em nome da segurança da zona”. O Irã é responsável por 20% do fornecimento de petróleo da Espanha. O país vende 6% do seu petróleo para a UE, que deve substituir as importações iranianas por outros países do Golfo, como a Arábia Saudita.
O acordo foi o passo final antes da reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE que formalizará a aprovação ao embargo. Os 27 chanceleres do bloco se reunirão em Bruxelas ainda nesta segunda-feira. Além do embargo contra o petróleo, os europeus devem adotar novas sanções contra Teerã. A expectativa é que a UE bloqueie parcialmente as operações com o banco central iraniano, deixando de lado apenas as negociações alheias ao setor energético. Mais de 500 pessoas físicas e jurídicas iranianas sofrem hoje com o embargo da UE.
Em comunicado, a Rússia expressou “alarde e arrependimento” sobre a nova sanção europeia contra Teerã. França, Reino Unido e Alemanha, entretanto, garantiram que vão continuar a favor de medidas duras até que o Irã decida voltar a discutir seu programa nuclear. Os três países pediram que os iranianos se atenham a suas obrigações internacionais.
Fonte : globo.com
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Após naufrágio, Itália teme desastre ecológico por vazamento de óleo
Ministro italiano revela que teme que o combustível possa se dispersar no mar, contaminando a costa, prejudicando a fauna marinha e a alimentação dos pássaros
O ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, está receoso quanto à possibilidade de um desastre ecológico devido ao naufrágio do navio Costa Concordia, perto da Ilha de Giglio, na Toscana. O temor se baseia na possibilidade de vazar óleo combustível dos reservatórios da embarcação, considerando os abalos ocorridos no casco do navio.
“Esse tem sido o nosso pesadelo”, disse o ministro. "O navio está com os tanques cheios de combustível. É um combustível denso e pesado, que pode se sedimentar no fundo e isso seria um desastre."
Segundo o ministro, o combustível pode se dispersar-se no mar, contaminando a costa, prejudicando a fauna marinha e a alimentação dos pássaros. "Estamos preparados para intervir em caso de vazamento para o mar", disse Clini, lembrando que o casco do navio sofreu danos graves.
Porém, o ministro ressaltou que “a prioridade é salvar os eventuais sobreviventes e começar a esvaziar [neste momento] os tanques é perigoso". Clini destacou ainda que já existem regras estabelecidas sobre a passagem de grandes embarcações pela costa italiana. Para ele, não é necessário aumentar o rigor.
"A medida de prevenção será provavelmente associar a gestão dessas rotas às boas práticas. A ideia é unir os objetivos de proteção do ambiente já previstas", disse o ministro. O navio Costa Concordia naufragou na última sexta-feira (13). Havia 4,5 mil pessoas a bordo, das quais 53 eram brasileiras. Todos os brasileiros sobreviveram. Pelo menos seis pessoas morreram.
Agência Brasil
O ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, está receoso quanto à possibilidade de um desastre ecológico devido ao naufrágio do navio Costa Concordia, perto da Ilha de Giglio, na Toscana. O temor se baseia na possibilidade de vazar óleo combustível dos reservatórios da embarcação, considerando os abalos ocorridos no casco do navio.
“Esse tem sido o nosso pesadelo”, disse o ministro. "O navio está com os tanques cheios de combustível. É um combustível denso e pesado, que pode se sedimentar no fundo e isso seria um desastre."
Segundo o ministro, o combustível pode se dispersar-se no mar, contaminando a costa, prejudicando a fauna marinha e a alimentação dos pássaros. "Estamos preparados para intervir em caso de vazamento para o mar", disse Clini, lembrando que o casco do navio sofreu danos graves.
Porém, o ministro ressaltou que “a prioridade é salvar os eventuais sobreviventes e começar a esvaziar [neste momento] os tanques é perigoso". Clini destacou ainda que já existem regras estabelecidas sobre a passagem de grandes embarcações pela costa italiana. Para ele, não é necessário aumentar o rigor.
"A medida de prevenção será provavelmente associar a gestão dessas rotas às boas práticas. A ideia é unir os objetivos de proteção do ambiente já previstas", disse o ministro. O navio Costa Concordia naufragou na última sexta-feira (13). Havia 4,5 mil pessoas a bordo, das quais 53 eram brasileiras. Todos os brasileiros sobreviveram. Pelo menos seis pessoas morreram.
Agência Brasil
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Emissões de CO2 podem retardar início de Era Glacial, diz estudo
Grupos que se opõem à limitação das emissões de gases do efeito estufa já citam a publicação como uma razão para apoiar a manutenção das emissões humanas de CO2
As emissões de dióxido de carbono (CO2) causadas pela ação do homem terão o efeito de retardar o início da próxima Era Glacial, segundo afirma um novo estudo.
A última Era Glacial terminou há 11.500 anos, e os cientistas vêm há tempos discutindo quando a próxima começaria.
Os pesquisadores usaram dados da órbita da Terra e outros itens para encontrar o período interglacial mais parecido com o atual.
Em um artigo publicado na revista Nature Geoscience, eles afirmam que a próxima Era Glacial poderia começar em 1.500 anos, mas que isso não acontecerá por causa do alto nível de emissões.
“Nos atuais níveis de CO2, mesmo se as emissões parassem agora teríamos provavelmente uma longa duração interglacial determinada por quaisquer processos de longo prazo que poderiam começar para reduzir o CO2 atmosférico”, afirma o coordenador da pesquisa, Luke Skinner, da Universidade de Cambridge.
Segundo eles, a transição para a última Era Glacial foi sinalizada por um período quando o esfriamento e o aquecimento se revezaram entre os hemisférios norte e sul, provocados por interrupções na circulação global de correntes oceânicas.
Grupos que se opõem à limitação das emissões de gases do efeito estufa já citam o estudo como uma razão para apoiar a manutenção das emissões humanas de CO2.
O grupo britânico Global Warming Policy Foundation, por exemplo, cita um ensaio de 1999 dos astrônomos Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe, que argumentavam: “A volta das condições da Era Glacial deixariam grandes frações das maiores áreas produtoras de alimentos do mundo inoperantes, e levaria inevitavelmente à extinção da maioria da população humana presente”.
“Precisamos buscar um efeito estufa sustentado para manter o presente clima mundial vantajoso. Isso implica a habilidade de injetar efetivamente gases do efeito estufa na atmosfera, o oposto do que os ambientalistas estão erroneamente defendendo”, dizem.
Luke Skinner e sua equipe já antecipavam esse tipo de reação. “É uma discussão filosófica interessante. Poderíamos estar melhor em um mundo mais quente do que em uma glaciação? Provavelmente sim”, observa.
“Mas estaríamos perdendo o ponto central da discussão, porque a direção em que estamos indo não é manter nosso clima quente atual, mas um aquecimento ainda maior, e adicionar CO2 a um clima quente é muito diferente de adicionar a um clima frio”, diz.
“O ritmo de mudança com o CO2 é basicamente sem precedentes, e há enormes consequências se não pudemos lidar com isso”, afirma Skinner.
Fonte:
Agência Brasil
As emissões de dióxido de carbono (CO2) causadas pela ação do homem terão o efeito de retardar o início da próxima Era Glacial, segundo afirma um novo estudo.
A última Era Glacial terminou há 11.500 anos, e os cientistas vêm há tempos discutindo quando a próxima começaria.
Os pesquisadores usaram dados da órbita da Terra e outros itens para encontrar o período interglacial mais parecido com o atual.
Em um artigo publicado na revista Nature Geoscience, eles afirmam que a próxima Era Glacial poderia começar em 1.500 anos, mas que isso não acontecerá por causa do alto nível de emissões.
“Nos atuais níveis de CO2, mesmo se as emissões parassem agora teríamos provavelmente uma longa duração interglacial determinada por quaisquer processos de longo prazo que poderiam começar para reduzir o CO2 atmosférico”, afirma o coordenador da pesquisa, Luke Skinner, da Universidade de Cambridge.
Segundo eles, a transição para a última Era Glacial foi sinalizada por um período quando o esfriamento e o aquecimento se revezaram entre os hemisférios norte e sul, provocados por interrupções na circulação global de correntes oceânicas.
Grupos que se opõem à limitação das emissões de gases do efeito estufa já citam o estudo como uma razão para apoiar a manutenção das emissões humanas de CO2.
O grupo britânico Global Warming Policy Foundation, por exemplo, cita um ensaio de 1999 dos astrônomos Fred Hoyle e Chandra Wickramasinghe, que argumentavam: “A volta das condições da Era Glacial deixariam grandes frações das maiores áreas produtoras de alimentos do mundo inoperantes, e levaria inevitavelmente à extinção da maioria da população humana presente”.
“Precisamos buscar um efeito estufa sustentado para manter o presente clima mundial vantajoso. Isso implica a habilidade de injetar efetivamente gases do efeito estufa na atmosfera, o oposto do que os ambientalistas estão erroneamente defendendo”, dizem.
Luke Skinner e sua equipe já antecipavam esse tipo de reação. “É uma discussão filosófica interessante. Poderíamos estar melhor em um mundo mais quente do que em uma glaciação? Provavelmente sim”, observa.
“Mas estaríamos perdendo o ponto central da discussão, porque a direção em que estamos indo não é manter nosso clima quente atual, mas um aquecimento ainda maior, e adicionar CO2 a um clima quente é muito diferente de adicionar a um clima frio”, diz.
“O ritmo de mudança com o CO2 é basicamente sem precedentes, e há enormes consequências se não pudemos lidar com isso”, afirma Skinner.
Fonte:
Agência Brasil
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